Turvos olhos na tela,

sou loucura que sussurra

Ele me vê mas só me enxerga,

sua sou e não o sabes

A distância entre cabos de pensamento

nos une nos segundos da sinapse

Queria ter nascido outro

pra viver em teus olhos

Queria ter morrido arriscando

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do que morrer assim

Suspiro súplicas que escondo

e teus olhos de retrato me respondem

Almas são almas e nada mais

dizem os deuses em suas loucas sabedorias

E jogam minha vida

como um xadrez mal calculado

As letras escorrem em meu coração

assim como o sangue por minha boca

Tolo amor, tolo amor

Porque amas sem razão?

Em olhos divinos encontro sossego,

em passos seguros encontro ardor

Mas não me basta a esperança

se minha busca é a loucura

Quero em seu corpo um dia ser insana

quero em um louco deleitar-me a alma

Esse é a justiça dos jurados:

Cair por terra, trair o rosto

Meu corpo se mutila,

enquanto percebo-me cruel

E deito meus ossos na terra

gritando pra que me calem

Afogada na confusão das certezas

espero a luz daqueles olhos

Espero o gosto doce,

a vida pura que me faz sorrir

Somos andarilhos do mundo

você sou eu, é quem me liberta

Sendo só corpo preciso de asas,

mas sendo Ícaro não hei de voar

Desculpo e culpo o mundo,

a essa sensação em mim

Toques macios em meu rosto,

é só o vento entre a vida e fôlego

É sonho um sonho doce e estranho

é só vontade de ter você