Mentora Russa

Os três trabalhos de Lena


– Prontinho. Agora vamos testar seus reflexos. – Simmons falou depois de tirar mais um pouco do sangue de Lena. – Eu vou mandar esse frasco aqui pro laboratório pra fazer os exames depois. – Simmons falou colocando o sangue da seringa num vidro de ensaio.

– Você tirou tanto sangue de mim que estou começando a me perguntar o que acontece quando você sai no sol. Se você brilha, ou queima. – Lena comentou massageando o braço. Simmons lhe fez uma careta e lhe jogou um lápis que Lena aparou sem problemas.

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– Ótimo. Agora, toque seu polegar com seus dedos. – ela mandou.

– O que é isso? É teste de reflexo pra Avatar de Pandora? – Lena ironizou fazendo como Simmons havia pedido.

– OK. – Simmons falou anotando qualquer coisa numa prancheta. Lena ficou brincando com o lápis, e de repente, Simmons lhe acertou com a prancheta, mas Lena se defendeu segurando.

– Tá louca, menina? – ela perguntou assustada.

– Um... reflexos defensivos, OK. – Simmons anotou. Lena a olhou como se ela fosse louca, mas Simmons mantinha uma expressão calma.

– Se eu não tivesse me defendido? – Lena perguntou.

– Bom, teria que fazer mais um curativo. – Simmons deu de ombros. Lena concordou.

– Vocês são uma equipe um tanto estranha. – Lena comentou.

– Equipe? – Jemma riu. – Desde quando?

– Vocês parecem uma equipe. – Lena retrucou. Simmons deu ar de riso. – A quanto tempo conhece Ben?

– Não muito. Ele é mais amigo do Fitz do que meu. Ele nos ajuda com os computadores quando precisamos de alguém a mais no trabalho.

– Ele nunca me falou de vocês. – Lena comentou meio ressentida.

– Ele não fala muita coisa sobre a vida dele. – Simmons deu de ombros como se estivesse acostumada. – Muito bem. Vamos ver, já aumentou um pouco seus reflexos. – Simmons concluiu olhando em sua prancheta. – Vamos ver suas habilidades.

– Exemplo? – Lena pediu.

– Hum... força, velocidade e agilidade. – Simmons leu.

– Deixa que eu cuido dessa parte. – Ward falou da porta da sala assustando Simmons que estava de costas pra ele.

– Já falei pra você parar de fazer isso! – ela esbravejou.

– Desculpe. – ele ergueu as mãos. – Vem, Carter. Deixa eu te mostrar meu cantinho, aqui. – ele falou. Lena deu um pequeno sorriso e se levantou o seguindo. Simmons simplesmente revirou os olhos e pegou um tablet e levou sua prancheta. Ele as guiou pelos corredores do grande avião até chegarem numa enorme sala. Ela tinha duas pistas, e uma zona de combate.

– Show. – Lena comentou olhando ao redor. Se aproximou de uma mesa num canto que tinha vários tipos de armas de todos os tamanhos. Ela pegou uma P.24. Lembrava-lhe um pouco a Natasha. – Vocês também treinam tiros aqui?

– O quê você acha, gênio? – Ward retrucou.

– Não vejo os alvos. – Lena respondeu tranquilamente.

– É que aqui, as coisas são mais maneiras. – ele respondeu. Lena arqueou as sobrancelhas. Ele foi até um computador e digitou algo. Logo, numa das pistas, apareceram duas holografias laranja em formato humano. Ward pegou uma Beretta de cima da mesa, e atirou em uma das holografias que se desfez em cubos laranja que desapareceram. Lena arregalou os olhos. Era assustador atirar em algo que se meche e ele simplesmente se desmontar. – O time do outro tá acabando. Ele já vai desaparecer. – Ward a apressou. Ela o olhou surpresa e ele lhe fez sinal de faça as honras. Lena ergueu a arma e atirou na holografia que se desmontou e desapareceu.

– É só isso? – ela perguntou olhando pra Simmons. – Esse foi meu teste de habilidade? Que coisa mais pobrinha pra uma agência como a SHIELD. – Lena desafiou.

– Mas, esse não foi um teste. – Ward sorriu desafiador. – Vamos ver quem atira melhor?

– Não acabamos de fazer isso?

