Os irmãos do Caos

Ele a amava


Um brilho opaco aparece do nada e em um segundo seguinte no seu lugar havia um garoto que parecia ter dezoito anos, uma aura negra o rodeava, lágrimas escorriam de seus olhos, mas não eram bem... Lágrimas, eram tão escuras quanto o Tártaro, e quando pingavam no chão emitiam um chiado e a grama tocada "morria". Ele saí do meio das árvores e se senta na borda do penhasco, suas pernas cobertas por um calça social preta balançando no nada.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Imagens percorriam sua mente incessantemente, rostos, uma mulher de longos cabelos brancos, os olhos pareciam conter tanta sabedoria e poder que mais pareciam esferas brilhantes de poder puro, usava um longo vestido azul que contrastava com sua pele branca como a neve. Cenas, duas pessoas loiras se beijando, a escuridão, o sorriso da mulher, duas crianças, a mulher de vestido azul com um sorriso radiante e, ele, abraçado à ela, sangue prateado, icor, o rosto branco da mulher ficar corado em seus braços, suas lágrimas ácidas, morte.

Seu corpo flutuava, a áurea que o envolvia era puramente escuridão, escuridão sólida e somente o pior que havia nela. Pare! A voz calma e ao mesmo tempo alarmada soou em sua cabeça, estava ele ficando louco? Pois era a voz dela, mas ela não podia ser capaz de fazer isso, estava louco, tinha certeza. Em sua áurea brilharam tentáculos brancos, brancos como o cabelo dela, pensou ele, não parecia mais notar, mas suas lágrimas negras ainda escorriam. Os tentáculos envolveram-no, ele nem sequer tentou livrar-se deles, sabia o que eram, e não queria que eles fossem embora. Uma sensação boa o invadiu, o que não sentia há éons, sentia-se feliz, mas realmente feliz.

O nome dela foi a única coisa que disse para o nada. Quando a sensação não mais existia.

Afinal, ele a amava.