O amor era um jogo perverso.

River sabia disso. Perverso em como podia ser curto, acabando antes mesmo que tivesse a chance de começar, como em seus diversos pequenos casos. Ele era doloroso, e estar longe do alvo dele conseguia ser excruciante. E tão, tão complexo, tão difícil de entender em toda a sua simplicidade. O amor em si era simples, na verdade. As pessoas que eram complicadas. E ninguém era mais complicado que o Doutor.

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Ele era tão difícil de entender! Ás vezes River queria bater nele por isso, outras queria beijá-lo. Havia tantos nuances em sua personalidade, mundos inteiros contidos em pequenas expressões. Era um tanto frustrante tentar decifrá-lo, mas não era como se isso fosse fazê-la desistir.

Isso não era a coisa mais difícil em amar o Doutor, no entanto. Oh, nem de longe. A parte mais difícil vinha com a mania que o destino tinha em interferir nesse amor. Tinha sido assim desde o começo, com todas as pequenas ironias e desencontros espalhados por seu relacionamento. Como o fato dela ter sido criada para matá-lo (e fazer isso uma ou duas vezes, tecnicamente). Ou de nunca conseguir encontrá-lo num ponto em que suas linhas de tempo coincidem e, assim, sempre acabar mantendo segredos ou sendo alheia a eles.

Acima de tudo, como ela sabia que chegaria um dia em que ele não a conheceria mais, e sabia que este dia estava próximo.