Powerless

Como Naquela Noite


~Pov Alison

James estava péssimo por causa da irmã. Eu sentia como se ele estivesse prestes a desabar e o pior era não poder fazer nada para impedi-lo disso.

Nós estávamos sentados no chão da torre de astronomia sem nos importar que Minerva havia nos mandado dormir. Ele precisava de um pouco de ar, estava naquele quarto desde que soube da notícia.

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–Como você está? –Perguntei depois de um longo período de silêncio.

–Acha que ela vai ficar bem? Que eles vão conseguir alguma cura? –James murmurou olhando as estrelas.

–Eles vão pensar em algo, calma. –Falei lhe dando um selinho.

–Acho que a atacaram porque ela sabe ou viu algo que não devia.

–Como o quê? –Perguntei.

–Eu não sei, só quero que ela acorde! –James disse abaixando a cabeça e derramando algumas lágrimas.

–Jay olha pra mim. –Pedi e ele levantou os olhos. Eu sequei suas lágrimas e o abracei apertado. –Lily vai conseguir, eu sei disso, e logo Scorp e Rose vão aparecer.

–Eles são apenas crianças! Como Lucius pôde...?

–Vão encontrá-lo e ele vai pagar por isso, você vai ver.

Ele me beijou, me puxando pra mais perto, mas fomos interrompidos por um barulho próximo a entrada da torre. Quando nos separamos percebemos que era Alvo, ele parecia tão mal quanto James.

–Tio Rony e os outros estão pensando em ir até a floresta ver se descobrem algo sobre o paradeiro de Rose, pensei que talvez você possa querer vir já que conhece bem a floresta. O que acha? –Ele perguntou ao irmão. –Minerva nos liberou.

–Você vai? –O Sonserino assentiu. –Diga a eles que só vou deixar a Ally no salão comunal da Corvinal e já desço.

–Okay. –Alvo disse saindo e James se levantou, me ajudando em seguida.

–Jay eu vou com você. –Falei sem soltar sua mão.

–Não, é muito perigoso lá dentro. Descanse, amanhã eu te digo como foi.

–De jeito nenhum. –Ele suspirou percebendo que eu falava sério. –Por favor, me deixe ajudar?

–E se você se machucar? Por acaso sabe que tipos de criatura têm lá dentro? –O Grifinório perguntou cruzando os braços.

–Sei que você vai me proteger delas caso algo apareça. –Eu disse fazendo-o rir um pouco e ele passou os braços em torno da minha cintura.

–Você pode ir, contando que, não importa o que aconteça, não saia de perto de mim okay? –Eu balancei a cabeça concordando e ele me beijou. –Eu te amo.

–Eu também te amo.

~Pov Hermione

Depois de algumas horas na biblioteca eu resolvi dar um passeio pela escola enquanto esfriava um pouco a cabeça. Eu não conseguia parar de pensar no que Lucius pode ou não estar fazendo com o meu filho nesse exato momento.

Já estava no segundo andar quando, ao passar pelo banheiro da Murta, ouvi um barulho. Revirando os olhos imaginando-a ainda chorando e reclamando da morte mesmo depois de todos esses anos eu entrei, mas ela não estava sozinha ali.

Sentado no chão do banheiro de frente para a pia estava Harry. Eu sabia que ele não estava bem. Devagar me aproximei, me sentando ao seu lado e deitei minha cabeça em seu ombro.

–Alguma notícia? –Ele perguntou.

–Temos uma pista do paradeiro de Scorp, mas por mais que eu queira ir até lá buscá-lo não podemos até descobrirmos o que houve com a Rose.

–Entendo...

–Onde estão todos?

–Gina e Draco estão no quarto com a Lily, ele está ajudando Madame Pomfrey já que é Medi-Bruxo. Meg, Rony, Blás e Luna estão na floresta procurando pistas sobre a Rose.

–Madame Pomfrey não o deixou entrar pra ficar com Gina e Lily? –Perguntei e ele ficou de pé indo até a pia e lavando o rosto.

–Não, ela disse que se eu quisesse poderia ficar, mas eu não consigo. Olhar pra Lily daquele jeito... Não dá, tudo o que eu consigo pensar é em como fiquei quando havia veneno de basilisco em mim, o que ela deve estar sentindo agora.

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–Acha que conseguimos encontrar uma fênix para Lily?

–Não a tempo, é isso o que me preocupa. –Eu me levantei também. –Ela só tem 12 anos Mione!

–Faz alguma ideia de onde ele conseguiu o veneno?

–O jeito mais fácil é entrando na câmara secreta e extraindo de uma das presas, se eu pudesse entraria lá para ver se falta alguma, mas...

–O que houve Harry?

–Acredito que quando Voldemort morreu eu tenha perdido o dom de falar com as cobras, não consigo entrar.

–Nossas crianças vão ficar bem, vamos trazê-los de volta.

