POV Lily:

1 ano depois... (Reta final do sétimo ano em Hogwarts)

– Você acredita que já estamos tipo... Terminando a escola? Tanta coisa para fazer depois! – Falei, abraçando James.

– Bom... Eu já sei tudo o que eu quero fazer.

– Tipo....?

– Ser auror, ter uma família maravilhosa, e principalmente, passar minha vida com você. – Disse ele, sorrindo sedutoramente.

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– Para ser auror, você tem as notas. Para ter uma família maravilhosa, você já tem os genes. E para ter a vida inteira comigo, você já tem meu coração. – Repliquei, contando nos dedos as três coisas que ele queria fazer. Ri, e o beijei rapidamente.

– E você?

– Eu não sei... Talvez trabalhar no St. Mungus, ajudando pessoas, ou fazendo poções que tenham esse efeito. Ter filhos, e passar a eternidade com você, talvez. – Ri, fazendo uma expressão exageradamente pensativa.

– Para trabalhar no St. Mungus, você tem as notas. Para ter filhos, você tem.... – Ele me imitou, procurando a palavra certa. – O útero? E para passar a eternidade comigo... Terei que pensar no assunto. Cai fora, Evans, estou cansado de suas cantadas baratas! – Ele me imitou, fazendo um ato de quem me dispensa com a mão.

– Você realmente achava aquelas cantadas boas? E além disso... – Disse, maliciosamente. – Se você tem que pensar, quem sabe eu devia ir lá falar com Diggory....

– Não, não, estou bem aqui com minha eternidade com você! – Ele me puxou, e tomou meus lábios longa e vagarosamente.

......................................

– Vocês todos devem ter consciência do motivo para eu livrar vocês de uma aula terrivelmente entediante de História da Magia. – Albus Dumbledore encarou a todos na sala, com um olhar divertido em seus olhos azuis.

– Não, na verdade. – Retrucou Dorcas, encolhendo os ombros.

– Todos temos coisas a perder. Lord Voldemort vêm as tirando com uma rapidez inacreditável, visto que alguns de nós já perderam muito. – Disse o diretor, levantando de sua cadeira e caminhando entre nós.

Frank, Alice, Remus, Sirius, Peter, Emmeline Vance, Dorcas, Marlenne, Severus e mais algumas pessoas que eu não fazia ideia de quem fossem, além de mim e James.

Ninguém se pronunciou, deixando o homem falar.

– Alguns de vocês têm mostrado ímpetos rebeldes, ou até mesmo revoltosos à despeito da atual situação do mundo bruxo. Luto, rebeldia natural, raiva, vontade de lutar... Todos temos motivos. Porém, todos queremos derrotar o causador desses motivos, creio eu. – Ele fez uma breve pausa, de repente sério como eu nunca havia visto. Todos conseguíamos notar a gravidade do assunto, qualquer que fosse. A sala estava cheia, e meu cérebro começou a procurar uma conexão entre todos nós.

Idade? Acho que não. Personalidade, muito menos. Perdas, igualmente improvável....

Dumbledore havia chamado os melhores alunos. Melhores notas, destaques em uma matéria ou outra.

– Escutem bem, eu não deveria permitir que vocês tomassem partido nessa guerra, muito menos incitá-los a se aliarem à um lado ou outro. Mas, a maioria de vocês está no ultimo ano, ingressando na vida adulta. – Ele abaixou o tom de voz, e seu rosto tomou um tom de tristeza e seriedade. – Muitos alunos querem lutar. E quero que, caso qualquer um de vocês também queiram, vocês podem.

Prendi o ar. Dumbledore estava pedindo ajuda, nos oferecendo uma oportunidade. Se tinha algo que eu queria, era proteger meu mundo. Ter um futuro estava fora de cogitação com Voldemort à solta.

