Rapunzel Prostituta
Capítulo 26 - FINAL
Chegamos no tribunal e após cumprimentar meu advogado, tratei de sentar sem dar muita corda para as encaradas de Rumple. O juiz esperou uns minutos, mas logo começou.
– Boa tarde a todos. Gostaria de pedir silêncio no tribunal para que encerremos esse caso com tranquilidade. O júri e os advogados podem se sentar, por favor. Os supostos pais que se apresentem. - iniciou o promotou, passando a palavra para o juiz.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Estamos nessa tarde para tratar da custódia de Baelfire Cassidy, filho da falecida Milah Cassidy e até que se prove o contrário, de Rumpelstilskin. O pai, até então, foi detido por ter sido pego agredindo a criança, além de outros acontecimentos que não fazem parte do caso, mas serão analisados em outra ocasião. Killian Jones, o outro suposto pai, não tem ficha na polícia. Quero que me tragam os exames de DNA, pois já possuo o da criança. - o promotor entregou os exames ao juiz, que os analisou e começou a fazer os interrogatórios, dando início por Rumple.
– Rumpelstilskin, você poderia me dizer como você e a Milah se conheceram? - perguntou o advogado dele.
– Pelo pai dela. Ele estava me devendo muito dinheiro e ofereceu a mão de sua filha em troca do pagamento de suas dívidas.
– E vocês se casaram depressa?
– Não. Milah tinha 13 anos na época. Nós começamos a conversar e eu me apaixonei por ela.
– Protesto Meritíssimo! - gritou meu advogado. O juiz liberou a palavra. - Você tinha 30 anos de diferença, isso não lhes prejudicou, não?
– Ela gostava de mim também, eu tinha plena certeza disso. Então quando ela fez 14 anos, nós marcamos o casamento e mais tarde, acabamos transando.
– ECA! - gritei, realmente com nojo. Eu não conseguia imaginar o sofrimento que Milah enfrentou com esse homem, muito menos o que meu filho enfrentou com ele, mas eu tinha certeza que isso ia acabar, nem que fosse a última coisa que eu fizesse.
– Silêncio! - clamou o juiz. - Prossiga, por favor.
– Você sabia sobre Killian?
– Certo dia eu surpreendi os dois, juntos.
– Uma pergunta rápida: Você acha que é o pai?
– Eu sou o pai! - gritou Rumple e eu gargalhei sozinho, tentando me recompor depois.
Levantei de meu lugar e segui para a cadeira ao lado do juiz com meu advogado atrás de mim.
– Killian, preciso que você prometa uma coisa antes do questionamento. - disse meu advogado.
– Tudo bem.
– Repita comigo: Eu, Killian Jones, prometo dizer perante ao juiz e à todos os presentes nesse tribunal a verdade e somente a verdade. Nada além da verdade. - repeti tudo que ele disse.
– Ok, vamos começar. Killian, como você e a Milah se conheceram?
– Bem, ela trabalhava num bar e eu ia lá quase toda noite e sempre a via. Até que um dia começamos a nos falar e nos encontrar quase sempre.
– Vocês tinham quantos anos quando se conheceram?
– Quando nos conhecemos eu tinha 16 e ela 14, mas no período em que ela engravidou eu estava com 17 e ela com 15.
– E você já trabalhava no navio, certo? Era o seu navio ou era alugado?
– Sim, eu trabalhava no navio e estava juntando dinheiro para comprar meu segundo, mas o que tinha na época também era meu.
– Você tinha alguma noção sobre o relacionamento dela com Rumpelstilskin?
– Sim e eu pedia a ela para que terminasse com ele. Ela dizia que não podia e apesar de tudo, também o amava, mesmo que de forma diferente. Eu não sabia muito bem o que isso significava, mas eu não queria abandoná-la.
– Como você tem tanta certeza de que o filho é seu?
– Milah vivia dizendo que queria ter um filho e Rumple não poderia lhe dar. Esse era o maior motivo para ela se afastar dele, ele ser estéril.
– ISSO É MENTIRA! - gritou Rumple.
– Silêncio!
– Para finalizar: Você acha que é o pai?
– Eu tenho total certeza. - falei, convicto.
