Capítulo 11 - Back to Black

Isabelle olhou vacilante para o telefone em suas mãos. Não, ela tinha que ser mais forte do que aquilo, muito mais. Seus dedos a traíram clicando no botãozinho verde perto do telefone de Simon.

Ela fungou exaurida e colocou o telefone na orelha – Alô? Simon? – Disse em um sussurro cansado enquanto ainda tocava. A chamada logo caiu na caixa postal como das últimas treze vezes – Amor? Por que você não me atende? – Completou apertando os lábios para não chorar.

Simon simplesmente sumira do mapa, assim, sem motivo, sem avisar a ninguém. Izzy saiu do quarto de hóspedes da casa de Magnus, ela saira a noite para tentar um feitiço de rastreamento. Nem isso funcionara, mas Magnus a deixara ficar ali. Já fazia mais de uma semana que Simon não atendia a ninguém. Ele supostamente saira para um passeio casual e não voltara nunca mais.

Magnus olhou para Izzy com uma pergunta nos olhos assim que ela entrou na cozinha com os cabelos bagunçados e cheia de olheiras. Ela balançou a cabeça suavemente e o Bane assentiu, já imaginava.

– Quer um café? Café sempre faz bem – Ele tentou anima-la. Isabelle sorriu tristemente e deu de ombros.

– Quero sim – Suspirou – Vou ter que tomar um banho, pentear os cabelos, tentar disfarçar as olheiras com maquiagem e voltar para o instituto fingindo que nada aconteceu – Magnus encheu uma caneca de café e passou para ela.

– Quer que eu tente de novo? – Ele se compadeceu da situação. Izzy negou com a cabeça tomando todo o café com um gole só. Ela mordeu o lábio e foi em direção ao banheiro deixando o celular na cozinha.

***

Isabelle tomou um banho quente e demorado. Deixou a água levar as suas preocupações, mas nem isso funcionou. Ela lavou os cabelos negros esvoaçantes mesmo sem saber se Magnus tinha um secador.

– Izzy? – O feiticeiro a chamou assim que a garota esguia entrou na cozinha secando os cabelos com uma toalha de rosto. Ela havia tentado desamassar as suas roupas e encher o seu rosto de maquiagem para um “aspecto razoável” – Simon ligou.

Os olhos da garota quase saltaram das órbitas e ela fez menção de arrancar o telefone das mãos de Magnus mesmo sabendo que ele já havia desligado – O que ele disse? – Izzy perguntou ansiosa esquecendo-se de seus cabelos molhados.

– Pra você esperar aqui – Magnus começou – Ele pediu onde você estava e disse que quer matar a saudade – Um sorriso malicioso foi plantado nos lábios do Bane.

Isabelle abriu um sorriso e abraçou Magnus – Você vai precisar do quarto de hóspedes nas próximas horas? Na próxima noite – O feiticeiro riu do comentário adivinhando os planos na menina.

– Ele é todo seu – Respondeu com uma piscadela.