Sniper Hero

Capítulo 5


No dia seguinte, 13:02, em alguma rua de camelôs do Rio de Janeiro

Júlio está procurando alguns contrabandistas ou alguns informantes ou qualquer um que tenha informações sobre o menino que matou os seus pais, ou qualquer bandido. Ele está passando com sua jaqueta cinza, sua calça jeans azul-escura e um boné cinza cobre o seu rosto. De certa forma, é uma figura notável, mas não aí, não nesta rua de camelôs, pois aí há outras figuras que chamam mais atenção ainda, como alguns funkeiros com roupas mirabolantes e vendedores com aparelhos coloridos para tentar chamar a atenção dos consumidores, há um grupo de meninas com mini-saias e blusas pequenas que mal cobrem o umbigo, provavelmente estão aí para comprar capas para seus celulares ou qualquer coisa que elas possam chamar de ''original'' e ostentar seus produtos comprados dos camelôs no Facebook.

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Estava tudo indo normalmente até que ele vê uma multidão se aglomerando há gritos e barulho rolando solto, provavelmente é alguma briga. Júlio se aproxima numa velocidade normal até o aglomerado, ele estica o pescoço e remexe sua cabeça para tentar ver melhor a cena e então ele vê 3 policiais. 2 estão imobilizando alguém no chão, o outro está com a pistola apontada para a multidão enquanto o policial com a pistola grita ''Afastem-se!'' o povo grita coisas que Júlio não consegue compreender.

–Pare de resistir! --disse um policial tentando imobilizar o rapaz

–ME SOLTEM PORRA! --disse o homem sendo imobilizado

–Chefe, esse suspeito não para... --disse ele sendo interrompido pelo garoto tentando se soltar-- ... não para de se debater!

–Droga! --disse o policial com a pistola apontada pro povo

E então Júlio consegue entender o que o povo está falando, parece que todos estão indo contra os policiais, estão botando pressão neles, se exibindo com o peito aberto para os policiais dizendo ''Vamos, atire!'' e há algumas pessoas filmando também. Alguém até jogou um prato contra que o atinge no ombro fazendo o prato quebrar. No susto, o policial joga spray de pimenta na direção que lhe jogaram o prato, inutilmente. O policial com a pistola está nervoso, sendo pressionado pelos consumidores e vendedores ao redor. Há alguém gritando ''Não bate nele!'' mencionando o garoto sendo imobilizado, e há 5 pessoas que se aproximam numa distância de 1,5m dos policiais e eles estão gritando com os policiais

–Você não pode fazer isso, ele não fez nada! --disse um homem

–Vocês não podem se intrometer em assuntos da polícia! Vocês não sabem se ele não fez nada! --disse o policial com a pistola

–Não tem justiça mais nesse país, né? Vocês tão prendendo um cidadão inocente! --disse uma mulher

As pessoas estão ficando cada vez mais ousadas. Alguns gritam ''Solta!'' e um homem disse ''Ele é um trabalhador!'' O policial e seus parceiros estão encurralados. Até que o policial com a pistola usa o spray pimenta para afastar alguns deles, o povo fica mais ousado ainda. Até que alguém tenta pegar a arma do policial e ele atira contra o homem, as pessoas se afastam imediatamente e Júlio vê que o homem que ele atirou correu e caiu há 10 metros do local. Os policiais aproveitam disso e dão um sossega leão no garoto que faz ele desmaiar e levam ele para o carro deles. Alguns gritam ''Assassinos!'' e vão atrás dos policiais, Júlio não sabe o que fazer, ele não sabe se o garoto realmente fazia algo de errado, ou não, mas ele não quer se meter em assuntos da polícia como estas pessoas estavam. O homem continua caído no chão, mas consciente, há algumas pessoas tentando socorre-lo. O motor do carro da polícia é ligado e imediatamente, os policiais saem do local. Há algumas pessoas ainda gritando contra os policiais, Júlio apenas se vira e volta à procurar algum informante criminal.

Ele fica andando pela rua dos camelôs até que ele vê um homem baixo com cabelo curto, parcialmente gordo, uma pele com pequenos buracos nas bochechas devido às espinhas que o homem teve, e um bigode. Ele está conversando com algum outro sujeito com o boné para trás e um camisa branca meio que num canto escondido das bancadas dos camelôs. Isto chama a atenção de Júlio e ele tenta se aproximar dos dois, ele pega uma revista de uma bancada de camelô, sem que o vendedor perceba e começa à fingir que está lendo a revista enquanto se aproxima dos dois homens

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–E quantos quilos você trouxe? --perguntou o homem com o bigode

–Eu trouxe 300 quilos, tá tudo no meu carro. --disse o rapaz com o boné virado para trás.

Júlio escuta isso com os olhos fixos na revista, mas ele está atento à conversa destes dois suspeitos.

–Beleza, apois mande o que você trouxe pra Beto, que lá eu vou pegar com ele. --disse o homem com o bigode

–Beleza, quanto é que você vai me dar? --perguntou o rapaz

–Aceita mil?

–Aceito, mano.

Apois tá combinado. Diga ao Thiago que eu mando um abraço pra ele. --disse o homem com bigode.

Thiago, este nome é familiar a Júlio, ele tem certeza que já ouviu este nome em algum lugar, até que ele se lembra de um dos líderes do tráfico mais famosos do Rio, Thiago Balzer, ele apenas não tem certeza se este ''Thiago'' que o homem bigodudo falou, é realmente o Thiago Balzer.

