CAPÍTULO 2 - WILL

O que será que ela vai achar da minha proposta? Será que ela vai aceitar? Mesmo com William? Ela nunca o abandonaria. E se eu tiver a chance também não!

– Querida, tenho uma proposta a te fazer. - digo sério.

– E o que você me propõe? - ela pergunta, mordendo o lábio e se aproximando cada vez mais de mim.

– Bom, a princípio a proposta era só para você. Mas já que temos o William e eu e você seríamos pais totalmente desnaturados se fizéssemos isso sem ele, eu estendo a proposta a ele também.

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– Por favor, Will. Deixe de enrolação e diga logo pelo amor de Deus. - ela diz, aparentemente tentando parecer menos ansiosa do que está. Rio da sua ansiedade e a abraço por trás, falando em seu ouvido.

– Não precisa ficar tão ansiosa. Vou contar logo. Senti muito a sua falta. Te amo muito e não sei se consigo passar de novo mais dez anos sem você. Então eu estive pensando se você e o William não gostariam de ficar conosco na tripulação do Holandês Voador.

– O que? - ela pergunta se virando para mim, surpresa, com um sorriso nos lábios e com os olhos brilhando de esperança.

– Estou te perguntando se você e William gostariam de ficar comigo e com a minha tripulação no Holandês Voador. - digo com um sorriso nos lábios.

– E isso é permitido? - ela diz com um tom travesso.

– E desde quando piratas seguem regras? - digo com um sorriso brincalhão no rosto.

Então nos beijamos por um longo tempo e pude perceber William se aproximar e ficar nos observando. Como ele já estava ficando um pouco envergonhado, achei melhor perguntar a ele se ele queria ou se gostaria da ideia.

– Filho, eu gostaria de te fazer uma proposta. - eu pergunto, abraçando Elizabeth de lado.

– O que é? - ele pergunta meio desconfiado.

– Queria saber se você gostaria de ficar no Holandês Voador comigo e com minha tripulação.

Ele pareceu pensativo por um instante, o que me preocupa.

– Pai, eu adoraria ir com você no navio, - eu abro um sorriso enorme - mas eu não posso deixar minha mãe aqui.

– Ela irá conosco, filho. - eu digo, tentando parecer tranquilo e não implorando.

– De qualquer forma, eu adoraria, mas não posso.

– E porque não? - eu digo praticamente implorando.

– Eu não sei. Queria terminar os estudos. Quero mais tempo pra pensar.

Dou um suspiro.

– Infelizmente não temos muito tempo. Tem que fazer sua escolha até amanhã. Eu sei que é difícil fazer uma escolha de tanta mudança assim, de repente. - eu digo apoiando minha mão no ombro dele e afagando.

– Então me dê o tempo máximo para pensar. - ele diz tirando minha mão do seu ombro.

– Certo.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado. Esperava uma resposta afirmativa e rápida. Não uma espera para pensar. Sei que Elizabeth está tão chateada quanto eu, mas, o que podemos fazer?