– O senhor pode voltar para o seu lugar. - o juiz pegou uma papelada e a ajeitou diante de seus olhos. - Com tais interrogatórios, o júri irá ler e revisar o caso. Peço que aguardem até a segunda chamada lá fora. Obrigado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Respirei fundo e sai junto com meu advogado e os que me acompanharam.
– Eu quero ver Emma, será que dá tempo? - perguntei a Regina, que tinha ido comigo.
– Eu não faço ideia meu amigo. Isso pode demorar a tarde toda e pode ser cinco minutos, realmente não sei.
– Eu vou perguntar ao Dan como ela está. Ir vê-la agora só pioraria as coisas.
– Também acho. - Regina apertou meus ombros. - Estou morrendo de fome, vou almoçar rapidinho, quer alguma coisa?
– Daqui a pouco eu vou lá. Pode ir na frente.
– Tudo bem. - assim que Regina virou as costas, disquei para Dan, que atendeu no primeiro toque.
*
– E aí Dan, como ela está?
– Ela entrou na cirurgia faz uns minutos e eles estão me atualizando toda hora, até agora está tudo bem. Como foi no julgamento?
– Eu falei tudo que sei, toda a história que Milah contou e Rumple mentiu, claro. Eles estão analisando o caso e não sei quanto tempo irá demorar aqui, mas resolvi ligar para polpar tempo em vez de ir ai.
– Entendo, quando terminar ai parte para cá, ok?
– Tranquilo, quando terminar a cirurgia dela, você me avisa?
– Com certeza. Queria muito estar ai maninho e sei que nossa Emma também. Aguenta firme. Um abraço forte meu garoto.
Me despedi de Dan e desliguei o celular a fim de encontrar Regina para tentar almoçar.
*
Regina e eu voltamos para o tribunal logo depois, todos sentaram em seus devidos lugares e o juiz prosseguiu com o caso.
– Bem, de acordo com o júri e minhas autoridades perante a lei, eu declaro Rumpelstilskin culpado por negligência e carcere privado nos cuidados que teria com Baelfire Cassidy Jones, filho legítimo de Killian Jones e Milah Cassidy, de acordo com os exames de DNA feitos.
– Isso é mentira! - gritou Rumple, se debatendo, visto que havia dois policiais o segurando e tentando levá-lo.
– Silêncio! - o juiz bateu o martelo. - Rumple cumprirá 25 anos de regime fechado, sem direito a visita e nem diminuição de pena, mesmo com bom comportamento. Podem levá-lo. - disse o juiz e os policiais o levaram porta a fora. Eu levantei e abracei Regina tão forte, que ela chegou a ficar sem ar.
– Killian, meus parabéns. Você é, oficialmente pai de Baelfire. - disse ele, sorrindo. - Preciso que você assine uns papéis para que eu possa encerrar o caso. - ele virou uns papéis e eu os li rapidamente, assinando-os em seguida.
– Pronto, posso ir agora? - perguntei, com um sorriso que não consegui tirar do rosto.
– Pode sim. Tenham uma boa tarde. - ele bateu o martelo algumas vezes. - Caso encerrado.
A única coisa que eu precisava fazer agora era abraçar meu filho e beijar minha namorada.
*
Cheguei no hospital e a cirurgia de Emma já tinha terminado. Dan havia dito que os resultados tinham sido excelentes e que ela tinha até 'recuperado' a memória, o que era bom.
– Emma, você tem visitas. - disse a enfermeira, me anunciando.
Eu havia trago flores vermelhas e Bae, que estava comigo, tinha trago um chocolate.
– Oi meu amor. - falei, dando um beijo em sua testa. - Como você está? - botei as flores no vaso e Bae entregou o chocolate a ela, meio tímido. - Quero te apresentar oficialmente meu filho, Baelfire.
– Oi Bae, ouvi falar de você. - ela brincou com o cabelo dele. - Qualquer coisa que queira falar comigo, pode falar, tá bom? - Em respirou fundo. - Eu sei que não sou e nem serei sua mãe, mas pretendo ser sua madrasta e sempre vou cuidar de ti, ok?
– Ok. - disse ele, sorrindo e abraçando-a. - Você tá melhor? - perguntou meu filho.
– To bem sim, meus amores. To quase 100% já. - Em riu e olhou para Bae. - Mas me diz, esse chocolate vai ficar na sua mão ou vai para nossas bocas?
