Houve um tempo, dizem as lendas, que a violência era a característica mais latente das Terras de Meroé. Nenhum lugar era seguro. Paz? Um privilégio para poucos. Conflitos e mortes compunham a trilha sonora em cada um de seus Reinos. O solo de fértil terra vemelha, levava a fama de ter tal cor graças aos eventuais banhos de sangue que recebia. Homens e mulheres, crianças e jovens cujas vidas ceifadas alimentavam a deusa Mãe e tornavam seu chão em um dos mais produtivos. Grande ironia.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Nenhum ser era imune à destruição.

E nas histórias transmitidas através das gerações, nenhum nome era mais temido do que da criatura que se alimentava de caos, dor e medo.

Pesadelo.

Um ser que consumia e obliterava tudo ao seu redor. Por cada reino que passava nada sobrava além de ruínas e dizimação. Até que um grupo se reuniu. Seres que tinham pouco em comum além do desejo de trazer a paz e, juntos, deram suas vidas para conter e encerrar o grandioso monstro.

Seus sacrifícios não foram em vão. Pesadelo foi derrotado e trancafiado em uma cela mística, camuflada com magias e encantamentos. Uma prisão suspensa no tempo e no espaço, de onde não poderá escapar, a menos que as cinco Chaves Principados sejam reunidas e utilizadas para abrir a porta de sua cadeia.

Finalmente livre, as Terras de Meroé prosperaram e se desenvolveram. O sol voltou a brilhar e o ciclo das estações reconquistou seu eixo. Por séculos foi como a deusa Mãe criara. Elfos, fadas, homens, anões, shifters e inúmeras criaturas coexistiam em uma harmonia jamais imaginada. A violência foi substituída por respeito e cooperação.

Apesar disso, a herança de Pesadelo perdurou. Muitos de seus fieis homens continuaram nas sombras, tramando e conspirando para a volta de seu senhor. Seres que espalhavam seus legados: mesmo que em menor escala crimes ainda eram cometidos. Alguns abomináveis, outros de aspecto inofensivo. Roubos, assassinatos, seqüestros...

Seguindo o exemplo dos lendários heróis, grupos com interesses em comum se formavam. A esses os meroeres chamavam Caçadores. Equipes de caçadores de recompensas que dedicavam suas vidas a eliminar o mal, combater as injustiças e aprisionar quem violava as leis ancestrais.

Alguns grupos se destacavam mais do que outros. Alguns times agiam de forma menos ética do que outros. Mas fosse qual fosse a fama de uma equipe, o objetivo era sempre o mesmo: combater o mal. Ganhar recompensas era apenas uma parte do processo. Muitos nem faziam questão do dinheiro.

Enquanto essas pessoas de diversas raças e diferentes reinos lutava pelo certo, murmúrios cada vez maiores diziam que os tempos ruins estavam prestes a voltar. Depois de séculos de paz e prosperidade, um grupo secreto desejava trazer novamente confusão, caos e morte às Terras de Meroé.

As Chaves Principados estavam sendo reunidas. A escuridão ameaçava reinar por muito tempo pois o impensável estava a beira de acontecer.

O despertar do Pesadelo.