Super natural
Capítulo 8 - E eu ainda estou no ramo do crime
Estou na via rápida
De Los Angeles até Tóquio
Quando Dean acordou, de manhã, Lavignia não estava lá. Inquieto, levantou-se e perambulou pelos cantos da sede, olhando aqui e ali, até que se deu com Sam, que também se levantava naquele instante.
–- Onde está Lavignia? -- Sam perguntou, transformando a inquietação de Dean em algo mais grave.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!–- Eu ia te perguntar a mesma coisa -- respondeu ele.
Sam fez um gesto interrogativo, sem entender por que ele devia saber da namorada do irmão, porém não disse nada. Puseram-se os dois a procurá-la, sem sucesso.
Enquanto Dean formulava as piores possibilidades, embalado pelas lembranças do pesadelo que tivera há pouco, Sam voltou com uma nota e entregou-lhe:
–- Estava onde devia estar o diário do papai. Também estão faltando alguns livros…
E então, de alguma maneira bizarra, tudo fez sentido para Dean, que leu a nota perplexo, pensando em como ela tinha dado para adivinhar pensamentos. Bateu com o bilhete na mesa.
–- Essa estúpida não sabe com o que está lidando!
Pegou as chaves do carro e saiu, sem se preocupar com Sam.
***
Não posso me preocupar com os inimigos
Preciso seguir minha meta
Sentada na última poltrona, Lavignia estava em um ônibus, de volta a Wyoming. Não se sentia triste, muito pelo contrário, estava determinada a mostrar para Dean que podia se proteger sozinha e que não precisava ser o fardo de sempre… Lembrou-se dos seus balbucios durante aquela noite, ele dizendo que ela precisava ir, que não poderia suportar que ela abandonasse tudo por ele, que não suportava o peso da responsabilidade… Abandonar o que, seu idiota, se eu já não tenho mais nada? Ela tinha agora essa possibilidade de aprender sobre tudo o que ele tinha aprendido e de ser respeitada como uma igual, não como uma donzela em constantes apuros.
Pensando nisso, de repente, sentiu um arrepio cutucar-lhe o braço e olhou para o lado, assustando-se com uma figura desconhecida que havia, literalmente, surgido ali: um senhor de meia idade vestido com um terno negro.
–- Olá, minha querida -- o sotaque britânico acentuado fazia um belo conjunto com a figura. –- Como vai nossos estimados amigos, os irmãos Winchester?
–- Você também é um anjo? -- ela perguntou em voz baixa, se sentindo estúpida por fazê-lo.
Ele sorriu diante da questão, balançando a cabeça, medindo as palavras para responder:
–- Digamos que... sim… Vejo que você está de posse dos documentos do papai Winchester.
Ela colocou a mão no diário de John, em uma tentativa ridícula de protegê-lo.
–- Não se preocupe, darling. O querido diário não me interessa. Na verdade, vim aqui para lhe fazer uma proposta. Eu sei que você quer aprender a ser como seus amiguinhos, saber o que eles sabem. Posso te ajudar nisso…
Ela franziu as sobrancelhas:
–- E em troca, você vai querer…? Porque uma coisa que eu aprendi nesse pouco tempo em que estive com eles, é que tudo tem um preço…
–- Uma boa lição, muito boa… Pois, não peço muito, apenas um pouco do seu sangue, de tempos em tempos.
–- Meu sangue? Em que sentido o senhor diz isso?
–- Literalmente, minha querida, literalmente.
Largue isso e deixe o mundo inteiro sentir
E eu ainda estou no ramo do crime
[...]
Eu sou tão extravagante
Você já sabe
[...]
Você não consegue experimentar este ouro?
Lembre-se do meu nome
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