– Vocês sabem o que é uma fênix? – Perguntou o diretor, recebendo olhares inquisitivos de todos os que não estavam em choque sobre a possibilidade de lutar. – Pássaros de tirar o fôlego, devo dizer. Capaz de carregar cargas muito pesadas, há relatos, pasmem, de pessoas avistando-as carregando elefantes! – O diretor deu uma risadinha leve. – A fênix se transforma, é capaz de renascer das próprias cinzas.

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– Com licença, professor? Eu sei que o assunto é muito interessante, mas o que isso tem a ver com o assunto anterior? – Perguntou um garoto, levantando a mão.

– Paciência é uma virtude necessária, Fenwick. Porém, sua dúvida é justificada, quem quer ouvir um velho divagando sobre pássaros, não é mesmo? – Ele riu, inclinando a cabeça para trás.

– Com todo o respeito, professor Dumbledore, não acho que o senhor seja um velho, e acho que falo por todos. – Eu me pronunciei, afinal, ele era o bruxo mais genial que eu já havia visto, e o admirava muito.

– Fico muito agradecido, Lily. Bondade é uma característica rara de se encontrar, realmente.... Bom, partindo do conceito da fênix, fundei uma organização, a Ordem da Fênix. Nossas cinzas são todos os que nos deixaram, e é por eles que iremos ressurgir, lutar. Carregaremos qualquer fardo e peso com a força desse pássaro. E essa força será como as penas desse pássaro, brilhará em todos os tons, com todas as personalidades que queiram se juntar à nós.

Era inspirador. Todo o conceito, tudo. O nome inspirava poder, e só pelo fato de Albus Dumbledore ser o fundador...

Expecto Patronum. – Murmurou o diretor, movendo sua varinha. De sua ponta, uma enorme fênix prateada voou, completamente corpórea e robusta. Sobrevoou a sala, e de repente, tudo pareceu bem, como se houvesse esperança. – Estão liberados.

Todos relutaram em sair, e vários ergueram a mão. Peter estava relutante, como se estivesse indeciso sobre algo, o que me intrigou muito.

– No momento, não há nada que possam fazer. Só poderei aceitá-los quando o ano letivo terminar, sinto muito. Agora, creio que é hora do almoço, não? Espero que tenha bolo Dedo-de-Bruxa, um de meus favoritos!

O bruxo sorriu e se levantou, guiando-nos para fora de sua sala. Ele nos acompanhou até a metade do caminho para o Grande Salão, mas se lembrou que tinha que encontrar professora McGonagall.

– Uau... Quer dizer, é genial! Finalmente alguém agir contra tudo o que está acontecendo! – Exclamou Lenne. – Não sei vocês, mas Dumbledore já tem meu nome.

– O meu também. Ele sempre foi o bruxo que mais me inspirou, e não vai deixar de ser agora. – Concordei, e todos balançaram a cabeça afirmativamente.

– Dumbledore me aceitou e me amparou quando ninguém mais o fez, e creio que devo retribuir. Além disso, ele é... Dumbledore. Minha fidelidade está com ele. – Disse Remus, deixando Dorcas e Lenne perdidas. Elas não sabiam sobre seu segredo.

A Ordem da Fênix já poderia contar com mais 7 membros.

...............................

A lua cheia brilhava alta no céu, enquanto eu, Dorcas e Lenne nos sentávamos e conversávamos no quarto.

– Eu sempre quis trabalhar no ramo do jornalismo, no Profeta Diário. Não como uma Rita Skeeter, aquela nova fofoqueira. Quem sabe até viajando, eu ainda não sei. – Ponderou Dorcas, sentada em sua cama.

– Eu quero trabalhar em Hogwarts, mas ainda não sei como. Quer dizer, quem poderia substitui McGonagall, Flitwick, Slughorn...? Sempre quis ensinar DCAT, mas não sei..... – Sem esperança, Lenne se deitou. – O problema é que todos os outros trabalhos parecem incrivelmente chatos, Hogwarts é meu lar.

