O Olimpo Existe.
Um Filho de Hades?
– Assim não dá, Grover. – Eu disse. Minha cabeça estava explodindo e Grover só reclamava.
– Mas... – Ele continuou falando, mas eu, com a cabeça daquele jeito, me desliguei de tudo, deixando um sátiro mau humorado falando sozinho.
– Porquê você não volta?
Perguntou Peter.
– Eu não posso. Mamãe e você estão mais seguros longe de mim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Mas eu quero ficar com você, Sarah!
Ele me abraçou tão forte que eu não queria soltá-lo. Mas ele me soltou primeiro.
– O que aconteceu?
– Vá em casa. Você saberá. – Ele começou a chorar. O choro foi ficando fraco e distante. Peter virou só um pouco de vento, me deixando sozinha no vazio.
– O que quis dizer, pestinha?
– O que quis dizer, pestinha?
– Pestinha? – Grover me olhou incrédulo. – Pelo menos, você ouviu um terço do que eu falei?
– Não Grover. Eu não ouvi.
Me levantei e fui até Percy, ou o que restava dele. Ele estava acabado. Eu também não estou nada arrumada.
– Sarah! Você ficou meia hora imóvel, deixando todos falando sozinhos!
– Desculpe... Olha, Percy, precisamos sair daqui.
– Não diga! Eu quase não percebi isso.
– Não é hora de piadinha, tá legal? Aconteceu alguma coisa com minha família. Eu sei. Preciso voltar à minha casa. Ver o que aconteceu. Preciso acha-los.
– Está bem, mas primeiro, vamos dar um jeito de sair daqui.
– Claro... Percy?
– Sim?
– É possível uma pessoa ter dois filhos com dois deuses diferentes?
– Eu não faço ideia... Pergunta para a Anna.
– Tá legal...
– Porquê?
– Nada não...
Acabei até m esquecendo de falar com Anna. Melhor assim. Posso estar enlouquecendo... Mas é possível? Já não faço mais ideia do que é real e do que é ilusão, mas tudo bem.
– É loucura, Sarah.
Disse Gabriel, quando eu contei o que queria.
– Eu sei.
– Esqueça isso, está bem?
– Sabe que não dá.
– Pelo menos tente, ok?
– Ok.
Assim, ele me beijou. Foi longo e doce. E depois, ele me abraçou, e senti como se não quisesse soltá-lo, como foi com Peter. E foi o que eu fiz. Ficamos por um bom tempo assim, abraçados, então eu o soltei.
– Estou com fome. E você, Sarah?
– Estou morrendo de fome.
Ele ri e pega minha mão. Vamos até onde, diariamente, sempre há comida nos esperando.
– Hoje eles se superaram. – Ironizou Anna.
– Porquê...? – Então eu vi o porquê. Haviam apenas duas bandejas. Eramos em seis pessoas.
– Estamos ferrados. – Disse Thalia. Quase me esquecera de sua presença. Ela estava tão quieta...
– Vamos ter que dividir.
– Mas é pouca comida! Como iremos dividir?
– Grover, sem dar escândalo, ok? Faremos assim. Eu abro mão da minha parte. Pronto. Mais comida para cada um.
– Eu também não quero minha parte. – Disse Gabriel.
– Se divirtam. – Completei.
[...]
– Porquê você quer voltar? Digo... Para sua casa.
– Acho que Peter também pode ser um semideus.
– Como pode saber?
– Eu só... Sinto, Gabriel.
– Tá... De qual deus você suspeita?
– Falando assim parece que está falando de um suspeito de crime! – Ele ri. – Mas eu acho que pode ser Hades.
– Hades?
– Peter é um pouco mau humorado, sempre foi assim, birrento, sabe ser chato quando quer. Adorava quando a sensação térmica do verão chegava à trinta e oito graus ou mais. Enquanto eu adorava ver os raios em um dia tempestuoso, ele preferia encarar o fogo, bem de perto. Eu sempre achei que ele apenas gostasse disso. Mas agora... Eu garanto, ele não é psicótico igual o Hades de verdade.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Isso é esquisito. Você sabe que quase não há indícios de semideuses filhos de Hades, não?
