A Lira da Verdade
Capítulo 20 - Neal
N
E
A
L
Sim, Neal não havia ajudado muito quando tinham sido atacados. Ele não sabia por que, mas não tinha conseguido se mover. Somente quando Noah havia se irritado e gritado com ele. Por um segundo, o loiro havia visto a si mesmo em cima de uma arvore firmando um arco e flecha dourado e mirando em um inimigo. Ele via o moreno com um punhal e Karina com um braço enfaixado e segurando uma adaga. Mas então a visão havia embaçado e ele havia se visto novamente no Central Park.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Agora sentia que estava caindo, caindo bastante. Junto com areia. E tão caíram de cara na grama, ou pelo menos ele. Era um lugar quente, e estava de noite. Ele olhou para os lados, tentando ver se reconhecia de algum lugar o local que tinham ido parar. Olhou para Karina, que havia caído de costas na grama e depois para o outro garoto que havia caído de costas para cima. O garoto se sentou, agarrando o tornozelo machucado e praguejando em uma língua desconhecida para Neal e Karina, mas que também era antiga. Quando ele se cansou de xingar naquela língua passou para o grego antigo.
– Malditas Fúrias, Erre es korakas! – Ele gritou, com muita raiva. – áthlios!
Neal conseguiu entender o que ele tinha dito. “Vão para os corvos!” e “Miseráveis!” – E isso o deixou surpreso. Qualquer um ficaria ao notar que consegue entender uma língua que nunca tinha tentado falar.
– Você está bem? – Perguntou Karina, preocupada.
– Claro que sim, só estou tentando fazer meu tornozelo parar de sangrar. – Grunhiu ele, sem a fitar. Karina franziu a testa, irritada por ele ter falado daquele jeito com ela. A menina cruzou os braços e então olhou ao redor, ignorando o moreno, que suspirou.
– Ah... Hm... Quer ajuda? – Perguntou Neal.
– Sim. – Ele estava mais calmo agora. – Deixe-me ver sua mochila.
Neal colocou ao alcance dele e o fitou enquanto ele procurava por algo. Ele achou uma garrafa pequena e bebeu dois goles pequenos dela, a guardando em seguida. Neal não sabia o que era, como Karina, eles tinham recebido as mochilas de seus companheiros de chalés e não tiveram tempo de ver o que havia neles.
O pássaro de bronze piou e voou até o moreno, pousando em seus cabelos.
– Esse pássaro é seu? – O loiro perguntou.
– Quem são vocês? – Ele respondeu com outra pergunta.
– Pare de ignorar nossas perguntas! – Grunhiu Karina. – Já estou irritada com isso, responda de uma vez!
– Meu nome é Neal. Ela é Karina. – Disse o loiro, ignorando Karina, e então apontou para o moreno. – E você?
– Noah. – Ele disse.
Neal sorriu para o moreno, que se levantava e testava sua perna. Seu tornozelo fraquejou uma vez, mas logo sustentou seu peso novamente.
– O que você bebeu? – Perguntou Karina, surpresa. Sua raiva sumiu. – Parou de sangrar...
– Néctar, bebida dos deuses. – Ele explicou, dando de ombros.
O moreno voltou seu olhar para Karina, e a fitou. Ela ainda estava irritada e com os braços cruzados. Ele não conseguia simplesmente ignora-la. Neal sorriu de realce, mas também algo o incomodava: Noah falava com eles como se ambos se conhecessem a um bom tempo. E ele não parecia ser o tipo de pessoa que faz amizades com rapidez.
– Sim, esse pássaro é meu. O nome dele é Z. – Respondeu o garoto, com um suspiro. Karina o fitou, e depois olhou para o pardal de bronze com um sorriso.
– Ele é fofo. – Ela sorriu mais ainda. Z voou da cabeça do moreno até os cabelos de Karina, e a menina se viu encantada com o pássaro.
Neal olhou ao redor novamente. – Onde estamos?
– New Jersey. – Respondeu Noah.
– New Jersey?! Sabe a distancia daqui para Manhattan?! Sem chance que estamos em New Jersey! – O loiro surtou, olhando ao redor com mais atenção. Noah não conseguiu evitar um riso pequeno.
– Isso, caro semideus, se chama portal. – Explicou Noah.
– Hm... Legal isso. Posso dar uma passadinha em casa então pra pegar umas roupas? – Karina perguntou, rebelde como sempre.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não. Um portal só pode ser aberto no amanhecer, anoitecer ou ao meio-dia. E depois de usado só poderá ser reaberto em 12 horas. Então estamos presos aqui até o amanhecer. – Disse o moreno.
– Que cidade de New Jersey? – Neal perguntou novamente.
Noah franziu a testa como se tentasse se lembrar. E então respondeu: - Trenton.
Já era de noite. Karina havia simplesmente entrado no chalé nove e voltado com o pardal e então ela havia simplesmente o soltado. Ela fez tanto ela quando Neal correrem metade da cidade o que o loiro não aprovou. E agora todos os três estavam suados e fedendo. Precisavam de um bom banho. Neal percebeu que Noah não conseguiu falar uma palavra a mais. O peso da luta, junto com o fato de abrir um portal foi cansativo de mais para ele.
Noah desmaiou ali mesmo.
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