O Som de Um Romance
13. Oceano
Eu acho que ela quer que eu enlouqueça.
Caminhei chutando as pedrinhas do caminho até chegar a um banco. Sentei observando os raios solares da manhã surgirem. Havia caminhado durante toda a noite sem conseguir dormir, sem sono, sem rumo.
Thalia tinha razão, nenhuma outra valeria a pena para substituir Annabeth. Ela podia não ser perfeita e ser cheia de neuras, mas ao menos ela sempre esteve lá quando precisei. Ela era perfeita pra mim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Eu acreditei nisso durante tanto tempo que a deixei fugir entre meus dedos. Acreditei por tanto tempo que ela sempre estaria ali que me esqueci de cada “bom dia” que a faria sorrir. No fundo, acho que mereço tudo isso. Mereço ser deixado e abandonado. Mereço ser esquecido.
Mas eu não quero.
Eram nessas horas que ela apareceria para me abraçar e dizer que tudo ficaria bem, mesmo que ela mesma tivesse dúvidas, nunca me deixava descrer. Nós sempre acharíamos um jeito, juntos.
E onde ela está agora que preciso dela? Onde ela está agora que tenho que achar um jeito? Ela é a minha doença, mas também é minha cura. E eu a odeio por isso.
Como eu queria nunca tê-la conhecido. Nunca ter dito o maldito “ei” na clareira. Nunca. Jamais.
Mas, ao mesmo tempo, queria tê-la conhecido antes, aproveitado mais, amado mais, sido o cara que ela merece que eu nunca fui. Mas ela conhecia as consequências, conhecia o meu jeito, veio por livre e espontânea vontade, aceitou viver dessa forma.
É, realmente acho que estou enlouquecendo. Mas, é isso que o amor é, não? Uma lucidez enlouquecida?
Afinal, acho que estou é com problemas de memória mesmo, em me esquecer de como o amor é a simples e pura dor.
Preciso falar com ela, tentar de novo. Mais uma vez. Uma última vez.
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