The Slytherin

Nôitibus Andante


Pov Maiara

Passei mal quase imediatamente. Aparatar é pior que a aula do Snape, só Merlim na causa. Cambaleei até um banco próximo e segurei ânsia de vomitar.

Meu Deus, eu tinha usado magia!

Além de nem ter mais casa, vou ser expulsa da escola por usar magia antes da maioridade. Agora sim eu me dei muito mal.

Mas nem me arrependo por ter feito isso. Há anos queria sair daquela casa e finalmente consegui. Se não estivesse tão ferrada, até comemoraria. Não tinha mais nada a perder, então fiz um feitiço para ver minha madrinha. Havia deixado ela sozinha, mas algo me dizia que ela também já teria ido embora.

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E eu estava certa. Quando lancei o feitiço, vi que ela estava em uma casa bem diferente da que eu havia acabado de fugir. Só espero que minha madrinha tenha dito poucas e boas na cara da vaca da Lídia antes de vazar. Ia ser minha madrinha mesmo.

A imagem desapareceu e eu abaixei a minha varinha. Percebi que um feitiço foi lançado enquanto eu guardava a mesma, alguma espécie de luzinha roxa. Nem sei o que é isso, mas mesmo assim, nem me importava mais.

Já ia sair daquela rua e seguir para o apartamento de minha madrinha, que ficava a poucos quilômetros dali. Sabia que ela estava lá, havia reconhecido a sala pela imagem. O apartamento era minúsculo, e Dorcas havia me dito que não podia morar ali, mas sabia que ela daria um jeito de me ajudar. Percebi um cachorro enorme do outro lado da rua. Ele de certa forma era bonito. Tinha olhos cinzas e o pelo era muito preto.

Eu iria ao encontro dele, mas um carro surgiu na minha frente. Não era um carro, era um ônibus roxo de três andares. A porta do ônibus se abriu e um homem espinhento, com grandes orelhas de abano me disse:

—Seja bem vinda ao Nôitibus andante, transporte para bruxos e bruxas perdidos - disse o homem - Meu nome Stanley Shumpike e serei o seu cobrador esta noite.

—Não olha para a rua não, cara? Você quase me atropelou!

Ele ignorou a minha reclamação e me deu um sinal para entrar no ônibus. Ao invés de cadeiras, haviam camas e nelas, bruxos adormecidos. Resisti ao impulso de dar um gritão e acordar todo mundo ali.

Eu me ajeitei em um das camas e paguei ao Stanley a passagem do ÔNIBUS. Antes de sair da casa, passei no quarto de minha tia e esvaziei todas as suas economias. Uma vingança básica não faz mal a ninguém.

—Para onde vai, mocinha? - ele perguntou

—Rua Greldey, apartamento 104.

—Ouviu, Ernesto - disse Stanley

O ônibus deu uma largada e eu fui automaticamente jogado para trás, a sorte é que eu estava em uma das últimas camas do ônibus. Minhas costas bateram no vidro e eu quase gritei de raiva.

Peguei um livro do meu malão e comecei a lê-lo. A que ponto eu havia chegado. Era bem interessante, falava sobre runas antigas, uma das minhas matérias que eu estudaria este ano, claro que incentivada por Olívia. A louca queria se matricular em todas as matérias! E eu não aguentava nem as obrigatórias.

Depois de algum tempo, o ônibus parou mais uma vez e eu ouvi Stanley dar boas vindas a mais um bruxo. Ele se apresentou como Neville Longbotton, e ... ESPERA UM SEGUNDO!

Eu me levantei e vi ninguém menos que um dos meus melhores amigos, Harry Potter. Ele também me viu e veio em minha direção, para me dar um abraço.

— Neville Longbotton - eu disse com sarcasmo e com um sorriso no rosto - Que prazer em revê-lo!

Harry deu um sorriso e se levantou.

—Qual é o seu nome mesmo? - perguntou Stanley para mim.

—Miranda Durre - eu disse

Harry olhou para mim com uma cara de ''uhum , sei''. Até parece que eu ia falar o meu nome de verdade. Era pedir pra nojenta da Lídia me achar.

—E aí, como estão sendo a suas férias? - eu perguntei

—Um saco - disse Harry - A minha tia me perturbou tanto que eu usei magia. Agora eu vou ser expulso de Hogwarts.

Almas Gêmeas são assim mesmo.

—Comigo aconteceu a mesma coisa - eu disse - Eu também usei magia.

''Caldeirão furado '' disse Stanley

— Eu vou parar aqui - disse para Harry

O Caldeirão era um lugar cheio de ratos e bem sujo. Perfeito para eu também descer. Não queria perturbar minha madrinha na casa dela, que nem teria espaço para mim e Lídia nunca me acharia.

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—Eu também - ele disse

Nós descemos do ônibus e entramos no bar