–Hehehe... beleza mano, valeu. --disse o rapaz

O homem com bigode pega um bolo de dinheiro presos com uma liga de borracha, tudo nota de 50 reais, ele entrega o bolo ao rapaz com o boné virado para trás

Brigado. --disse o rapaz

Brigado eu. --disse o homem bigodudo se virando para trás e indo embora, assim como o rapaz com o boné virado para trás.

Júlio levanta sua cabeça novamente e volta à bancada do camelô que ele pegou a revista e coloca no mesmo local onde ele pegou. Ninguém viu nada.

18:45, Rio de Janeiro, em alguma rua de camelôs.

Júlio esteve esperando nos arredores desta rua, vigiando o homem bigodudo, ele almoçou próximo à ele, ele foi até o mesmo banheiro que ele. Ele apenas não podia perder vista do suspeito, e teria que interroga-lo quando tudo estiver calmo. E lá está o homem bigodudo, ele está fechando sua bancada e pegando algumas coisas, o azarado foi o ultimo à ficar aqui. Agora Júlio vê que só há ele e o suspeito aqui.

Júlio decide finalmente se aproximar do homem bigodudo e confronta-lo, ele está andando silenciosamente ainda com sua jaqueta preta, calça jeans azul-escura e boné cinza cobrindo o seu rosto. Ele vai aumentando as passadas silenciosamente, ele saca a sua pistola M1911 e aponta para a cabeça do homem, ele ainda não percebeu que ele está aí.

–É uma bela noite, não acha? --disse Júlio

O homem bigodudo se assusta e se vira para trás

–Oh! --ele fica com as duas mãos para trás, elas estão segurando o balcão de sua bancada-- SOCORRO!

–Socorro? Já pensou que isto iria me ajudar? Eu sei que você vende drogas. --disse Júlio

–Você é policial?! --disse o homem bigodudo

E com um sorriso sarcástico, Júlio responde:

–Não.

–Você é de alguma gangue então?! --disse o homem bigodudo

–Não.

–E O QUE VOCÊ É?!

–Eu sou apenas o justiceiro que o Brasil queria. --disse Júlio

–Justiceiro?!

–É porra, justiceiro, agora me diga o seu nome!

–M-Meu nome?

–É danado, você é surdo?

O homem bigodudo fica em silêncio por alguns segundos

–Stalin. --disse o homem bigodudo

–Stalin? Hahaha... --Júlio riu pois se lembrou do personagem histórico Josef Stalin, no que os pais desse sujeito estavam pensando quando colocaram o nome dele assim? Ou talvez seja mentira

–Do que está rindo? --disse Stalin

–Porque ou é mentira, ou seus pais gostam do Stalin. --disse Júlio

–Quem é Stalin? --disse Stalin

–Ora, parece que você não aprendeu nada de História, não é mesmo? Mas também não vou dar uma de professor e dizer quem é Stalin. Eu estou aqui para saber onde estão as suas drogas e quem lhe fornece. --disse Júlio

–Está debaixo do banco do meu Fusca! --disse Stalin

–Onde está o seu Fusca? --perguntou Júlio

–Logo atrás de você.

Júlio virou levemente o rosto, mas ainda estava olhando para Stalin e com a pistola apontada para ele, até que ele vira os olhos e enxerga o Fusca e volta seus olhares para Stalin

–Vá pegar. --disse Júlio

–C-certo. --disse Stalin saindo da posição que estava e indo pegar as drogas

–DEVAGAR! --disse Júlio

Stalin levanta as duas mãos e para de andar, até que ele retoma as passadas alguns segundos depois.

Ele se aproxima de seu Fusca e pega a chave com as mãos tremendo, ele pega a chave no bolso de sua calça e coloca na fechadura do Fusca para abri-la. Ele abre a porta e entra no carro de quatro, ele se abaixa para pegar o pacote embaixo do banco do motorista, ele pega um saco e joga no chão fora do carro, pega outro e joga. Ele jogou 6 sacos para fora do carro, um de cada vez. Stalin tenta sair do carro mas é interrompido por Júlio

–Fique aí!

Stalin ficou lá de quatro, parado em cima do banco do carro.

Júlio checa os sacos e vê se são drogas mesmo. São sacos com pedras de craque, agora ele tem que saber o que fazer com estes sacos, Júlio passa alguns segundos pensando e com uma mão ele saca seu iPhone e disca para a polícia. Ele coloca a mão esquerda com o celular no seu ouvido esquerdo e a outra mão segura a pistola apontada para Stalin

–Alô, Polícia? Eu tenho uma denuncia à fazer. Venham buscar um meliante aqui na rua... --Júlio para olhando para as placas ao redor e vê a placa intitulada ''Rua Uruguaiana''-- Na Rua Uruguaiana! --e imediatamente Júlio desliga a chamada

Júlio coloca as duas mãos na pistola e diz:

–Stalin, onde fica o quartel desse seu fornecedor? O nome dele é Thiago Balzer, não é? --disse Júlio

–Sim ele é da Rocinha! --disse Stalin

Então Júlio está indo no caminho certo, ele pensa que ele está à um passo do Brasil conhecê-lo, mas ele não quer a fama, não ela em específico, mas para que ele seja um símbolo de inspiração e de protesto.

–Saia do carro, Stalin. --disse Júlio

Stalin sai do carro de costas para Júlio com as mãos para cima

Júlio se aproxima de Stalin e dá-lhe uma coronhada com a pistola na cabeça que faz Stalin desmaiar, imediatamente Júlio corre mas para e pensa que talvez eles não o prenderão, talvez eles pensem que Stalin foi incriminado, mas aí Júlio diz para si mesmo ''Foda-se, já peguei o que queria.''

Ele agora sabe onde atacar