Pra ser sincero

Querido Jason,

Esta carta só irá ter verdades, hum, verdades não, confissões.

Confesso que quando o conheci melhor, pensava que seriamos apenas bons amigos.

Nada mais que educação, e se caso viéssemos a ter algo, não haveria nada além de desejo. Um beijo sem paixão.

Na realidade não esperava que mentisse sempre fora um bom garoto. Daqueles que sequer sabem enganar a si mesmo. Um anjo, um boa alma. Aquele que não sabia o que era mentir. Mas você me enganou. Disse-me que eu poderia ser alguém na vida, quando eu só passo de um assassino. Encare Jason, eu sou um merda.

Seus olhos azuis confiavam em mim, suas palavras me diziam para seguir em frente. Eu segui. Fui atrás de meus sonhos. E puf, do nada você se vai, estragando sonhos, felicidades e minha vida.

Quem sabe um dia, eu volte a sonhar. E nesse sonho pode crer você estará lá. Caso nos encontremos uma explicação iremos achar. Talvez eu diga “Meu amigo, para ser sincero, prazer em vê-lo e até mais” Você pode sim considerar isso como um adeus, como também pode considerar como um eu preciso de você.

Temos os mesmos defeitos, querido, sabemos tudo sobre nós mesmos. Somos suspeitos de um crime perfeito, e o mais irônico é que em um crime perfeito não há suspeitos.

“Me perdoe

Por ter perdido a calma

Por ter vendido a alma

Ao diabo”

Seu querido,

Nico di Ângelo