— Não deixe-a te atingir. Vamos embora. Ela não irá estragar nossa noite. – assenti já cansada.

— Chega Stephie, adeus. – dito isso fomos até o carro e o adentramos.

— Vamos embora Léon, para a sua casa, por favor.

— Não quer mais visitar o Roy Thomson Hall?

— Perdi a vontade. – não estava me sentindo bem.

— Violetta. – disse me desaprovando.

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Pude ver a preocupação estampada nos seus olhos.

— Estou um pouco tonta também. Não estou me sentindo muito bem.

— Você está bem? – disse preocupado.

— Eu só quero descansar um pouco.

— Tudo bem, vamos para a casa.

Ele ligou o carro e fomos para sua residência. Eu, por outro lado me sentia cada vez pior, só queria chegar e descansar.

Chegamos em sua casa e o Léon me ajudou a se levantar.

Estava subindo as escadas, quando de repente, sem nenhum aviso, vejo tudo a minha volta escurecer...

Acordei no quarto de León e estava bem confusa. Como eu fui parar aqui? Pelo que eu me lembre, eu e o Leon estávamos jantando.

Tentei me sentar mas senti um lampejo de dor aguda em minha cabeça, o que me fez voltar para a mesma posição de antes.

— León? -o chamei com uma voz fraca.

— Vilu? Já estou indo, só um minuto. – escutei seus passos em minha direção.

— Finalmente você acordou – disse sentando na cama.

— O que aconteceu?

— Você não se lembra? Estávamos jantando quando....

De repente todos os flash backs dessa noite voltaram à tona na minha cabeça.

O jantar maravilhoso com o León, o restaurante, a Stephie, nossa briga...

O medo me dominou e fiquei em pânico.

— Léon... – disse tentando me levantar. – E o bebe, como está? – Aconteceu alguma coisa?

— Violetta, relaxe. – falou me deitando novamente na cama. - Já conferi sua pressão, seus batimentos cardíacos, e está tudo normal, mas preciso que você seja sincero comigo caso notar alguma coisa estranha tudo bem? – ele se aproximou e me deu um selinho.

— Tudo. – assenti.

Ele se deitou ao meu lado e começou a brincar com meus fios de cabelo.

— Não quero de dar uma bronca, mas você não pode ficar nervosa desse jeito Violetta. É perigoso para o bebê.

— Eu sei León mas não consigo evitar ok. A culpa não foi minha, será que você não entende? – nesse ponto já estava brava.

— Não vamos brigar tudo bem. Você precisa descansar, por isso preparei seu chá preferido. Beba e depois tente dormir um pouco, amanhã nossa viagem será longa.

— Vou avisar minha mãe que você está bem e já volto. – falou me fazendo uma caricia.

Não o respondi, ainda estava brava.

POV.LÉON.

Depois de sair do quarto, fui até a cozinha conversar um pouco com a minha mãe.

— Como ela está filho? – perguntou minha mãe enquanto tomava uma xicara de café.

— Está melhor, mas parecia cansada. O fuso horário está atrapalhando também. O importante é que pelo menos ela e o bebê estão bem. – suspirei.

— Vejo que você não está muito bem meu filho. O que houve? – perguntou em um tom terno.

— Estou estressado com tudo, só isso. Amanhã eu darei um grande passo em minha vida e não sei se estou preparado pra isso. –esfreguei minhas têmporas. – E se eu não conseguir ser tudo o que a Violetta precisa mãe? E se eu não for um bom pai? Talvez eu não arrume um emprego tão rápido assim. E ainda tem a questão do passaporte de casado; talvez ele não me aprovem no país.

— Pare de pensar bobagens León! Eu tenho a plena convicção que você está mais que preparado para essa etapa em sua vida. – seu olhar era firme e me senti como uma criança de novo.

— Eu sei mãe, mas...

— Não tem a palavra mas filho. E por favor, pare de se cobrar tanto assim, a Violetta não quer que você seja um super-herói ou nada do tipo, ela te ama pelo que você realmente é e não precisa de mais nada. Ela sabe das dificuldades das quais os dois vão enfrentar e tenho certeza que ela está pronta para lutar também. – ouvir aquelas palavras me acalmaram um pouco. –E em relação a ser um ótimo pai ou não, Léon me poupe mas as crianças te amam e confio em você para ensinar os valores que lhe cabem para sua geração. Eu sei que no começo pode ser assustador, mas confie em mim. Você vai tirar isso de letra.

