Melody Pond sempre fora uma jovem autêntica, acima de tudo.

Se você perguntasse à mulher que cuidava do orfanato em que ela vivia, Irmã Tracy, ela só suspiraria, passando as mãos pelos olhos, e diria que Melody era um caso complicado. Se perguntasse aos professores, eles provavelmente ficariam um pouco vermelhos, raiva passeando em seus olhos, e repetiriam o que a freira disse.

Aos seus colegas de classe, alguns rolariam os olhos, dizendo o quão doida a garota era. Á Amy e Rory, os melhores amigos dela, seria o mesmo, com um tom um pouco mais carinhoso. Grande parte deles, no entanto, suspiraria, um olhar sonhador nos olhos.

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Apesar da personalidade problemática e estilo rebelde, ninguém podia negar que Melody era uma garota bonita, com sua pele escura e os olhos brilhantes. Não era surpresa, assim, que muitos garotos e garotas tivessem “quedas” por ela.

E Melody? Melody simplesmente não se importava. Amy não podia contar quantas vezes havia relevado à amiga que esse garoto ou aquele gostava dela, e ela demitira com um gesto indiferente de mão. Ás vezes, se estivesse entediada, iria beijar alguns depois da escola, em salas vazias. Uma ou duas vezes havia iludido eles antes de quebrar seus corações, mas sempre se sentia um tanto desconfortável depois de deixar os pobres garotos às lágrimas, então não fez muito disso.

Nunca, no entanto, se apaixonou por qualquer um deles, ou sentiu algo remotamente parecido. Ela tinha um objetivo muito maior que paixonites adolescentes e amor no geral. Ela nunca ia sentí-lo, e se sentia confortável com isso: Sua missão era matar o Doutor, e o que fazia enquanto não completava sua tarefa era de pouca importância.

Quando viu o tão falado Doutor pela primeira vez, no entanto, olhos sorridentes e gravata borboleta, algo dentro de si se mexeu, e ela teve a vaga memória de um homem engraçado que tentou ajudá-la em sua primeira regeneração, quando ela ainda não havia aprendido a gostar de seu destino. Ela afastou a memória, mas o sentimento permaneceu. Estar ao lado dele só parecia certo, como nada havia soado assim antes.

Saindo da Tardis para encarar Hitler, Melody Pond suspirou. Se ela fosse amar alguém, certamente seria ele.

Pena que ela teria de matá-lo.