O que o futuro reserva para nós!

Maldito Deus da Guerra Infernal.


No capitulo anterior:

— Ah! Ele iria – falo sarcasticamente enquanto acabava de trancar a porta. — Sera que ainda da tempo para a gente se mudar de país?

POV Annalisy:

— Do que você esta falando? – indaga Katy curiosa.

— Ok! Por onde eu devo começar?

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— Desembucha logo Annalisy! – exclama Katy sem nenhuma paciência.

— Aquele cara, ou melhor, o nosso “novo” vizinho é um Deus.

— É, com certeza ele é um Deus Grego – se abana.

— Não! Ele realmente é um Deus Grego! Com direito a poderes e tudo mais.

— Annalisy que Deus em são consciência que iria vir morar aqui? Nessa cidade? Nesse prédio? Nesse bairro?...

— Serve um Deus que quer ver a minha desgraça? Sim, tem!

— Espera! Esta dizendo que tem um Deus Grego, ou melhor, suponho que seja o MEU pai esta morando no apartamento a frente do nosso? – indaga Milene ainda em choque.

— É.

— Estamos ferradas – diz derrotada.

— Ainda não entendi o que mais ou menos esta havendo aqui, mas será que vocês poderiam me explicar que porcaria esta acontecendo aqui? – pergunta Katy furiosa.

— Sabe aquele lance que eu te contei pelo telefone antes da Annalisy tomar o telefone das minhas mãos?

— Sim.

— Então, digamos que um certo Deus da Guerra cismou com a nossa querida Anna e agora só por causa da grande cagada que Annalisy cometeu tempo atrás a gente vai ter que apreender a conviver com um Deus morando a nossa frente.

— Dois – corrijo.

— O QUE? – indagam as duas juntas.

— Falem baixo! Eu vi um vulto atrás de Ares, parece que esse “vulto” tinha uma cabeleira loira.

— Espera. Apolo esta aqui?

— Não sei...

— Ah que ótimo! Obrigado Annalisy por existir! – falou Milene irônica.

— O quê? Não é minha culpa! – tentei me defender.

— Quem deu um soco no rosto do Deus da Guerra? – arqueia a sobrancelha.

—... Eu – respondo em um fio de voz.

— Espera ai você deu um soco na cara de um Deus? – indaga Katy surpresa.

— É mais ou menos por ai...

— Ok! Eu não vou gritar e nem brigar com você Annalisy, eu só vou deitar e espero que tudo isso não tenha acontecido e se caso isso não for um sonho você nem imagina o que te espera amanhã – saiu em direção ao seu quarto se trancado no mesmo segundos depois. — ANNALISY!

— Oww, parece que ela esta puta comigo – falou dando uma risada sem graça.

— É ela esta – concorda Milene.

— ANNALISY VENHA JÁ AQUI!

Olhei para Milene buscando por respostas para aquele repentino berro. Sem respostas, sai lentamente da sala e fui em direção ao quarto de Katy que logo abriu a porta com uma cara bastante assustadora e quase espumando de raiva pela boca.

— O que foi? – perguntei rançosa com medo da resposta.

— Porque tem um gato todo molhado deitado na minha cama?

— Um gato... Oww, espera! Esse gato por acaso não seria um gato gordo de rabo quebrado?

— Ohh! Então como eu pensei, você realmente conhece esse gato que mijou também na minha cama – sorriu malignamente. — Você vai lavar esse coxão amanhã e os lençóis e cobertores também, enquanto isso eu dormirei na sua cama e você no sofá.

— Mas...

— Ou se você preferir você pode dormi na minha cama – apontou para a cama atrás de si me fazendo fazer uma cara de nojo.

— Não obrigado.

— Bela escolha – saiu em direção ao meu quarto e de Milene logo fechando a porta assim que entrou no mesmo.

— Boa noite! – bocejou a loira ao meu lado indo também já para o seu quarto.

— Ah, então é assim? Você realmente vai me deixar assim enquanto você vai dormi numa cama confortável e eu em um sofá duro.

— Olha pelo lado bom o sofá também é um sofá cama – sorri fechando a porta do quarto.

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— Droga! – murmurei olhando para o gato a minha frente. — O que você esta olhando? Graça a você e ao idiota do Deus da Guerra o meu dia não foi nada bom – reclamo indo direto à sala sendo seguida pelo mesmo.

