Super natural

Capítulo 2 - You're just to good to be true


Quando ela abriu os olhos, Dean ainda estava dormindo, a têmpora levemente suada, contrastando com o semblante relaxado. Embriagada por aquela atmosfera, afastou devagar a ponta do cobertor que lhe cobria a cintura, deixando-o completamente desnudo.

Você é bom demais para ser verdade
Não consigo tirar meus olhos de você...

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E o pensamento se lhe escapou dos lábios em forma de suspiro, fazendo com que ela voltasse os olhos de novo para o rosto de Dean, que dormia e dormia como se não houvesse tanta loucura no mundo, muito mais do que podia acreditar e, acima disso, querer fazê-lo. No entanto, ele tinha razão... A loucura do mundo pedia aquele sono, pedia os movimentos desesperados com que ele a penetrou minutos atrás, pedia a saciação daquela ânsia mais antiga que as ideias... E pedia que ela tivesse a atitude mais descabida, deitando sua vida fora, correndo atrás dele até a cidade vizinha em um tiro no escuro que valei-me Deus se não o encontro…

Limpou-lhe o suor da maneira mais delicada que podia, para não cometer o sacrilégio de alterar o timbre da sua respiração.

Você é como tocar o céu
Quero tanto te abraçar

Com o toque, sentiu Dean remexer-se e colar-se mais ainda a ela, embaraçando as pernas nas suas, trazendo-a ainda mais para perto dele. Porém, ainda faltava muito para que aquele vazio na garganta fosse preenchido pela presença dele, demoraria muito para que ele perdesse aquela textura de sonho e se tornasse real, definitivamente real. A saciação era necessária, a saciedade, intangível.

Enfim, o amor verdadeiro chegou
E agradeço a Deus por estar vivo

Foi trazida de volta ao momento pelos olhos dele que a fitavam, cúmplices. Assustou-se, abrindo os seus mais ainda e o semblante do outro sorriu sobre a sua pele, eriçando-a.

Ver você me enfraquece
Não restam palavras para falar

Num intervalo entre um segundo e outro aquele momento foi a eternidade almejada e merecida, em que as ânsias, o amor e o medo eram uma matéria só, leve e colorida como um arco-íris, que fazia sentido se não se perguntasse o que era, se se inventasse histórias que dessem conta da sua beleza, se fosse contemplado como a recompensa dos céus em meio ao caos.


Te amo, querido, e se estiver tudo bem,
preciso de você para aquecer as noites solitárias.
Te amo querido, acredite em mim quando digo.
Oh querido, não me desiluda, eu peço.
Oh querido, agora que te encontrei, fique.
Deixe-me te amar, querido, deixe-me te amar.