Nas teias do amor

Capítulo três - Can't remember to forget you


Gwen e Mary Jane haviam marcado de se encontrar no Grão de Café. Normalmente, elas só iriam lá acompanhadas do seu tradicional grupo, com Peter, Flash e Harry. Entretanto, Harry havia tido mais uma recaída e voltado a usar drogas antes e após a morte do pai. Flash estava servindo no exército, travando a guerra do Vietnã com tantos outros soldados corajosos. E Peter… Peter era o assunto:

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– Você o conhece há tanto tempo quanto eu. – Gwen dizia para a amiga, que apesar de impetuosa, se mostrava uma boa ouvinte. Ainda mais quando o assunto a interessava. Ela conhecia o segredo de Peter Parker, embora ninguém, nem mesmo ele, soubesse. – Então, você já reparou no quão misterioso ele é?

– As pessoas dizem que ele é um covarde. Que sempre que havia perigo, ele sumia. Desde o ensino médio. – MJ comentou, mais duramente do que pretendia. Que Gwen tirasse as próprias conclusões daquilo, ela mesma jamais imaginaria que alguém levaria a fama de covarde por ser excessivamente corajoso. Era uma das ironias da vida.

– E o que você pensa disso? – Gwen era mais astuta do que as pessoas poderiam imaginar, mas não via nada que atestasse o contrário do que falavam a respeito de Peter. Exceto… Não, não podia ser. Era uma ideia inconcebível.

– Acho que você deveria conversar com ele, ou esquecê-lo de vez.

– Quando eu fico muito próxima a ele… Não sei explicar. É como se tudo isso desaparecesse, só vem uma lembrança na minha mente. – Ela desabafou, levemente sonhadora. Estava tão vermelha que poderia soltar tanta fumaça quanto a xícara de café intocado na sua frente.

– E qual é essa lembrança? – Mary Jane tinha um lema, ela não pertencia a ninguém, e ninguém pertencia a ela. Portanto, era praticamente impossível entender o apego que Gwen possuía por apenas um cara, ainda mais um cara tão diferente dela em diversos sentidos.

– Nós dois… - Então parou por um momento, interrompida pelo próprio suspiro, quase que revivendo o momento em sua mente. Ou seria no coração? Era aquele lugar que doía quando ela pensava em Peter Parker. Ela jamais lembraria do conselho de esquecê-lo. – Nos beijando no luar.

– Tá. Nesse caso, eu sentencio que você está oficialmente apaixonada. Ele é uma parte de você agora. E se você estiver disposta para fazer qualquer coisa por Peter Parker, espere o momento certo. Uma hora, ele estará pronto. – Ao acabar o discurso, Mary Jane ficou surpresa consigo mesma. Não sabia que podia ser tão… Sensível, ao lidar com relacionamentos duradouros. Ela entendia Peter Parker muito bem, e parte dela desconfiava do motivo, mas jamais faria isso com Gwen.

– Então, eu vou procurá-lo. – Concluiu, animada, enquanto se levantava para partir, deixando alguns trocados pelo café. – Muito obrigada, Mary Jane. Por tudo.

– Claro, disponha. – Falou, mais para si do que para Gwen, com um tom amargo.

Ela iria até a casa de Peter, e se ele não estivesse pronto para contar o que se passava, ela aguardaria. Podia aguardar eternamente por aquele garoto. Mal sabia ela que enquanto enfrentava bandidos ou se balançava pela cidade como seu alter ego, Peter Parker pensava a mesma coisa: Era impossível tirar um do pensamento do outro.