– Eu sei... Mas a Max é filha de Hades. E é muito legal.
– O que quer dizer com isso?
– Eu acho que... Quero levar Peter para o Acampamento.
– Mas e se ele não for um semideus, Sarah?
– Ele é.
Encerro a conversa e tento dormir, mas eu abri mão da minha comida para o resto do grupo, então, estou com muita fome.
[...]
– Sarah! Acorda.
– O que foi Thalia?
– Percy e Beth acharam uma saída.
– Eles o quê...?
Me levanto rapidamente, soltando meu cabelo e soltando um gemido de fome.
– Não se preocupe. Mandaram o dobro de comida para cada um. – Tenho certeza de que um brilho surgiu no meu olhar, porque Thalia sorriu e me levou até o resto do grupo.
[...]
Depois que todos comemos, arrumamos as coisas e saímos de lá, guiados por Percy e Anna.
Saímos da sala em que estávamos e chegamos à outra. E era aí que estava o pequeno problema.
Hades e Luke nos esperavam.
Luke não moveu um músculo. Já Hades, não poupou esforços.
Ele “derrubou”, em menos de cinco minutos, Grover, Thalia, Gabriel e Anna. Eu e Percy ficamos lá. Eramos filhos de Poseidon e Zeus.
– Sobrou pra gente. – Murmurei.
Atirei uma flecha em Hades que poderia tê-lo matado. Mas ele lançou de volta uma flecha em chamas que atravessou a minha barriga. A dor era nsuportável, mas eu continuei de pé. Com uma lança de raios e algumas tentativas frustradas, atravessei Hades com a lança.
– Ele morreu? – Perguntou Percy.
– Não. Só está desacordado. Vamos cuidar desse franguinho aqui.
Luke estava todo encolhido na parede. Prearei o arco com uma flecha. Seria um acerto perfeito no coração se Percy não tivesse tirado a flecha o arco.
– Não faz isso Sarah.
– Porquê?
– Vamos ter outras oportunidades de acabar com ele.
Caminhamos para a saída, todos juntos.
– Próxima vez eu acabo com você Percy. Filho ou não de Poseidon.
[...]
Andamos pelo que me pareceu uma eternidade. Mas então, a luz do sol entrou pelo túnel. A luz, obviamente, machucava meus olhos, eu estava acostumada à escuridão da caverna. Quase não havia vento e haviam flores em todos os lugares. A grama era muito verde e as árvores eram densas.
– Estamos perto do Acampamento.
– Como assim? – Perguntei.
– Sério. A caverna fica à uns quilômetros à oeste do acampamento.
– Como sabem?
– Sarah, você acha que não íamos até o Acampamento para avisar que estaríamos voltando? – Disse Anna.
Revirei os olhos.
[...]
Enfim, chegamos ao Acampamento. Todos semideuses estavam na entrada, levaram-nos para os nossos quartos e deram uma festa para a nossa volta.
Claro que Dionísio não parou de beber vinho e logo no começo na festa não falava nada com nada. Ele se levantava e caía novamente. Ficará com uma baita ressaca amanhã. Se em que... Deuses ficam de ressaca? Bem, de que importa? Estou à salvo. Estamos à salvo.
Eu estava terminando de arrumar uma mochila com coisas que eu precisaria. Alimentos, roupas...
Alguém bate à porta. Tiro os meus desenhos da parede e guardo-os na mochila.
Abro a porta. É Gabriel.
– Oi.
– Oi.
– Sarah... Resolvemos ajudar você.
– Resolvemos?
– Não acha que íamos ficar de fora, acha? – Gabriel se afastou e vi que todos estavam ali. Até Clarisse.
– Obrigado gente, mas... Eu vou sozinha.
– Não vai não.
– Mas...
– Não desistimos tão fácil Sarah. Nós vamos com você.
– Então tá. Vamos logo, antes que eu desista de ir.
Nós saímos do Acampamento para irmos à minha casa. Se Peter for mesmo um semideus ele não deve saber. Ou será que sabe? Só vou saber quando eu chegar em casa.
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