Nossa Química

Marcando as ferias.


Eles soltaram as mãos e Lucy veio animadamente para perto de nós. Seus olhos brilhavam mas que o normal.

– Mas... Como... Quando? – Foi oque eu conseguir dizer.

– Luciany que historia é essa de chegar arrebentando os olhares da escola? – Pâmela perguntou.

Ela riu e chamou-nos para sentar no refeitório. E prosseguiu a historia.

– Já faz um tempinho.

– Como assim, faz um tempinho? – Falei, franzindo as sobrancelhas. – Você com certeza, já iria ter me contado.

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– Calma May, deixa a Lucy falar. – A Pâmela falou.

– Quando eu fiquei com raiva por causa da May estar me deixando de lado, eu fiquei sozinha pela escola, e ele veio falar comigo. Eu já tinha cansado de correr atrás dele e perceber que em vez de dar bola pra mim ele dava atenção para a Nayara. Mas, eu acho que ele percebeu que eu não estava correndo mais atrás dele e veio falar comigo.

– E vocês conversaram sobre oque? – Perguntei.

– Ele falou que percebeu que eu estava meio distante, desanimada e perguntou se eu estava com algum problema. Eu apenas falei que estava meio brigada com você. Ele riu e falou que era no sentido de eu estar distante dele, e perguntou se ele tinha feito algo de errado. Então eu falei que só não queria ficar perto dele, por que sempre que eu chegava perto dele a Nayara surgia e eu odeio completamente ela.

Ela suspirou e falou que agora vinha à parte boa.

– Então ele me provocou perguntando se eu estava com ciúmes. Eu não resisti aquele sorriso provocador dele e falei que estava. Mais meio que saiu sem querer. Ele deu um sorriso enorme na hora em que eu falei isso. Então ele garantiu que não tinha nada com a Nayara e as vezes achava ela muito oferecida. Então a partir desse momento ele começou a me reparar mais, me chamou para sair e rolou o primeiro beijo.

Eu e a Pâmela olhamos para ela animadamente pedindo para que ela continuasse.

– Mas depois disso ele não me pediu em namoro oficialmente, então a gente estava só ficando. Até ai eu voltei a ser amiga da May, mas não queria falar para vocês que nós estávamos só ficando, achei que não era o momento, eu preferia falar para vocês quando nós estivéssemos mesmo namorando.

– Então vocês estão namorando? – A Pâmela perguntou com um largo sorriso.

– Bom, nós estávamos ficando escondido por causa do meu pai, eu estava insegura de que ele não aprovasse. Mais ai nós achamos que não estávamos fazendo o certo, então o Gui foi até em casa para falar com o meu pai. Eu achei que o coitadinho iria sair machucado de lá, e eu iria junto, mas eu me surpreendi com a reação do meu pai. Ele ficou super contente e aprovou.

Eu e a Pâmela vibramos com a noticia.

– Mas eu acho que eu sei o porque do meu pai ter aprovado. O Gui foi super educado, cagando de medo, mas foi. Ele ficou falando um monte de coisa clichê, tipo ’’ Eu vim pedir a mão da sua filha em namoro’’, quase se ajoelhando para o meu pai. Eu achei super cafona, mas coitado ele é fofo. Eu fiquei com uma imensa vontade de rir na hora.

– Quem diria em Lucy. – A Pâmela falou. – Agora só falta a May.

Elas me olharam com um olhar malicioso. E depois para trás, olhei na direção em que elas estavam olhando e vi o abusado. Revirei os olhos. Ele viu que nós estávamos o olhando e se aproximou.

– Oi meninas. – Ele falou se referindo para a Lucy e a Pâmela me ignorando completamente. Depois de um tempo falando algumas coisas significamente estupidas, fingiu me ver.

– Oi pra você também Divindade do Mato.

– Oque você quis dizer com isso? – Perguntei franzindo as sobrancelhas.

– É que de uns dias pra cá, eu ando estudando significado dos nomes e esse é o significado do seu.

A Pâmela e a Lucy riram e eu as olhei completamente seria fingindo estar brava. E elas conteram o riso.

– Serio? E o seu significa oque? – Perguntei.

– Defensor da espécie humana, corajoso. – Ele falou gabante.

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Revirei os olhos enquanto as meninas pediam para que ele falasse o significado delas. Serio mesmo que elas iriam ligar pro que esse idiota fala? Mesmo assim não deixei de prestar atenção na conversa, por que eu queria saber se era só o meu nome que tinha um significado estranho. Pâmela significava todo mel da flor e Luciany significava nascida da luz do amanhecer. Era oque me faltava.

O sinal tocou e subimos para a sala, com as duas ainda comentando sobre a idiotice de significado dos nomes.

**

Ao terminar as aulas eu, Lucy, Gui, Pâmela, Lucas e até o abusado fomos para casa a pé, já que a maioria morava por perto. A Lucy e o Gui foram se beijando o tempo todo sem o mínimo de vergonha na cara. A Pâmela e o Lucas, que tinham um pouco de vergonha na cara, não ficaram se beijando, mas ficou o tempo todo falando coisas melosas e insuportáveis. Enquanto isso eu e o abusado ficamos segurando vela, e ficávamos nos entreolhando o tempo todo. Até que chegamos à casa da Lucy. O Gui se despediu com mais beijos e antes fez um convite para nós.

– Vocês sabem que as férias de julho já estão chegando e eu sei um lugar para que nós possamos ir, mas é claro se ninguém de vocês tiver algum lugar pra ir nas férias.

Eu nem havia pensando nas férias. Eu não iria a lugar nenhum, e pelo jeito não era apenas eu, todos ali não sabiam para onde iriam. Resolvemos saber aonde era o lugar que o Gui falou.

– Meus pais tem uma casa na praia, e ele pode deixar a gente passar pelo menos um final de semana lá, para as férias não passarem em branco.

– Você é um gênio amorzinho. – A Lucy falou dando um beijo em sua bochecha e com uma voz dengosa.

– Eu também posso ir. – O abusado falou.

– Acho que nossos pais não vão ver problema. – A Pâmela e o Lucas falaram.

Todos me olharam esperando uma resposta.

– Bom eu posso ir, contando que ele. – Eu falei me direcionando para o abusado. – Não me perturbe durante esse final de semana.

Todos riram e marcaram as nossas loucuras para o final de semana.