7 de abril de 2012

Era um dia normal como qualquer outro. Acordei com o celular alarmando, porém, não sabia onde o meu pequeno aparelho se encontrava,procurei por todo o lugar e quando o encontrei, ele estava debaixo da cama entre meus montes de papeis. Já eram 6h30 da manhã, os raios solares penetravam o vidro da janela e alisavam meus olhos inchados.
Quando minha barriga roncou, voei para fora do quarto e corri direto para a cozinha, mas antes de chegar lá fui interrompida por pequenos soluços que vinham do quarto de Tia July.
Entrei no quarto imediatamente, Tia July chorava na cama feito uma criança. Quando me viu, enxugou os olhos inchados e engoliu o choro.

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– O Que aconteceu com minha linda Tia July ? – Perguntei espremendo os olhos.

Minha Tia não conseguiu responder, lágrimas escorreram dos seus olhos como uma corrida de um carro sem freio. Ao seu lado havia um jornal, e lá havia uma foto de um pequeno barco. “Estranho” pensei, folheei o jornal e li uma reportagem do dia anterior. Uma reportagem que fez meu mundo cair, e meu coração se estilhaçar em pedaços como vidro.


"NAUFRÁGIO MATA 8 PESSOAS NO MAR MEDITERRÂNEO"

Nesta quinta feira, morre 5 pessoas em um naufrágio no extenso mar que separa a Europa da África . Os sobreviventes estão sendo levados pela embarcação Antoinette à capital da França,Paris.
Entre os mortos estão os biólogos Oliver Raymonde Schaedler e Becky Wright Schaedler que estudavam a biodiversidade do local.

Não consegui me conter, agora era minha vez de desabar. Tia July me olhava aturdida. Ela se levantou rapidamente e tentou me segurar.
– Mariel ! – ela murmurou espantada.
Ignorei seu chamado e corri até o meu quarto. Tranquei a porta e me afoguei em minhas próprias lagrimas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.