–E se eu não conseguir trazer a Lily? Quero dizer, como vou conseguir uma lágrima de fênix a tempo? –O moreno se sentou de novo no chão. –Voldemort tirou todos de mim. Meus pais, Sirius, Dumbledore, Snape, Fred, Tonks, Lupin... Eu achei que eram os últimos, que nenhum Comensal fosse tocar em ninguém depois da guerra.

–Se lembra de quando eu estava sentada com a Horcrux? Foi logo após Rony nos deixar. –Ele assentiu. –Eu estava pensando a mesma coisa. Como Voldemort tirou meus pais, eu achei que nunca mais fosse vê-los, como ele me tirou Draco, nossos amigos... E o que você fez? –Harry ficou calado. –Não se lembra?

–É, eu me lembro.

–Então... –E eu estendi minha mão para ele. –Acho que precisamos de mais uma dança.

O moreno olhou e meio relutante segurou minha mão se levantando, e mesmo sem música nós dançamos como naquela noite.

*-*

Quando Harry e eu saímos do banheiro eu me sentei no saguão de entrada. Eram tempos difíceis, nós precisávamos ser fortes bem como Draco disse.

–É minha culpa Ronan! –Ouvi a voz de minha filha e me levantei curiosa.

Annia e o namorado vinham lado a lado pelos corredores e ela chorava. Minerva me disse que os dois haviam ficado de detenção por terem saído sem autorização, por isso estavam ali.

–Meu amor você não sabia que ele faria isso caso contasse ao seu pai que sabia do voto. –O loiro segurou o rosto dela fazendo-a olhar em seus olhos fazendo-a parar de andar.

–Lily está morrendo e Rose sumiu junto com Scorp, tudo isso porque eu fui uma idiota ao subestimá-lo e eu não posso fazer nada para ajudá-los! Meu Merlin, eu nunca deveria ter entrado nesse jogo estúpido!

–Que jogo? –Perguntei e eles arregalaram os olhos ao me ver. –Annia responda, por favor.

~Pov Scorpius

Rose ainda estava irritada comigo. A ruiva havia voltado ao armário após quase ser pega por Lucius enquanto andava pela casa. Estava assustada e eu também, ainda mais porque conhecendo Rose eu sabia que ela não sairia daqui sem mim.

Lucius entrou no quarto com um pacote de biscoitos, uma garrafa de suco de abóbora, cobertor, um travesseiro e um colchão, colocando tudo diante de mim me fazendo olhar desconfiado.

–Não se preocupe, a comida não está envenenada.

–E como posso ter certeza? –Perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

–Se eu quisesse mesmo lhe dar veneno eu não precisaria trazê-lo até aqui pra isso. Coma logo e pare de reclamar.

–Vai me deixar aqui por muito tempo? –Perguntei cruzando os braços.

–Quer saber o motivo de estar aqui Scorpius? –Eu balancei a cabeça assentindo e ele se aproximou. –Quero que diga uma coisa a eles, um aviso.

–É, mas até agora você não me disse o quê. –Murmurei indiferente.

–POR MERLIN PARE DE SER ASSIM! –Lucius gritou. –POR QUE TEM QUE SER TÃO IDÊNTICO A ELE?!

–Está falando do meu pai?

–DO SEU PAI, DO MEU IRMÃO, DE TODOS ELES! –Ele pareceu se dar conta do que estava fazendo e respirou fundo tentando se acalmar. –Coma ou morra de fome, eu não ligo. Amanhã eu volto e lhe digo o que tem que dizer.

E após fazer as cordas que estavam em meus braços sumirem ele saiu do quarto batendo a porta. Quando o som dos passos ficaram mais longe eu respirei fundo aliviado.

–Rose? –Chamei, mas ela não respondeu. –Rose, por favor?

–O que quer? –Ela perguntou rígida.

–Pode sair daí? –Pedi. –Por favor?

Ela abriu a porta do armário olhando pra mim e devagar se aproximou. Tinha os olhos vermelhos e inchados pelas lágrimas de preocupação ao parar diante de mim com os braços cruzados esperando que eu dissesse algo.

–Vem, eu sei que está com fome. –Falei, mas ela não se mexeu. –Me desculpa por ter falado aquilo, eu só estou com medo que ele pegue você aqui! Se você sair será mais seguro!

–Eu já disse que não vou deixá-lo sozinho com esse Ex-Comensal, Scorpius.

–Tudo bem, eu não quero brigar agora, então pode vir aqui? –Pedi e ela se sentou diante de mim comendo também. Quando acabou a ruiva se levantou indo em direção ao armário, mas eu segurei seu braço. –Aonde vai?

–Dormir, eu estou com sono.

–Vai dormir no armário?

–É o único lugar aonde ele não vai me ver.

–Tenho uma ideia. –Falei empurrando o colchão e encostando-o na porta para que, se Lucius abrisse ele tivesse dificuldades para entrar, nos dando uma certa vantagem. –Não vou deixá-la dormir sentada. Além disso, o colchão é grande, podemos dividir como daquela vez na cada da vovó Molly.

A ruiva assentiu cansada e se deitou, deixando espaço para que eu deitasse também. Ela dormiu rápido, enquanto eu pensava em jeitos de tirá-la daqui em segurança.