Nomes Marcados

Capítulo 6


Havia muitas coisas que Brienne de Tarth não gostava sobre o seu corpo, a sua altura, a sua falta de seios, o jeito como todos os traços de seu rosto pareciam ter se arranjado para formar o efeito estético mais desagradável possível. Perto disso o nome escrito em seu peito nem deveria parecer algo tão ruim, mas para ela era.

Inicialmente tinha sido apenas embaraçoso, porque uma das garotas que trabalhava no castelo viu e ela passou meses ouvindo piadinhas por todo lado sobre como ela destinada a se tornar a amada do Regicida, afinal o Jaime mais famoso dos Sete Reinos era aquele homem desonrado que tinha traído seus votos com o Rei. Todos sabiam que não havia nenhuma verdade nisso já que era conhecimento publico que os gêmeos Lannister já tinham nascido com o nome um do outro em seus braços, mas ainda assim gostavam de fazer comentários só pra ver a menina feia ficar embaraçada e com raiva.

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Mas ela só começou a não gostar de sua marca após ver Renly morrendo na sua frente. O amor que ela sentia por ele era tão grande, assim como sua triste por sua morte, que ela chegava a pensar em alguns momentos que se não fosse pelo juramento que ela fez recentemente a Lady Catelyn que ela poderia simplesmente deitar no chão e se deixar se comida pelos animais da floresta. E ainda assim não havia nenhum sinal do nome de Renly, apenas Jaime escrito na pele acima de seu coração em luto.

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A esposa de Lorde Ramsay tinha o nome Theon escrito bem abaixo de seus pequenos seios.

Ele reparou nisso numa das noites que seu mestre ordenou que ele se juntasse a eles em seu quarto. Ele não mencionou com ninguém, mas ficou pensando bastante depois. Mais uma vez ele sentiu pena da pobre garota, aquele homem com o nome da pele de Jeyne não existia mais.

Ele era apenas Reek agora.

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Cersei ia detestar aquilo, Jaime tinha certeza. Se fosse o outro braço ela provavelmente não teria gostado de qualquer jeito afinal ela detestava quando eles não se pareciam, mas a perda da parte daquele em particular ela consideraria uma ofensa, uma afronta. Ela provavelmente até arranjaria um jeito de culpa-lo por aquilo ao invés do babaca que tinha decepado uma parte do corpo dele.

Era o braço que tinha nascido segurando o pé dela, o braço que tinha da mão até o cotovelo o nome dela escrito, o braço que Jaime tinha perdido.

Embora provavelmente seria uma reação fraca em comparação a fúria que ela deve sentir caso ela chegue a ver o nome que recentemente tinha aparecido no peito dele.