– Não mesmo. – Ward negou. – Vamos.

Coulson e Fitz entraram na sala.

– Ah! Bem na hora. Fitz, vem cá. – ele chamou. Fitz caminhou até eles. – Vai lá pra pista. Você e a Simmons. – ele pediu. Os Leo e Simmons se entreolharam, mas foram até onde ele mandou.

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Lena sentiu o corpo arrepiar ao vê-los no lugar dos alvos. Sabia que Ward era um traidor. Ele estaria planejando algo contra os colegas?

– Vai desistir agora? – Ward perguntou ao ver que a expressão dela mudara. Ela simplesmente o olhou com um pequeno sorriso de canto de boca (o que lembrava em muito a Natasha).

– Você vai? – ela retrucou em tom baixo e desafiador.

Ward não respondeu, apenas foi até o computador. Digitou algumas coisas. Lena preparou sua arma. Ward logo voltou.

– É o seguinte; Fitz e Simmons estão na frente dos alvos. Você tem que acertar o alvo sem acertar neles, OK? – ele explicou.

– Tá. Faz você primeiro. Mostra como se faz. – ela desafiou. Ward se posicionou e preparou a arma mirando em Simmons, que fechou os olhos com força.

Ward ficou em silêncio respirando com calma. E atirou.

Simmons se assustou ao ouvir o som do alvo se desfazendo atrás dela. Deu um passo pro lado e olhou pra trás. Não havia nada. Se checou. Não havia nenhum ferimento. Suspirou aliviada.

– Sua vez. – Ward falou. Lena arrumou a arma mirando. Lembrou-se de seu treinamento com Natasha. Ela aprendera como acerta o alvo. Mas, não fora ensinado a ela como acertar um alvo atrás de alguém. Mas, tentou se manter calma.

– Quantas vezes você fez isso? – Fitz perguntou.

– Nenhuma. Mas fica tranquilo, “errar é humano”. – ela falou. Fitz se arrepiou e começou a tremer. – Fique quieto. Assim eu não vou conseguir mirar! – Lena esbravejou. Ele tentou se conter ao máximo, e fechou os olhos com força.

Lena aguçou sua visão, e manteve a arma na reta do nariz, do jeito que Natasha explicara. Quando avistou a holografia laranja, atirou.

Olhou pra trás, e viu Coulson e Simmons boquiabertos. Será que ela havia feito alguma besteira? Olhou pra Fitz que ainda estava de olhos fechados. Ela o avaliou e viu que estava intacto. Ouviu o som da holografia se desfazendo, que era igual a de cubos de borracha caindo.

– Fitz. Abra os olhos. Está vivo por enquanto. – Lena falou. Ele abriu os olhos e se checou. Ficou aliviado ao constatar que ainda estava inteiro.

Lena deu um sorriso. Foi como quando manuseou o arco pela primeira vez. Simmons e Coulson aplaudiram (mais de alívio do que admiração.).

Ela olhou pra Ward que de braços cruzados, tinha uma expressão fria, que lembrava em muito Natasha no primeiro mês de treino.

– OK. O que vem agora? – ela suspirou colocando a arma na mesa.

– Corrida de alvos. – ele falou convicto.

– “Corrida de alvos”? Que nome ridículo. – Lena zombou. Ward pareceu irritado.

– Vamos ver se você ainda vai achar ridículo depois que fizer isso vendada. – Ward espreitou os olhos.

– Eu e minha boca grande. – Lena revirou os olhos indo até Simmons. – Você anotou o primeiro teste?

– Tá brincando? Eu gravei. – ela mostrou um tablet. Lena deu um pequeno sorriso.

– Manda pra mim depois. – Lena pediu.

– Se saiu bem, agente Carter. – Coulson elogiou. Lena agradeceu num rápido aceno.

– Então, como funciona essa bodega? – Lena voltou-se pra Ward.

– Bom, é muito simples, você tem que acertar um determinado número de alvos, sem parar de correr. A simulação termina quando você ultrapassa aquela linha vermelha. – ele explicou apontando pro outro lado da grande sala.

– E vou ter que fazer isso vendada? – Lena concluiu.

– NÓS, faremos isso vendados. – ele mostrou duas vendas.

– Ao menos é justo... por enquanto. – Lena comentou. Grant deu um pequeno sorriso.