Depois de alguns beijos trocados e mais bebida ingerida, estamos eu e Dimitri de conchinha no sofá vendo um filme romântico qualquer. Estamos tão bêbados, mas tão bêbados, que desconfio que vou esquecer tudo que estamos fazendo e ainda vou acordar numa ressaca. Dimitri está com o nariz enterrado nas minhas madeixas negras, alternando por cheiradas e selinhos na minha nuca.

— Sabe... Ainda vou ser que nem essas mulheres dos filmes... Felizes, com uma alma gêmea e família.— Digo devaneando, falando meu pensamento em voz alta.

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— Acho que se você se esforçar, consegue o que quiser— Diz Dimitri subindo pra cima de mim e se apoiando nos cotovelos. De repente o clima fica quente e o sofá parece ser muito pequeno só para nós dois.

— Você acha?— Pergunto e ele afunda o rosto na curva do meu pescoço. Sua respiração causa um arrepio em mim. Ele volta e seus cabelos fazem uma cortina ao redor dos nossos rostos, que estão muito próximos por sinal.

— Acho. Tente e verás.— Diz ele sorrindo. Concordo com a cabeça e enlaço meus braços ao redor do seu pescoço. Puxo ele para mais próximo de mim e iniciamos um beijo calmo e caloroso.

— Têm razão camarada, acho que eu consigo mesmo.— Ele ri melódicamente e voltamos a nos beijar. O beijo vai aprofundando aos poucos e as coisas vão ficando mais intensas. Sua mão esquerda começa a passear por minha coxa enquanto ele se apoia na outra para não cair. Deixo uma das minhas mãos afagando seus cabelos castanhos sedosos enquanto a outra passa as unhas por cima da camisa dele. Dimitri começa a distribuir beijos no meu pescoço e vai indo em direção ao vale dos meus seios, mas ele não consegue pois a blusa o atrapalha. Ele puxa a blusa e logo a peça está em algum canto da sala. Ele volta a se concentrar no que estava fazendo, só que desta vez se depara com o sutiã. Dimtri dá um grunhido frustrado. Solto um riso baixo enquanto ele elimina a outra peça do meu corpo...

—------x--------

Roza , você precisa acordar, precisa ver como o bebê está crescendo, o nosso bebê, nosso Roza.— Diz Dimitri com a voz embargada. Eu sei que nosso bebê está crescendo, eu sinto ele se movimentar já, mas eu simplesmente não consigo tocar.

Olho para a cama hospitalar mais uma vez, vendo Dimitri segurar minha mão sem vida, com lágrimas silenciosas descendo pelo seu rosto.

Todos os dias são assim, quando eu simplesmente apago do meu "estado de espírito", acho que vou voltar para o meu corpo, mas tudo o que acontece são flashes da minha vida, e aí, eu volto, e vejo cenas como essa, as quais sempre me quebram o coração, porquê, até o velhote do meu pai já veio chorar aqui. As vezes eu penso, que esses apagões é daquele filmezinho da vida que dizem que a gente vê antes de morrer, era pra ele passar de uma vez só, mas o meu filmezinho veio só pra me torturar, já que só vem em partes.

Sento novamente no chão do meu quarto e fecho os olhos, tentando acelerar o processo dos flashes, talvez assim eu morra logo...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.