Aquela manhã tinha sido uma das piores, o dia amanheceu com o maior temporal, uma tempestade, chovia como se o mundo fosse acabar, o céu parecia estar aguardando uma tragédia.

Hermione acordou naquela madrugada com o choro de sua pequena Rose, já se encontrava cantando uma canção de ninar para a garota de 2 anos.

“Olhe para o céu, você vê? aquela estrela que sorri para você, faça um desejo, ela está ouvindo, pode pedir, talvez o seu sonho, seja real”

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Ela cantarolou para a pequena que logo adormeceu, aquela canção havia sido cantada pela sua mãe e pela sua avó, bisavó tataravó, e assim sucessivamente, se lembrava de quando era pequena e acordava com aflição, sua mãe sempre cantava essa canção e ela voltava a dormir tranquilamente.

Eram 7 horas da manhã e Hermione já estava pronta para chegar a tempo no escritório, estava terminando de comer quando se deparou com o ruivo encostado na soleira da porta meio sonolento

— Bom dia – ela murmurou entre uma mordida e outra

— Bom dia – ele falou bocejando

— poderia alimentar Rose quando ela acordar? – ela perguntou já se levantando e levando a louça a pia

— vai sair nessa chuva? – ele reclamou apontando a janela que estava encharcada

— água não vai me matar – ela riu da preocupação dele

— não é isso, é que as pistas podem estar escorregadias, pode ser perigoso – ele falava com um tom de preocupação

— não se preocupe ruivo, eu vou me cuidar – ela tentou tranquilizá-lo

— não é melhor deixar a chuva passar?

— A previsão do tempo é de chuva o dia todo, não vou perder o trabalho por causa disso – ela falou já saindo da cozinha

— Hermione... você não pode ir depois com a Gina?

— não, sabe que não gosto de chegar atrasada! Eu vou e pronto! – ela agora falava com raiva

— Hermione... Só acho que pode ser perigoso, já pensou se o seu carro derrapar? – ele falou mais para si mesmo do que para ela

— vira essa boca pra lá – ela murmurou assustada

— só estou preocupado – ele murmurou sentindo algumas borboletas invadirem seu estômago

— não precisa se preocupar, eu vou estar bem – ela pegou sua maleta e sorriu para ele

— eu sei que vai estar... – ele lhe deu um sorriso torto, ela deixou um selinho em seus lábios e saiu para a garagem

— eu te amo – ela falou antes de entrar no carro

— eu também te amo! – ele falou e assim viu o carro sair, sentiu aquela chuva perturbar a sua cabeça mas logo se esqueceu ao ouvir o choro de sua pequena Rose.