Olhei para o sofá a espere que de um milagre, porem milagre nenhum aconteceu. Katy continuou dentro do quarto, provavelmente já no décimo sono e Milene com certeza já deveria estar na mesma situação da mesma.

— Como você se molhou todo? – pergunto pra Morzat na espere que ele respondesse porem nada foi ouvido a não ser um miado do mesmo — esquece.

Fui até o banheiro e peguei uma toalha que raramente era usado por todas nós da “casa”, voltei para a sala e comecei a secá-lo com a toalha até ouvir a campainha tocar.

— Fala sério! Já é 23h30min da noite e têm gente que ainda quer perturbar os outros? – bufei indo até a porta logo a abrindo.

— O que deseja? – perguntei sem ainda olhar para o ser em minha frente.

— Ola pirralha – escuto a pessoa falar reconhecendo a voz das profundezas do inferno.

Tentei fechar a porta a todo custo, porem o mesmo era mais forte do que eu.

— O que você quer? – indaguei derrotada o deixando finalmente entrar antes que o mesmo me atropelasse por não lhe dar passagem.

— Nada, eu só vim conhecer as minhas vizinhas de apartamento – sorri se jogando no sofá sem cerimônias.

— Olha você não devia estar no acampamento?

— Devia antes de Zeus chegar com uma proposta para mim.

— E que proposta seria essa?...

— Não te interessa.

— Ares seja mais educado com a nossa vizinha – sorri Apolo aparecendo ao meu lado.

— ...

— Ola Annalisy! – pega a minha mão e beija a costa da mesma. — Surpresa em me ver?

— ...

— O que foi?

— Então era você mesmo o vulto loiro que eu vi naquele apartamento – suspiro fechando a porta.

— Belo apartamento – elogia o loiro se sentando ao lado de Ares.

— Olha sem querer ser indelicada, mas já sendo, vocês não deviam estar no acampamento?

— Eu já te respondi essa pergunta, pirralha inútil – revira os olhos.

Nada respondi depois disso, estava muito cansada para começar uma discussão com o mesmo, por isso apenas caminhei até Mozart e terminei de secá-lo.

— Pensei que não era permitido animais nesse prédio – fala Apolo nos olhando.

— E não é! Apenas digamos que esse vai ser nosso segredinho.

— E quem disse que eu vou cooperar com você?! – indaga Ares divertido dando o seu típico e irritante sorrisinho de lado.

— ...Você realmente é um enorme estraga prazeres.

— De quem é esse gato? – pergunta sem ao menos dar importância para o que acabei de dizer.

— Meu, por quê?

— Porque você tem que parar um pouco de alimentá-lo tanto, pois de tão gordo que ele esta daqui a pouco nem vai conseguir mais andar e sim vai sair rolando por ai.

— Cala Boca! – exclamo ainda pasma com que ele acabara de falar de Mozart vendo também Apolo tentar segurar a risada. — O que vocês querem?

— Viemos conhecer os nossos novos vizinhos – responde Apolo enquanto pegava Mozart no colo.

— Mas por que justamente a essa hora da noite?!

— Ora por que... – Começa Apolo.

— Não via à hora de ver essa sua cara de espanto quando finalmente me visse – interrompe Ares.

“Estou com uma imensa vontade de socá-lo”, pesei sorrindo externamente.

— Então como você já viu o que queria – abro a porta — pode ir embora – sorrio superficialmente.

— Não! Obrigado – fala Ares sem nenhuma emoção enquanto ligava a televisão com o controle que estava encima da mesinha a sua frente.

“Realmente estou com uma imensa vontade socá-lo!”

— Espera! O que você pensa que esta fazendo? – indago furiosa tomando o controle de suas mãos.

— Não esta vendo!? Estou ligando a TV – pega o controle das minhas mãos colocando em um canal de luta livre qualquer.

— Ares, seja mais gentil com a Anna! Aliás, nós estamos no apartamento dela e não ela no nosso – Apolo toma o controle de suas mãos mudando o canal.

“...”

— Hey! Não tem pipoca ai não?

— ... SUMAM DAQUI! – berro os olhando mortalmente já acima do limite da minha paciência.