– Vou perguntar para a enfermeira se pode, calma ai. - falei, mas não adiantou muito, já que Bae e Em já tinham enfiado mais da metade na boca, peguei um pedaço e fiz o mesmo. - Sinto que vocês dois irão se dar muito bem.
– Eu vou lá com a tia Regina tá pai? - disse Bae e eu gelei por uns segundos. Bae me chamou de pai, acho que era a primeira vez que ele havia dito isso e a sensação que eu tive foi tão boa, que não consigo nem explicar.
– Pode ir filho. - ele saiu correndo e aproveitei que estava só com Em, deixando umas lágrimas caírem.
– Ele é tão lindo que me lembra você, sabia? - disse Em.
– Você não conheceu a mãe dele. Se tivesse visto Milah, tenho certeza que não falaria isso. - sorri. - Mas, mudando o assunto, eu queria saber... - cocei minha garganta e abaixei o suficiente para que Emma me visse, sem se locomover muito. - Eu queria saber se você aceita se casar comigo e me fazer o homem mais feliz do mundo? - perguntei, olhando-a deslumbrada com o anel dourado. - Você aceita?
– É claro que sim meu amor. - eu coloquei o anel em seu dedo e beijei sua mão, sendo puxado para um beijo, logo depois. - Eu sou a mulher mais feliz desse mundo, pode ter certeza.
– Eu te amo. - falei, beijando seu rosto.
– Eu também. Você não imagina o quanto. - disse ela, alisando meu rosto.
*
Três anos mais tarde...
– Amor, acho que nossa menina quer nascer hoje! - gritou Em da cozinha. Corri para alcançá-la e gritei para Bae pegar as chaves do carro.
– Aqui pai. - disse ele. - Quer que eu faça algo? - perguntou ele.
– Quero. - eu disse. - Eu te ensinei a dirigir para você ser útil em momentos assim, traz o carro para porta de casa rápido que eu to levando sua mãe para lá.
– Tudo bem. - disse ele, correndo com seus quase 15 anos e seus humildes 1,60 de altura.
Bae havia sido "adotado" por Emma, que fez questão de fazer parte da vida dele e cuidar como se fosse sua mãe, então ele havia acostumado a chamá-la de mãe. Agora era a vez de Emma de ter um filho legítimo, que seria nossa caçulinha.
Meu filho buzinou depois de uns minutos e me ajudou a colocar Em no carro, entrando logo em seguida na porta de trás com ela.
Chegamos no hospital e nossos amigos já estavam vindo, o médico estava esperando na porta e fez questão de levar Emma na mesma hora para a sala de cirurgia.
Longos minutos depois, eu e meus amigos ouvimos um choro bem alto e eu tive certeza que era minha menina. Como o parto não havia sido previsto para o dia de hoje, os médicos não permitiram que eu visse a operação, mas assim que a limpassem, eu poderia segurá-la.
– Senhor Jones, por favor. - disse uma enfermeira e eu a segui.
– Oi meu amorzinho, bem vinda. - ouvi minha mulher falando com um pingo de gente rosa e meus olhos encheram de água. - Amor, vem ver nossa menina.
Eu dei um beijo em Emma e peguei Hannah, nossa pequenina, nos braços. Ela fez que ia chorar, mas abriu um sorrisinho manhoso.
– Oi princesa manhosa. - dei um beijinho em seu nariz. - Bem vinda ao mundo. Nós vamos cuidar de você, tá bem? - ela bocejou e ameaçou chorar, então entreguei-a para sua mãe.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!A partir de hoje, começaria um novo período, não sabe-se ainda se de alegria ou de tristeza, mas com toda certeza, de aprendizado. Eu e Emma mudamos muito, desde que nos conhecemos. Ela, era uma prostituta de rico e eu, um pirata galante. Cruzados pelo destino e por Dan, nossas vidas viraram de ponta a cabeça e não é exagero. Sei que posso ter parecido infantil por ter certos conhecimentos, mas apesar de tudo, consegui conquistar essa mulher maravilhosa que é Emma Swan Jones e nesse momento, eu não vejo mais minha vida sem ela e sem a nossa família, que ainda é pequena, porque por mim, eu teria mais milhões de filhos ao lado dela e os amaria de modo igual assim como eu amo os meus dois amores, Bae e a pequena Han. Uma etapa se finaliza, mas outra está começando. E aí, preparados?
FIM
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