The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2

Enquanto Isso - Ela Está Descansando


Por que ele tinha a abraçado? Nem sabia dizer. Algum impulso dentro de si o disse para fazer isso. E não pareceu ser um problema, já que ela o abraçou de volta.

Seu rosto expressava sofrimento. Seja lá o que ela tinha visto dentro de sua mente, devia ter sido horrível, e por isso ela sofria bastante.

Logo depois, ela adormeceu. Ele a deitou novamente. Ela precisava descansar.

Pegou a túnica e a pendurou ali do lado. Era engraçado ver como ela tinha a tirado sem mais nem menos, sem nem mesmo se importar que ele estivesse ali olhando.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Agora, ele tinha que contar as boas notícias para os outros. Mas não entraria em muitos detalhes. Ninguém precisava saber exatamente o que tinha acontecido.

O mistério que os rondava. Aquele laço do destino que os ligava de alguma forma. Só ele poderia descobrir o porquê, e ninguém mais. Essa missão era dele.

Então ela também tinha os sonhos, mas não sabia a razão deles. Agora era mais uma incógnita a ser descoberta.

E ele podia sentir que Ana não estava contando tudo. Não era como se ele desconfiasse dela, muito pelo contrário, por alguma razão sentia que podia confiar completamente naquela garota. Mas era como se ela estivesse escondendo algo. Algum segredo muito pesado que não revelaria a ninguém. O que era?

Tentou esquecer aquilo pelo momento. Se ela pudesse contar, contaria depois de um tempo. Não a culpava, tinham acabado de se conhecer pessoalmente, não podia querer que ela simplesmente contasse cada detalhe de sua vida para ele.

Sabe...tudo era tão monótono lá. E só tendo chegado à alguns dias ela tinha causado mais mudanças do que ocorriam em anos. E pensar que ele viveria para toda a eternidade naquilo...ele queria aproveitar o pouco de tempo que teria com aquela misteriosa garota humana.

Ana era algo diferente naquele lugar. Ela era um pedacinho do mundo de fora, do qual ele conhecia tão pouco. E esperava que ela trouxesse algo desse mundo para lá.

Além disso, Legolas podia sentir que a chegada dela traria grandes mudanças, e que muitas coisas aconteceriam enquanto ela estivesse lá.

Mal ele sabia como estava certo.

***

Legolas estava andando nos corredores de seu lar, mas onde estava todo mundo? Teve que procurar em vários lugares antes que conseguisse descobrir.

Para a sua sorte, todos os seus companheiros estavam reunidos, então não teria que parar para contar o que houve com cada um deles.

O que ele não sabia era o porquê de estarem reunidos. A verdade era que Boridrhen tinha decidido reunir todos, para que pudessem apoiar o amigo naquele momento difícil, pois pode ver em seu rosto, no momento que disse que faria aquilo, que ele estava acabado. Assim, precisaria de todos para ficarem ao seu lado.

Por isso, ao avistar o príncipe vagando nos corredores, o elfo de cabelos castanhos chamou o amigo para o local onde os outros estavam. Claro que perguntou imediatamente se ele tinha conseguido fazer, mas Legolas simplesmente respondeu:

–Eu te conto quando estivermos com os outros.

Boridrhen então pensou que deveria ser muito difícil para ele falar do assunto, assim só iria querer falar uma vez logo, para todos, para não ter que repetir aquilo, por isso não insistiu para receber uma resposta direta.

Entrando na sala, todos olharam direto para o príncipe, parando qualquer coisa que estivessem fazendo. Ninguém perguntou nada, estavam receosos em relação a reação do elfo. Eles esperavam por alguma palavra, enquanto lentamente se levantavam. O que ele diria? Diria alguma coisa afinal? Não sabiam.

Então, foi Tauriel que se atreveu a quebrar o silêncio:

–Então?

Legolas olhou para o chão. Ainda não tinha certeza de qual seria a forma certa de contar o ocorrido. Deveria omitir algo? Ou contar tudo, com os mais precisos detalhes? Ou deveria simplesmente dizer que estava tudo bem com Ana?

Os outros estavam começando a ficar impacientes, então Abladeth, explosiva como de costume, foi mais direta:

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Afinal, você conseguiu fazer ou não?

–Não. – ele respondeu.

Todos se entreolharam. Como assim, ele tinha deixado ela lá, naquele estado? Ele não tinha dito que conseguiria fazê-lo?

–Mas príncipe Legolas, você-

–Eu não precisei. – ele informou.

Raichon estava muito surpreso, então o veneno tinha agido bem rápido e o fato do corpo de Ana se acalmar demonstrava que ela estava desistindo de viver...assim, quando o corpo se acalmou queria dizer que estava nos seus últimos momentos?!

–Então ela morreu por si mesma...

–Não. Ela não morreu.

–Como assim? – perguntou Tauriel.

–Ela está bem. Por alguma razão, o veneno não matou ela, e agora já está recuperando-se.

Eles ficaram aliviados, então tinha acabado tudo bem, no final das contas. Mas era bem estranho. Como Ana conseguiu salvar-se sozinha do veneno que nem curandeiros acharam a cura?

–E como isso aconteceu? – perguntou Raichon, curioso.

–Eu não sei, simplesmente aconteceu. Acredito que ela mesma tenha lutado para viver e conseguido salvar-se.

–Impressionante. Se ela conseguiu algo do tipo por si mesma eu devo examiná-la. Acredito que ela esteja na ala médica, não?

–Sim.

–Irei lá imediatamente.

Assim, Raichon saiu da sala. Os outros começaram a conversar normalmente, já que estavam mais aliviados, agora que sabiam que Ana vivia. Por isso, se sentiram mais livres para perguntar exatamente o que tinha acontecido, com os mais mínimos detalhes.

–Então, você chegou lá e...?

–Bem, admito que eu hesitei...um bom tempo. Mas graças a Iluvatár que fiz isso, senão ela teria morrido.

–É mesmo. Mas o que parou a sua mão? – perguntou Tauriel.

Então Legolas parou, pensou um pouco. Como responderia aquela pergunta? Deveria ele expor toda a verdade?

–Bem...um sentimento estranho. É como se alguém estivesse me dizendo que aquilo não era o fim. Algo dentro de mim que gritava que aquele não era o momento da morte dela. Então eu parei. Parei e pensei por um bom tempo. Matar ela, sem mais ou menos...era a coisa certa a fazer? Como Raichon tinha dito, sabemos muito pouco sobre esse veneno. Talvez ela ainda tivesse chances de viver? E pelo visto ela teve.

–Interessante. – comentou Tauriel.

–É verdade. – afirmou Boridhren.

–Mas...um sentimento estranho? – perguntou Gelien, a travessa elfa de cabelos ruivos alaranjados. – Não teria um nome melhor para isso?

–Ah...como?

–Bem, tipo a-

–Príncipe Legolas!

Então, todos pararam, e olharam para a porta, vendo um Raichon quase sem fôlego.

–Raichon, o que houve?

–É a Ana...ela não está mais na ala médica.