Na longa imensidão da floresta, o maior barulho que se ouvia era os dos pássaros cantando e do galopar de cavalos em meio á relva. Raios de Sol dourados entravam por brechas entre as árvores gigantescas, que, por sua vez, formavam diversas sombras com esse misto de claridade e escuridão.

Uma dúzia e meia de homens saíram para procurar as princesas gregas, Alessandra e Helena. Um terço procurara no castelo, o outro terço no jardim, e o último terço afora dos domínios do palácio, mas desconfiados de que as princesas tivessem indo tão longe, e sem nenhuma esperança de encontrá-las, se elas realmente tivessem ido tão longe.

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Dois guardas, que procuravam no jardim, estavam embrenhados na floresta, as armas em punho, os cavalos velozes para escapar de qualquer armadilha ou inimigo, porém não tão velozes para as princesas não passarem despercebidas.

Um dos cavalos tropeçou em uma pedra, parando e, desse modo, o outro guarda acompanhou-o, obrigando o seu cavalo a parar. Enquanto um deles ficava com os cavalos, o outro guarda foi á procura de água e comida para os cavalos.

Após esse andar uma pequena quantidade de passos, olhou para um lugar com uma grande quantidade de árvores, quase tão escondido que passava despercebido entre tudo, e os seus instintos o instruíram a procurar lá. Ao entrar no lugar, arregalou os olhos com o que tinha achado, e gritou para o outro parceiro vir até o local. Passado alguns minutos, seu companheiro chegou e exclamou:

– Eu não acredito! A princesa Alessandra está morta?

– Pelo visto, meu amigo, sim, ela está morta. Mas já achamos o culpado.

– Quem?

– A princesa Helena. – E, ao completar a fala, o guarda apontou para Helena, desmaiada, ou apenas dormindo. Deitada no chão, o lado esquerdo posicionado sobre a terra, uma de suas mãos continha uma lâmina prateada, com sangue seco. A lâmina do ciclope que, ironicamente, foi morto pela sua própria arma, mas os guardas não sabiam que o monstro estava incluso.

– É mesmo, como pude não notar essa arma? Nunca chegaria a minha mente que a princesa Helena fosse capaz de fazer uma coisas dessas, mas fez, e só sei disso graças a sua observação, meu caro amigo.

– Obrigado, analiso bem as coisas ao meu redor, nunca se sabe o que pode-se encontrar, o segredo que pode-se revelar, como observado nesse seguinte momento. Mas, e agora, o que faremos?

– A solução é óbvia: avisaremos ao rei e aos outros guardas que achamos a princesa e o levaremos até aqui, mas sem mexer em nada, nunca se deve mexer na cena do crime. O resto, eles que julgarão.

E assim foi feito. O rei foi avisado, os guardas também, e todos foram até o local onde Helena e Alessandra localizavam-se. Depois de uma longa discussão e julgamento, e, mesmo com o depoimento de Helena, que acordara um pouco depois de todos chegarem, o veredicto foi esse: Helena seria decapitada, por traição.