Apolo e Ares se entreolham e suspiram. Os dois se levantam do sofá e caminham em direção a porta. Ao passarem pela porta eu ainda escuto:

— Ela anda meio irritada ultimamente. O que deu nela?

— Relaxa, ela só deve estar naqueles dias – responde Apolo.

Fecho a porta com a cabeça latejando já exclamando alto de nervoso:

— Fala sério! Porque raios eles tinham que vir parar aqui?!

— ANNALISY! FECHA ESSA MATRACA, POIS ESTOU TENTANDO DORMI AQUI! – berra Katy de dentro do quarto.

Suspiro ao ouvir aquilo e finalmente me sento (lê-se jogo) no sofá.

5 minutos depois:

— Há ha. Por que diabos eu sinto que devo ir pedir desculpas a eles por ter gritado com eles? – indago frustrada comigo mesmo. — Droga – suspiro.

Levanto-me do sofá e vou direto ao apartamento da frente. Ao chegar a frente à porta tomo a coragem depois de alguns minutos e toco finalmente a campainha, escutando vozes vindas de lá de dentro:

— Mas que droga! Quem diabos é o filho de uma Hera pra vir aqui incomodar a essa hora?!

— Ares você é um filho de Hera...

— Eu sabia que não devia ter vindo até aqui – sussurro frustrada com que acabara de ouvir.

Já preste a dar meio volta, ouço a porta se abrir e uma voz bastante conhecida por mim me perguntando o que estava fazendo ali:

— Pirralha?! O que esta fazendo aqui?

— Não é da sua conta – respondo voltando a caminhar em direção a porta, porem sendo impedida de concluir tal ato.

— Hã? Mas você que veio até aqui!

— Eu... Eu... Eu vim... – escuto um alguma coisa rosna ao meu lado.

Reconhecia muito bem aquele barulho, ou melhor, sabia muito bem o que era aquilo ao meu lado! E só conclui minha hipótese assim que finalmente olhei em direção ao ser ao meu lado, acertando assim na lata o que era.

Era um cão infernal, e provavelmente deveria estar me cagando de medo bem na frente do Deus da Guerra há essa hora. Na verdade, nunca havia ficado cara a cara com um cão infernal que realmente quisesse me matar, bom, tinha a Sra. O’Leary, porem a Sra. O’Leary praticamente não contava como um cão infernal raivoso do mundo inferior.

— AHHHHH! COM LICENÇA! – entrei como um trem bala no apartamento a minha frente enquanto arrastava junto comigo o Deus da Guerra.

Assim que pus os pés no apartamento fechei a porta rapidamente e a trancando. Há essa hora já me encontrava ofegante e assustada. Nunca fui boa em lutas, ainda mais em lutas que envolvia monstros mitológicos.

— Você... Estava realmente com medo daquele cão infernal?! – pergunta Ares rindo de cara enquanto a porta quase era derruba pelo monstro do lado de fora.

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— Para de rir! Aquela coisa é perigosa e enorme! – exclamo envergonhada.

— Aquela coisa é um FILHOTE de cão infernar.

— Mas ainda assim é enorme!

— É um filhote.

— Você realmente não esta me ouvindo...

— O que esta acontecendo? – pergunta Apolo aparecendo na sala.

— Ela esta com medo de um filhote de cão infernal – responde Ares sem emoção.

— De um filhote de cão infernal?! Mas qualquer semideus qualquer consegue matar um filhote de cão infernal – fala Apolo inocentemente.

“Eu realmente estou com uma imensa vontade de socá-los!”

— Hey Apolo! Vou abrir a porta – ameaça Ares.

— Não! – falo em pânico. — E-eu n-nunca m-matei um cão in-infernal! – gaguejo.

— Eu sei – sorri malignamente ameaçando novamente abri a porta. — Então pirralha, que tal você começar a suplicar de joelhos na minha frente pela sua vida? – abre mais ainda o sorriso esperando pela minha resposta.

— Nunca!

— Então, acho que vou ter que felizmente abrir essa porta – alarga mais ainda seu sorriso macabro.

Quando finalmente me dei conta que ele realmente havia abrindo a porta, sai em disparada para qualquer quarto com porta que tivesse naquele apartamento. Estava em pânico, com medo de que talvez essa pudesses ser a ultima vez minha na terra como humana, ou melhor, semideusa.

