Mentora Russa

Russos


Lena abriu os olhos lentamente. Estava escuro e abafado. Sentiu a cabeça doer e a ferida em sua testa latejar. Tentou tocar seu rosto, mas percebeu que estava algemada. Mas não conseguia ver suas mãos. Aliás, não conseguia ver nada. Percebeu que tinha um saco em sua cabeça. Por isso estava tão abafado. Ela estava sentada em uma cadeira.

Ouviu passos se aproximarem em sua direção. Sentiu o saco ser retirado de sua cabeça. O lugar não era muito iluminado. Mas era frio e úmido. As paredes eram de concreto, tinha uma mesa a sua frente e pousada nela tinha uma arma. A 50 centímetros acima da mesa tinha uma luminária pendurada. A luz era branca. A sala lembrava em muito uma sala de interrogatório. Lena olhou pro lado. Tinha um agente de pé, com o saco que estava nela. Ele tinha a mão sempre pousada na arma, e uma expressão fria. Mais a frente, tinha uma porta de metal reforçado. Parecia pesada. Provavelmente, dois agentes a guardavam no lado de fora. A porta foi aberta e um homem entrou. Ele aparentava ter entre 48 a 50 anos. Tinha cabelos castanhos, pele clara, olhos escuros, e ar sério. Usava um terno, o que lhe lembrava Coulson. Ele tinha uma pasta na mão.

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Ah! Agente Carter. É uma honra finalmente conhece-la. Ouvi muito falar de você. Posso te chamar de Helena? – ele falou (em russo é claro) em tom amigável enquanto se sentava á mesa de frente pra ela. Lena o olhou com uma expressão intrigada. – Bem, você deve estar se perguntando do porquê de termos trazido você pra cá. Bem, estamos interessados em você e suas... “habilidades”. Tomamos conhecimento sobre você e seu histórico. Soubemos que você tem um dom muito especial. Isso pode nos ser útil. Eles podem se fazer necessários a qualquer momento. Sabe, estávamos de olho em você muito antes da SHIELD meter o nariz melequento em nossos assuntos. E eu fiquei com muita raiva. Bem, eu tenho aqui uma ficha, que fala sobre você e sua ótima capacidade de aprendizado. – ele falou abrindo a pasta que trouxera. – Hum... aqui diz que você se mostra mais forte e habilidosa que outras adolescentes. Nunca quebrou um osso na vida, capacidade de recuperação rápida. QI alto, sabe lidar com qualquer pessoa, além do dom de defini-las. Aprende muito rápido, fluente em cinco línguas : Indu, russo, alemão, espanhol e francês. – ele leu. – Me parece uma menina muito especial. – ele sorriu. Lena continuou o encarando. Sabia que ele tinha um coração sombrio, e um forte desejo de vingança, mas não era contra ela. E pela primeira vez, ela se sentiu usada. Sentiu a ferida latejar e fechou os olhos com dor. – Ah! Não, o que é isso? Chamem a agente Darlles e o Corse. – ele ordenou ao agente que estava ao lado de Lena.

O agente assentiu e se retirou. Era a deixa que Lena precisava. Olhou pras suas mãos. Viu em seu pulso, o bracelete que ganhara de natal. Lembrou do que sua irmã dissera.

“É um bracelete comunicador e rastreador.” Lena apertou as duas últimas pedras de esmeralda em seu bracelete e uma luz fraca piscou. A porta se abriu e o agente entrou seguido de Margarete e o cara que havia apagado Lena.

Ah! Então conseguiram pegar a pestinha! – Margarete falou sorrindo. – Como está a perna?

– Como está o ombro? – Lena retrucou.

Ah! Que bom que resolveu falar. Estava doido pra ouvir sua voz. – o homem falou. – Corse, o que foi que eu disse pra você? Pode matar quem quisesse, mas que não ferisse a garota! O que me diz do rombo no rosto dela?

– Desculpe senhor. – o cara que trouxe Lena falou. Ele deve ser o Corse. – Mas ela não facilitou as coisas pra nós. Ela deixou o Rands tetraplégico.

