Um novo amigo.

Hoje eu acordei com muito bom humor, e estava morrendo de vontade de sair. Levantei da cama com a maior determinação e fui até o quarto do Tomoe. Abri um pouco a porta para espiar e ele estava dormindo ainda, entrei e fechei a porta atras de mim, fui caminhando até ele da maneira mais silenciosa possível para não acorda-lo. Me ajoelhei ao lado dele.

– Tomoe? - Eu disse.

– Que? - Ele disse ainda dormindo.

– Eu posso sair?

– Tá, claro, faz o que quiser. - Ele disse virando para o outro lado. Eu sai do seu quarto e resolvi explorar. Dês de que chaguei eu nunca fui sai para conhecer a cidade direito, então vou dar uma olhadinha por ai. Ainda era cedo, deveria ser mais ou menos 7 horas da manhã, o dia ainda estava fresco do jeito que eu gosto, fechei os olhos para sentir a brisa no meu rosto. Eu estava tão relaxada que não notei que tinha um garoto na minha frente e eu acabei esbarando nele e derrubando sua mochila e papeis no chão.

– Me desculpe, eu sou uma desastrada. - Eu disse o ajudando a recolher as coisas.

– Desculpe também eu não estava olhando para onde ando. - Terminamos de recolher tudo colocar dentro da mochila.

– Obrigada pela ajuda. - Ele disse dando um sorriso. Agora olhando melhor ele era lindo! Ele tinha cabelos pretos com as pontas brancas, olhos azuis, ele é muito, muito lindo. Eu tive que ter muita força de vontade para não ficar olhando para ele como uma idiota.

– D-de nada.

– Prazer, meu nome é Yuki!

– O meu é Bruna, prazer.

– Você aceitaria tomar café comigo?

– Que? - Eu disse confusa.

– É só um agradecimento por ter me ajudado.

– Não sei se deveria...

– Ah, vamos é só um café. - Ele disse com um sorriso lindo. Eu não resisti, é só um café, nada de mal.

– Ok, mas só um café rápido!

– Pode deixar. - Ele disse. Mas esse cafezinho rápido acabou demorando demais. A gente acabou ficando o dia todo conversando. Ele é um garoto além de lindo, é muito legal e engraçado ele toda hora me fazia rir. Ele tinha a minha idade e morava sozinho igual eu. A nossa conversa estava tão boa que quando me dei conta o sol já estava se pondo.

– Meu Deus! Já é muito tarde, preciso ir. - Eu disse levantando apresada.

– Mas já?

– É, tenho que ir o Tomoe vai me matar!

– E quem é ele?

– Meu... Meu irmão, ele é muito protetor.

– A gente vai se ver de novo?

– Talvez, tchau!

– Tchau, se cuida! - Eu assenti e sai andando o mais depressa possível. Ainda bem que eu não tinha ido tão longe, se não estaria perdida. E finalmente eu cheguei ao templo.

– Cheguei! - Eu disse entrando. E senti alguém me dando um tapa na cabeça.

– Você faz a minima ideia do quanto está tarde?! - Disse o Tomoe com uma cara de poucos amigos.

– Ai!! Isso doeu! E Desculpa e que...

– E que nada!! Ficou maluca de andar por ai sem avisar?!

– Eu te avisei.

– Que mentira, avisou nada!

– Avisei sim! E não é culpa minha que você não escultou. E quer saber? Não sei por que você está tão irritado.

– Eu estou irritado por que você quase me matou de preocupação, sua idiota!

– Não me chame de idiota! E desculpe se te deixei preocupado. Eu estava conversando...

– Espera, conversando? Com quem?

– Com um amigo.

– E dês de quando você tem amigos?

– Dês de agora.

– E qual é o nome dele?

– Yuki, e ele é um ótimo garoto.

– Como assim ótimo? Por acaso está gostando dele?!

– E se eu estiver e daí? Por acaso está com ciúmes? - Eu disse com um sorriso zombeiro no rosto. Ele me deu outro tapa.

– Cala a boca!

– Para de me bater! - Eu disse passando a mão na cabeça.

– Então para de ser idiota!

– Estou cansada dos seu ataques de fúria!

– E eu estou cansado da sua idiotice.

– Eu não sou idiota!

– É sim, e a partir de agora está proibida de sair sem mim!

– Eu saio se eu quiser, se você se esqueceu eu que sou a Deusa aqui eu é que mando!

– Ah, desculpe majestade fajuta! - Ele disse irônico e fazendo um reverencia. - Ah, para! Você não manda em nada aqui!

– Ah, não? Você é meu familiar!

– Não, eu sou o familiar da Nanami, não o seu!

– Como assim?

– Você pode ter a aparência da Nanami, mas não é ela e a aliança não vale para você! Então eu é que mando!

– Mas se eu quiser formar a aliança, o que eu tenho que fazer?!

– Tem que me beijar! - Ele disse chegando perto de mim. - Vai ter coragem?

– Por que? Por acaso você quer que eu te beije?- Eu disse dando um passo para tras. Tentando deixar minha voz firme.

– E se eu quisesse? - Ele disse chagando muito, muito perto de mim, só uns 10 cm separam seu corpo do meu. Eu me esforcei para não corar e me manter firme.

– D-deixa de ser ridículo.

– E daí se sou ridículo? - Ele disse chegando mais perto, seu rosto está a centímetros do meu. - Você não disse que é uma deusa? Para ser uma deusa completa tem que ter coragem. E você tem coragem para me beijar? - Quando estávamos prestes a nos beijar.

– Tomoe?! - Chamou o Mizuki lá da cozinha. Eu dei um pulo e me afastei.

– Boa Noite Tomoe. - Eu disse indo para o meu quarto.

Deitei na cama confusa. Será que ele gosta de mim? Não, é claro que não. Ele estava só me provocando como sempre. Isso mesmo é só provocação. Mudando de assunto, aquele garoto o Yuki, ele é realmente lindo, engraçado, gentil, ele é tão legal e tem um sorriso, tão, tão bonito. Espero encontrar com ele de novo, eu me diverti muito com ele. Queria me encontra com ele de novo, mas nunca mais vou vê- lo. Mas acho que nunca vou consegui tirar aquele sorriso da minha cabeça.