Tentei-me trancar-me no primeiro quarto que avistei porem para o meu azar, não havia chave nenhuma ali. Comecei a entrar mais ainda em pânico, com a porta quase sendo arrombada pelo cão infernal, tentava a todo custo segurar a porta, mas em uma fração de segundo e em um momento de distração me afastei um pouco da porta dando assim a oportunidade do cão infernal praticamente arrombar com tudo a porta a sua frente.

Cai no chão com tudo. Assustada e ainda no chão tentava a todo custo me afastar daquele ser que teimava a continuava a se aproximar mais ainda de mim.

— Pai me ajuda! – supliquei ao ficar cara a cara com cão infernal sem nenhuma arma sequer para me defender. — Pai... Hã?! – exclamei ao sentir algo gelado e molhado entrar em contato com a minha bochecha esquerda — o que?!

Para minha tão grande surpresa em vez de receber uma enorme mordida em qualquer parte do corpo, acabei recebendo varias lambidas do cão a minha frente. Seu rabo abanava e a animação do mesmo mostrava que o ele apenas queria brincar.

— Olha! Ele só queria brincar – fala Apolo com um enorme sorriso nos lábios entrando no quarto.

Atrás de Apolo podia-se ver o Deus da Guerra rindo da minha cara. Sentia-me envergonhada diante a cena que passei. Assim levantei-me e pus a caminhar em direção a porta, logo atrás de mim, no meu encalço, vinha junto o cão infernal querendo brincar.

Apolo e Ares se calaram diante aquilo apenas me observando ir embora daquele apartamento em silêncio.

Abri a porta do apartamento pronta para ir embora daquele local. Morria de raiva e vergonha por dentro, porem por fora apenas demonstrava indiferença e uma expressão de vazio. Quando finalmente pus os pés para fora dali, Apolo me chamou:

— Annalisy!

— O que foi? – perguntei ainda sem mostra nenhuma expressão.

— Nada...

— Hey pirralha! Você não ta bravinha ou envergonhada por aquilo né? – perguntou o Deus da Guerra risonho.

— Cala boca! – ordenei. — Com licença – sai dali sem cerimônias.

Pus a caminhar até meu apartamento. Já deveria estar dormindo há horas, mas justamente por causa daquele maldito Deus Grego, eu ainda estava acordada. Morria de sono e cansaço.

Abri a porta do apartamento em seguida entrando no mesmo junto ao “pequeno” cão infernal na minha cola, porem ao fechar a porta cabei sendo interrompida de fazer tal ato justamente por uma mão impedindo que a mesma fosse fechada.

—Ah! Qual é?! O que você quer agora? – o olhei com um olhar cortante.

— Nada de mais – respondeu simplesmente entrando no apartamento sem cerimônias.

— O que você pensa que esta fazendo? – indago com uma voz de cansaço.

— ...

— Ares vai embora! – rosnei a espera de uma resposta pela parte do mesmo, porem nada foi ouvido alem de um belo e alto silêncio. — Ares?

— Vou ser bem direto pirralha. Tem alguma coisa muito estranha acontecendo aqui, nesse apartamento, nessa cidade, e quando eu digo estranho, é muito estranho mesmo.

— O que? Como assim! - falei ainda sem acredita no que estava ouvindo.

— Não sei ainda exatamente o que, mas só pelo fato desse cão infernal não ter te atacado já é uma prova do que eu estou falando – Caminhou até a porta abrindo a mesma logo em seguida. — Apenas fique em alerta, não quero ser envolvido em uma suposta morte de uma semideusa por motivos desconhecido – sorri macabramente. — Não que seja eu o assassino, mas você entendeu néh – sai do apartamento fechando a porta logo depois.

Fiquei mais alguns minutos em silencio, olhando a porta de onde o mesmo acabara de sair.

— Morzat, você acabou de entender alguma coisa do que aconteceu aqui? – pergunto ao gato na esperança de uma resposta.

Decidi não me importar muito com o que acabara de acontecer e fui logo me deitar, porem não consegui pregar em momento algum os olhos. Não conseguia tirar da minha cabeça o que Ares havia falado momentos atrás. Cada frase, cada palavra ficava martelando em minha cabeça como se estivesse tentando entender do que realmente o mesmo quis dizer.

"Estranho? Como assim estranho? Ahhh! Maldito Deus da Guerra infernal!”