– Ei, mas é claro que você pode ser professora! Galatea Merrythought está, convenhamos, meio velha e caduca. Você pode sim lecionar aqui, e tenho certeza absoluta que Dumbledore te aceitaria aqui! – Doe se animou, e consequentemente animou McKinnon, que se levantou, animada. Funcionou, mas falar que a professora estava velha e caduca não foi o método mais delicado de passar a ideia, até porque eu a achava um doce! – E você, Lily?

– Bem, eu sempre quis trabalhar com poções, já que é algo que eu gosto muito. – Elas fizeram um “Dãã”, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Então, estive pensando: Por que não no St. Mungus? Quer dizer, vou ajudar pessoas, e posso desenvolver novas curas e tal!

– Gostei da ideia! Combina com você, apesar de eu achar o ambiente bem deprê. Enfim, acho que aquele lugar realmente precisa de uma Lily Evans para iluminar aquilo! – A loira pulou para minha cama, dando um tapinha no meu ombro. – Bom, acho que vou procurar Remus. Tá fora do horário, mas e daí? É meu último ano mesmo!

– Só cuidado com o Filch. E com o Pirraça. – Marlenne ergueu as sobrancelhas, se deitando novamente.

Quando um pensamento me cruzou a cabeça: Era noite de lua-cheia. Se ela não achasse Lupin, ou iria querer procurá-lo, ou até mesmo pensar que ele estava dando um bolo nela. Merlin!

– Dorcas! V-você não prefere..... – Tentei pensar em algo que ela amava, mas nada me cruzou à mente. – Jogar verdade ou desafio? A gente ensina a Lenne a jogar! Ou, Snap Explosivo?

– Lily, quando eu trocar Remus John Lupin por uma partida de Snap Explosivo, pode me internar. E ei, eu não vou ser pega, fique tranqüila. – Disse ela, saindo. Ela não fazia ideia de que a minha preocupação era bem maior do que apenas ser pega pelo zelador.

Esperei ela sair, e quando calculei que ela já saíra da Sala Comunal, corri pelas escadas, falando que iria encontrar James. Marlenne riu, e apenas se virou na cama.

Finite Incantatem. – Murmurei rapidamente, ao pé da escada do dormitório masculino. Disparei pelas escadas, e quando cheguei ao dormitório dos Marotos (Recebendo diversos olhares inquisitivos de alguns meninos deitados em seus quartos no caminho), não havia ninguém.

Eles já estavam no caminho para a Casa dos Gritos.

Corri o tanto que minhas pernas permitiram até os jardins, e vi que Dorcas estava fazendo o mesmo caminho. Oh, droga, droga, droga, droga, droga!

POV James:

Estava começando. Lupin já estava tremendo, e estávamos no meio do caminho. Claro, já estávamos acostumados com a palidez e tudo, mas ainda estávamos na forma humana, já que ele estava especialmente fraco hoje.

– Aguenta aí, cara. Só até a casa, daqui a pouco já estamos lá, ok? – Peter o tranqüilizou, ficando atrás para ver se não havia ninguém chegando. – DROGA!

– O que foi? Não grita, vai acabar acordando até os elfos domésticos! – Sussurrei, me virando para ele. – OH, DROGA!

– Mas qual é o incêndio?! – Disse Sirius, irritado. Ele também se virou. – DROGA, MAS O QUÊ?!

– O que está acontecendo? – Lupin conseguiu murmurar, em meio a espasmos e tremedeiras. Ele estava pálido e suava em bicas, e à essa altura, o grupo todo estava parado.

Dorcas Meadowes acabara de cruzar os portões que dava para o jardim.

– E agora? – Sussurrou Peter, se abaixando atrás de uma rocha. Sirius foi atrás dele, e quando estava indo também, Remus caíra no chão, se debatendo. Tínhamos que dobrar o passo se quiséssemos chegar até a Casa, mas como faríamos isso sem chamar a atenção de Doe? Quer dizer, se ela nos seguisse, poderia ser perigoso, e eu sabia que ela iria querer saber o que estava acontecendo.

