Crônicas do Pesadelo {Interativa}

Compêndio dos Anciãos: sobre o Panteão de Deuses.


Diz-se que haviam quatro Deuses Primordiais, a Deusa Mãe, a Deusa Irmã, o Deus Pai e o Deus Irmão... cada um deles possuía um poder distinto, e juntos eles eram capazes de criar até mesmo a vida em um lugar estéril. Não se sabe exatamente de onde vieram ou para onde iam, no entanto dedus-se que, em um dado momento, eles chegaram a um continente vazio no qual nada, absolutamente nada vivia. Tinha sido esquecido pelo tempo e pelo espaço, provavelmente uma experiência insatisfatória de alguma outra divindade errante. Eles se apiedaram daquele pedaço de terra abandonada, e tomaram-na para si.

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A Deusa Mãe, cujo poder provinha da terra, ergueu planaltos, montanhas e vegetação.

A Deusa Irmã, que tinha os dons da água e da cura, teceu rios, lagos e reposicionou o mar. Trabalhou com esmero na chuva, fazendo-a cair sobre a base que a Mãe havia criado.

O Deus Pai, habilidoso com o ar, purificou-o totalmente e chamou seus servos, os ventos, para que espalhassem as sementes. Criou também furacões e tufões, por sua personalidade ser um tanto... brincalhona.

Por último o Deus Irmão, aquele que comandava o fogo, encheu as entranhas daquela terra com seu magma, fazendo-a ferver e criando vulcões... e dos vulcões e da terra, começaram a surgir minerais distintos, que viriam a ser muito bem utilizados pelos povos que ali iriam morar.

Terminado o cenário, era preciso que algo além das plantas vivesse ali. Os quatro Deuses uniram suas forças, e lembrando-se de todas as raças que viram durante suas andanças, resolveram dar aquela nova terra para que elas a povoassem.

Surgiram elfos, criaturas de tendência bondosa e de corpos esguios.

Anões, de pequena estatura mas com muita força.

Humanos, cuja coragem e engenhosidade superava suas falhas.

Shifters, que mantinham duas formas, uma racional e outra animal, dentro de seus corpos.

E muitas outras raças de menor procedência.

Com a chegada das criaturas dotadas de inteligência, Meroé estava completa, no entanto isso também criou alguns problemas, porque todo ser racional tem um lado ruim e um lado bom dentro de si. Com a influência destas formas de vida evoluídas, mais deuses foram criados.

O novo panteão era completamente dependente das emoções, e separava-se em duas frentes, que apesar de suportarem-se uma a outra, ainda assim viviam em conflito: Os chamados deuses do Caos e aqueles que auto se intitulavam deuses da Ordem.

O Caos se alimentava da fraqueza dos meroenses, eram conhecidos por lançar maldições sobre seus prediletos. Algumas ajudavam-nos, outras pioravam ainda mais sua situação. Muitos “amaldiçoados” aprenderam a conviver com isso, e estes em especial eram os que causavam mais problemas a tão proclamada paz.

O panteão negro era formado por seis deuses: Hildin, deus da mentira e da trapaça; Bernkastel, a Insanidade; Mordok, o Ódio; Everett, da Destruição; Lars, a Ganância e Zereff, do Desespero.

A Ordem era o oposto, destribuia bençãos àqueles que julgavam dignos. Eram os grandes responsáveis por manter o equilibrio que seus adversários tendiam a desfazer. Era graças ao panteão branco que Meroé mantinha-se justa, e que muitos banhos de sangue fossem evitados.

Seus integrantes são também seis: Rhys, a Fidalidade; Sawyer, da Razão; Irina, a deusa do Amor; Seamus, da Criação; Meirin, a Humildade e Naomi, a que trás Esperança.

Até então Meroé era governada por essas duas forças, as quais não cabia aos Deuses Primários tentar aproximar, afinal nasceram para se opor um ao outro. Os quatro, no entanto, faziam o possível para minimizar o máximo possível o estrago que seus predecessores causavam. Isso até Ragadash.

A traição de Ragadash foi tão intensa, tão palpável, que até mesmo Ordem e Caos pararam de brigar entre si para dar-lhe a devida atenção. Mesmo Hildin, que nascera da Trapaça, precisou concordar que uma providência precisava ser tomada, antes que a cidade chegasse ao ponto do divino... e com a ganância desenfreada deles, poderiam simplesmente dominar Meroé inteira. Isso poderia agradar muito o cobiçoso Lars, também, mas ele queria tudo para si mesmo, não para seus servos. Então os deuses “menores” convocaram uma reunião com os Primordiais, e foi decidido que o povo de Ragadash seria punido por sua ousadia.

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Mesmo quando a maldição rogada caiu sobre a cidade, transformando seus habitantes numa conciência só e impedindo-os de obter descanço, as divindades não sentiam-se particularmente seguras. Estavam decepcionados em sua grande maioria com os homens, e tiveram de adimitir que grande parte da culpa de Ragadash ter se levantado era o fato de que eles lançaram muitas bençãos e maldições sobre a mesma. Temendo que isso acontecesse uma segunda vez, foi feita outra reunião.

O que foi decidido? Que os deuses não deveriam mais se intrometer na vida mortal. Mesmo sob o protesto de alguns, a grande maioria optara por essa decisão. E como era justo, logo foi acatada. Desde então, nenhum deus teve contato direto com humanos, shifters, elfos ou anões... eles viveriam suas vidas sem interrupção. Até na ocasião em que Pesadelo apareceu sobre as terras Meroenses, nenhuma divindade se intrometeu...

Bom, é o que todos pensavam, na verdade... o que ninguém sabia era que, mesmo não houvendo contato direto, alguns humanos foram abençoados e amaldiçoados naquela época. Foram estes que fizeram a grande diferença no final, aqueles que conseguiram aprisionar o Pesadelo em Ragadash. Eram heróis, mas muitos se perderam. Alguns a vida, outros a sanidade. E outros, ainda, tiveram a certeza que nada estava acabado, que o Grande Mal iria se levantar uma vez mais, e por isso tornaram-se guardiões das Chaves Principado. Apenas merecedores poderiam tê-las.

O grande problema era que nem todo merecedor era de fato bom...

Há ainda duas divindades que não fazem parte nem dos Primordiais, nem do panteão de Ordem e Caos. São considerados deuses Neutros, e diz-se que são ainda mais antigos que a Mãe, o Pai, a Irmã e o Irmão. Estes são os únicos que mantem-se sempre por perto dos mortais, pois seu trabalho é guiá-los. São os irmãos gêmeos, Surm, a Morte, e Destiny, o Destino.

Ambos são apenas consequências, então não são bons nem maus. Seu gênero geralmente é confundido com suas áreas de atuação. Na verdade, muitos que alegam ter visto a Morte lhe descreveram como um garoto absolutamente comum, de cabelos negros e olhos avermelhados. Não há certeza alguma sobre a verdade desses testemunhos, já que aqueles que verdadeiramente estiveram com ele não estão mais entre os vivos.

Destiny, em contra partida, é representada com várias formas, mas a mais conhecida é uma garota de idade desconhecida, com cabelos curtos e azulados, olhos amarelados e com uma coroa sobre sua cabeça. Ela carrega sempre um livro de couro consigo, no qual estaria escrita toda a história dos seres sobre Meroé.