– Se ela não o tivesse feito, eu faria. Ele é um idiota. – o chefe retrucou. – Vou diminuir seu soldo do mês por isso! Darlles, leve ela pra cela. E mande o carcereiro cuidar desse rombo na cara dela.

– Sim senhor. – Margarete falou se aproximando de Lena. Ela a fez levantar e a puxou pra fora da sala.

– Meus amigos vão vir atrás de mim! Eles vão me encontrar! – Lena praguejou.

Eu conto com isso, minha cara. – o chefe sorriu.

...

Natasha caminhou pelos corredores furiosa. Entrou na sala do Fury, e lá estava ele, Coulson e uma moça de cabelos loiros, que Natasha paralisou por um segundo pensando que era Lena, mas ao vê-la melhor, soube que não era.

– Onde ela está? – Natasha perguntou pra Fury.

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– Não sabemos ainda. Mas, a senhorita Carter, pode nos ajudar. – Fury respondeu indicando a moça que lhe estendeu a mão.

– Sou Frankie. – ela falou.

– Romanoff. – Natasha cumprimentou apertando-lhe a mão. – Você é a irmã da Lena ,né?

– Sou. – Frankie deu um pequeno sorriso.

– Ela falou muito de você.

– De você também. – Frankie retrucou.

– Sério? Ela fala de mim? – Natasha se surpreendeu, dando um pequeno sorriso. – Pode mesmo nos ajudar a encontra-la?

– Posso.

– Coulson, leve a agen... senhorita Carter até o agente Keys. Ele vai saber como lidar com o rastreador no computador. – Fury ordenou.

– Sim senhor. Por aqui por favor. – Coulson a guiou pra fora da sala. Passando por Natasha.

– Ela é a cara da agente Carter, né? – Fury comentou.

– O quê aconteceu? – Natasha perguntou. – Era pra terem agentes rondando a cidade! Era pra ter agentes cuidando do perímetro. Como foi que um grupo de soviéticos conseguiu achar uma brecha nas patrulhas da SHIELD? – ela andava de um lado pro outro.

– Eu não sei! Estamos tentando encontra-la. A única testemunha viva é o Barton. E nem ele sabe pra onde levaram Helena. Os agentes que foram deixados pra trás estão mortos. Assim como o irmão mais novo de Helena.

– Mataram o Daniel? – Natasha perguntou franzindo o cenho. Fury concordou com um leve aceno. – Nossa. Ela vai se sentir horrível.

– Tanto quanto o Barton está se sentindo. Segundo os relatos de Coulson, seu amigo chegou a chorar. – Fury contou. Natasha ficou espantada.

– De quê rastreador estava falando? – ela perguntou.

– Foi uma coisa boba. Mas, muito útil. Foi um presente de natal do cunhado. Um bracelete comunicador e rastreador. É a única forma que temos de acha-la. – Fury respondeu. Natasha concordou com um olhar distante. – Sei que se sente culpada. Mas, nós vamos encontra-la.

– Fury, se alguma coisa acontecer a ela, eu juro que...

– Nada vai acontecer a ela. Eu tenho tudo sobre controle. – Fury a interrompeu. Natasha cerrou os dentes, e saiu da sala. Se escorou na parede do corredor. Estava preocupada. Sabia muito bem do que a KGB era capaz. E também sabia que grande parte disso era culpa dela. Agora sua menina estava em perigo, e ninguém sabia onde ela estava.

...

– Achei! – Ben exclamou. Coulson e Frankie correram até ele. – Ela está na base secreta em Yakutsk, no penhasco do Lena River.

– Na Rússia. – Frankie falou baixo. –Por que ter uma base secreta em Lena River? É um dos lugares mais famosos, e um ponto turístico.

– a base está dentro da colina do penhasco. No subterrâneo. Eles gostam de ficar perto da água. Se houver uma invasão, eles evacuam o lugar, e inundam tudo. – Natasha falou os assustando. Ninguém a percebera ali.

– Como sabe? – Frankie perguntou. Coulson a olhou esperando sua reação. Natasha apenas deu um sorriso.

– Eu era uma deles. – ela falou.