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– Sei lá! Temos que fazer algo! Ele está quase no meio da transformação, gente! – Falei, meio alto.

– Quem está aí? Meninos? Estive procurando vocês faz um tempão! – Dorcas estava chegando, e correu em nossa direção. Perto, perto demais. – REMUS! Meu Merlin, o que ele tá se transformando? Temos que levá-lo para a enfermaria! Agora! Por favor, temos que fazer alguma coisa! – Ela estava disparando na direção dele.

A transformação estava muito avançada.

– Dorcas, se afaste! Não tem tempo para ajudar, só volte para o castelo! – Berrei, tentando afastá-la.

– Ele tá se transformando James! Você quer que eu volte como se não tivesse nada acontecendo? Como eu vou simplesmente abandonar ele?! Agora, me ajudem a carregar ele!

Ela chegara, e estava indo na direção dele. A face de Remus já estava se alongando, e pelos começaram a nascer em seu corpo. Ele se contorcia e gritava, e sabíamos o quão doloroso isso era para ele. Suas mãos começaram a crescer, enquanto ouvíamos os ossos de nosso amigo estalarem e esticarem, e garras perfuraram a pele de Lupin, substituindo suas unhas. Estava começando a perder a consciência, deixando o lobo tomar conta.

Meadowes botou a mão no peito dele, começando a chorar.

– O quê? – Ela gritou, surpresa.

Enquanto ela se virava para nós, a transformação se completara. Fiquei sem reação, e gritei para que ela saísse dali, assim como todos. Sirius correu para arrastar ela para longe, mas chegou tarde.

Quando ela se virou para o namorado, ele estava de pé. E lançara suas garras contra o rosto de Dorcas.

O som da pele sendo perfurada cortou meus ouvidos. Sangue jorrava da parte bochecha esquerda dela, e três marcas profundas se formaram, deixando a pele afastada pender entre os cortes. No momento em que Lupin ia investir contra a menina novamente, Sirius conseguiu puxar a loira de baixo do lobo, e eu, na forma de cervo, me coloquei na frente do lobisomem.

POV Lily:

– A monitora fora da cama? Mas o que é isso? – Berrou Pirraça, se colocando no meu caminho. Eu devia ter pego o Mapa!

– Cale essa boca, Pirraça! O que você quer? – Tentei suborná-lo.

– ALUNOS FORA DA CAMA! – Gritou ele. Eu sabia que Filch demoraria a chegar, então disparei até a entrada dos jardins, sabendo que, independente de quanto corresse, poderia chegar tarde. Dorcas já saíra fazia muito tempo.

Chegando no portão, ouvi um grito feminino, e um rugido bestial.

Corri como nunca. Tudo o que eu vivi ao lado de minha amiga passou em minha cabeça, pensando que ela poderia estar morta quando eu chegasse.

Muito sangue.

O rosto de minha amiga estava com três marcas imensamente profundas em seu rosto, que jorravam sangue, vermelho e espesso. Os músculos do rosto estavam expostos, e a pele entre os cortes pendia fracamente, enquanto minha amiga tombava no chão, desacordada.

– Lily! Leve ela para a enfermaria, agora! Todos os professores já sabem, corra! Nós cuidamos dele agora! – Peter berrou, colocando o braço de Dorcas ao redor de meus ombros. – Ela não pode ficar aqui, muito menos você! Vão!

Ele se transformou em um rato, seguindo o resto dos animagos. O veado olhou para mim, inquisitivamente. Eu apenas assenti, e corri o máximo que pude, com Doe pendendo ao meu lado.

A subida foi a pior parte, mas a adrenalina em meu corpo me tornava quase uma super-heroína.

Principalmente porque a cada passo, eu pensava que Dorcas podia estar caminhando um pouco mais para a morte.