A Sua Maneira

Paul abriu os olhos e se virou para abraçar Verônica, porém não havia ninguém ao lado da cama. Ele coçou a cabeça, será que fora tudo um sonho? Ou será que usara muita cocaína e tivera alucinações mais vívidas do que as de sempre?

Mordeu o lábio, olhou em volta, não havia nem um resquício de Verônica no quarto. Aliás, que quarto era aquele? Onde diabo ele estava? Coçou a cabeça, levantando, foi até o banheiro do lugar, não havia nada lá, mas o chuveiro parecia ter sido recentemente usado.

Paul levantou uma sobrancelha, voltando par o quarto. Será que tinha sido outra garota ou foi Verônica e ela saíra? Ele coçou a cabeça e passou a mão pelo rosto, foi aí que seus olhos caíram na mesinha perto de uns sofás, tinha um bilhete.

Ele reconheceu a letra imediatamente. Era dela. Pegou o papel com as mãos trêmulas.

“Dessa vez quem precisou ir fui eu, sinto muito.

Te amo para sempre,

Verônica”

Sentindo a impotência e uma dor alucinante se alastrarem pelo seu corpo ele sentou-se no sofá e fez a única coisa que poderia ter feito: chorou.

Verônica havia dormido em seus braços. Mas agora ela se fora assim como um sonho bom em noites de verão.

Ela dormiu no calor dos meus braços

E eu acordei sem saber se era um sonho