Conversão - in review

Capítulo XII


Volto para o escritório dele.

— Papai... com licença. - Ele levanta os olhos do livro que estava lendo e sorri para mim. Coloca um marca páginas onde estava (re)lendo.

— Sim minha filha.

— Desculpa te atrapalhar...

— Você nunca me atrapalha – mais uma diferença com o meu antigo pai que me deixa comovida a ponto de chorar se fosse possível. – Em que posso ajudar, meu bem?

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— É... bem... eu não sei como dizer.

— Apenas diga. Não tenha medo. Não vou repreendê-la – outra diferença com meu pai humano, que me repreendeu tanto que eu sou tímida e confusa com meus sentimentos.

— Carlisle...

— Filha...

— Você sabe que eu gosto muito da maneira como você me trata, né? – tive que falar tudo de uma vez para não pensar muito. E nem ficar envergonhada.

— Claro, querida. Claro que sei. Seus olhos me dizem tudo.

— Ãhn, dizem? – fico meio constrangida e enrubesceria se não fosse impossível.

— Não precisa ficar envergonhada, minha querida. Você é como sua mãe. Eu gosto disso em vocês duas. Minhas lindas librianas.

— Você é muito legal, papai.

— Obrigada, eu sei.

— Te admiro muito. Você é cavalheiro, generoso, bondoso, gentil...

Carlisle caminha até mim e me abraça me levantando no ar como uma menininha de 7 anos.

— Papai – não consigo disfarçar um sorriso de satisfação. E porque deveria disfarçar se era tudo que eu sempre quis e eu adorei? Ele e mamãe me fazem tão feliz.

Sinto um perfume familiar... Mamãe?

— Oh que lindo! - Esme exclama.

Carlisle me coloca no chão. Ele também ficou constrangido com a chegada repentina da esposa.

— Que lindos! Não fiquem envergonhados comigo... podem continuar o que estavam fazendo, achei tão bonitinho ver vocês dois. - ela sorri, percebo a aprovação dela no seu olhar.

Carlisle diz recompondo-se da imprevista interrupção:

— Querida... não há mais nada para continuar.

Eu fico imaginando: Será que é assim que deveria ser uma relação entre pai e filha? Foi isso que eu e Carlisle tivemos? Que temos? Eu vou conseguir me abrir com Carlisle?