Eles me olharam assutados por alguns segundos, mas pareceu um eternidade. Eu olhava do Tomoe para o Mizuki, e do Mizuki para o Tomoe. Todos estavam perplexos. Quando eu abri a boca para explicar tudo, senti uma coisa em volta do meu pescoço, no começo eu não vi o que era, mas quando eu cai pra trás com toda força, em cima de mim eu pude ver o Tomoe.

Ele estava apertando meu pescoço com muita força e me pressionava no chão, eu não conseguia respirar. Eu tentava tirar suas mãos, mas ele era forte demais.

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– Quem é você!? - Tomoe gritou. Ele estava com uma cara assustadora, eu nunca o tinha visto assim, mas eu não podia responder. Eu mal conseguia respirar.

–Me responde! Quem é você?! O que fez com a Nanami!? - Ele começou a me apertar cada vez mais. Eu sentia minha garganta sendo inundada por um líquido viscoso com um sabor metálico. Sangue.

Eu estava em desespero, me debatia com toda as minhas forças para me soltar, mas óbvio que era inútil. Mas eu não me importava, eu estava morrendo. Isso mesmo, eu estava morrendo. Até agora não acredito que esse é meu fim, quem poderia imaginar? Nesse momento comecei a pensar na minha mãe, minha melhor amiga, Ester. Como será que elas vão ficar? Como minha mãe vai ficar? Eu amo a minha mãe, e não quero vê-la sofrer por minha causa. Mas o que posso fazer? É inútil lutar, é inútil.

Ao longe eu pude ouvir a voz do Mizuki pedindo para o Tomoe sair de cima de mim, mas parecia que ele não estava ouvindo.

– Tomoe, solta ela!- Disse o Mizuki, mas ele nem se mexia.

– Não vou soltar até que essa coisa me fale aonde está a Nanami!

– Como você que que ela fale assim?!

– Cala a boca! - O Mizuki arrancou o Tomoe de cima de mim, mas já era tarde de mais. Minha visão foi escurecendo, não conseguia respirar, eu realmente estava morrendo. Comecei a pensar de novo na minha mãe, a imagem dela chorando fez uma lágrima rolar em meu rosto.''Esse é o meu fim... Eu te amo mãe. Me desculpa por não ser a filha que você merece''. Esse foi meu ultimo pensamento antes de eu mergulhar na escuridão.