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— Obrigado mãe, já falei o quanto te amo? Você é a mulher mais incrível que já conheci. Eu me sinto honrado em ser seu filho.

Minha mãe e abraçou e pude ver o quarto ela ficou emocionada com minhas palavras.

Depois disso, conversamos mais um pouco e logo depois subi para meu quarto. Reparei que a Violetta ainda estava acordada.

— Necessita de alguma coisa?

— Não, só quero descansar um pouco. – senti a tensão no ar.

— Meu amor. – limpei minha garganta. – Queria te pedir desculpas por mais cedo. Sei que a culpa não foi sua. Me perdoe, eu só quero que você e o nosso filho fiquem bem. – Seu olhar se suavizou um pouco.

— Não tem pelo que se desculpar León. Posso te pedir uma coisa? – vi seu rosto corar levemente.

— Claro. – sorri

— Poderia ficar aqui comigo? Me sinto segura quando está aqui perto.

— É claro que eu fico.

Tirei meus sapatos e me deitei ao seu lado colocando a mão em seu ventre. Ela se aconchegou e rapidamente pegou no sono.

**

Acordei com caricias e beijos por todo o meu corpo.

— Bom dia meu amor. – disse Violetta.

— Que delicia ser acordado assim. – sorri. – Como você está? – coloquei a minha mão em seu pescoço e o acariciei.

— Muito melhor, na verdade estou ótima. Acho que ontem fiquei um pouco estressada. – Isso não é bom para o bebê, e me desculpe fazer você passar por aquilo.

— Não foi sua culpa. – sorriu.

— A primeira coisa que vamos fazer quando chegarmos em Barcelona será procurar um obstetra para você, estou preocupado.

— Tudo bem, mas também precisamos começar a organizar as coisas para o casamento; não quero me casar com uma barriga gigantesca.

— Eu não iria me importar nem um pouco. – disse brincando.

— Não vou dizer absolutamente nada León. – falou séria. – Acho melhor nos trocarmos, ou perderemos o voo.

Arrumamos todas as coisas, tomamos um banho e fomos para o aeroporto.

Minha mãe veio se despedir.

Confesso que não esperava que minhas emoções ficassem a flor da pele quando fui dizer tchau para minha mãe. Foi quando minha ficha caiu.

— Meu filho, hoje começa uma nova etapa em sua vida e espero que você seja muito feliz. – sorri. – Não esqueça de trata-la com carinho, amor e respeite-a independente de qualquer coisa. – disse entre lagrimas.

Olhei para Violetta que também estava com lagrima nos olhos e ela sorriu.

Não conseguia dizer nada, por isso só concordei com minha cabeça.

Fui ao encontro de Violetta e minha mãe se dirigiu para nós.

— Léon e Violetta, casamentos são difíceis, eles exigem tudo de si, então lembrem das pequenas coisas que fazem a diferença. Só assim terão um casamento feliz. Eu sei que vocês conseguem.

Depois dela dizer isso, Violetta foi ao seu encontro e a abraçou.

— Você é uma mulher incrível, e saiba que sempre é bem vinda em Barcelona. Você via para o casamento não vai? – disse ela limpando as lagrimas dos olhos.

— Eu não perderia por nada nesse mundo. – todos sorriram.

— Bom mãe, está na hora da gente ir. Obrigada por tudo. – a abracei novamente.

Terminamos de nos despedir e fomos para o avião.

A viagem foi tranquila, a Vilu estava dormindo em meu ombro e eu estava quase adormecendo.

Quando finalmente chegamos, acordei a Vilu e fomos pegar nossas bagagens.

— Vilu, você está se sentindo bem?

— Sim, só estou um pouco cansada, mas não é nada demais.

— Tem certeza? – indaguei preocupado.

— Absoluta. – sorriu.

Pegamos nossas bagagens e fomos para o estacionamento pegar meu carro.

Saímos do aeroporto e fomos rumo ao hotel.

No carro, estava um silencio agradável, eu estava feliz e parecia que a Violetta também estava.

— Está pronto para essa mudança? – indagou.

— Nunca estive tão pronto para alguma coisa em todos esses anos. – ela sorriu. – E você, está pronta para me aguentar o tempo todo?

— Nem um pouco. – falou brincando.

O resto do percurso foi ótimo, estávamos brincando um com o outro e podia perceber que ela estava feliz. Fazia tempo que não a via assim, tão alegre.

Chegamos ao hotel, peguei nossas malas e ajudei a Violetta a sair do carro. Quando saímos, ela me abraçou e disse:

— Seja bem-vindo a sua nova vida meu amor! ...