Light of The Moon
Capítulo 53 - Eles Realmente Se Amavam
Arrastei Nico escada a cima, mas paramos no corredor. Virei para ele.
– Vou lhe pedir um favor. Acorde os dois, mas os mantenha aqui em cima por um tempinho. Eu... preciso conversar um pouco com meu pai.
– Tudo bem. - ele concordou.
– Desculpe pelas perguntas do meu pai. - senti meu rosto queimar novamente - Eu sei que você não se sente muito confortável conversando.
– Não se preocupe. - ele passou a mão nos cabelos escuros.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Sorri para Nico e desci novamente a escada entrando na cozinha. Meu pai ergueu os olhos e sorriu para mim.
– Ele me pareceu ser um bom menino. - disse. Eu ri - Então, você vai caçar Jano aqui em Nova York?
– Esse é o plano. - respondi pensativa - Pai, como você conheceu minha mãe?
– Eu estava caçando. Como eu já tinha lhe contado, antes de você nascer esse era um de meus passatempos favoritos. Ela também estava caçando, no mesmo lugar que eu, mas com a diferença de que eu usava uma espingarda e ela um arco e flechas. - ele riu um pouco - Ela estava sozinha, era tão linda! - sua expressão era distante. Eu podia ver que ele ainda a amava - Gostaria que você pudesse tê-la conhecido.
– Ela apareceu para mim em um sonho. - falei - Queria ter os olhos como os dela. - comentei e papai riu - É sério, os olhos dela são prateados!
– Como a lua. - ele completou, sorrindo melancolicamente. Ele ainda sentia falta de Ártemis. Deveria haver um jeito dos dois se verem novamente, pelo menos por alguns instantes...
Olhei para o anel prateado em meu dedo.
– Ela me mandou um arco e flechas como os dela. - comentei e tirei o anel do dedo. Ele se transformou na arma. Meu pai o olhou, impressionado.
– Realmente, sua mãe usava um desse quando nos conhecemos.
– Você gostaria de estar com ela mais uma vez, não é? - segurei a mão dele.
– Os deuses não podem ficar sempre junto dos mortais, filha. - ele desviou os olhos.
– Mas você gostaria de vê-la, certo? - insisti.
– Sim, é claro que sim. Eu amo ela. - ele me respondeu com convicção.
Eu realmente podia entender porque meu pai foi o único homem por quem Ártemis se apaixonara. Ele era compreensivo, gentil e respeitava a tudo e a todos. Ele entendeu que Ártemis não poderia quebrar seu juramento de ser virgem, entendia que não poderia viver junto dela.
Eles realmente se amavam, da forma mais pura possível.
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