Estrelas
Segredos
Harry adentrou o lugar encontrando um ruivo olhando pela janela para a bela vista de Londres, estava absorto em pensamentos, Harry pigarreou e Rony o encarou, logo depois se voltou para a janela, Harry andou até o seu lado e observou também a linda Londres.
— o que aconteceu? – Harry soltou como um alívio
— aquele cheiro – Rony murmurou parecendo impressionado com algo
— que cheiro? o da Melody? – Harry franziu as sobrancelhas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— ela tem o cheiro de Hermione – o ruivo suspirou
— Rony, você... – Harry começou já em tom amigável, mas foi interrompido pelo amigo
— Harry, eu sei o que você vai dizer, sei que Hermione não está aqui e todo resto, estou começando a pensar que Hermione não está mais no mundo – Rony falou dando de ombros e suspirando.
— não fale assim! Hermione não foi encontrada, ela não está morta, Rony! – Harry falou assustado.
— me dizem isso há 14 anos, já está na hora de todos aceitarem a verdade, Harry – Rony falou afastando seu olhar para o céu.
— deixe de ser teimoso, Weasley! Hermione está viva! – Harry falou já com um pouco de raiva, Rony o encarou e soltou uma gargalhada.
— está muito parecido com Gina – Rony trouxe um sorriso ao rosto do moreno.
— quando a gente ama uma pessoa, acaba agindo como ela – Harry soltou uma risada.
— me pergunto como seria... Se ela ainda estivesse aqui – o ruivo olhou ao redor
— se Hermione pudesse ver como você está agora, ela diria “levante-se daí, ruivo, quem vive de passado é museu, siga em frente, só ficarei feliz quando você ficar feliz” – Harry assumiu uma postura como a de uma autoridade, Rony soltou uma risada abafada e se sentou em sua poltrona.
— seguir em frente? – Rony fechou os olhos
— Rony... Rose precisa de uma mãe – Harry tentou ao máximo falar devagar para ele não dar um chilique
— Rose precisa de mim, isso sim – Rony abriu os olhos e encarou o amigo com a sobrancelha levantada.
— ah então fique aí, seu velho egoísta! Se não vai morrer feliz, deixe ao menos Rose feliz! Não sei se você sabe, mas ela é menina! E sim, ela vai se apaixonar em algum momento, o que irá dizer? Filha, não encoste em nenhum garoto, só no seu pai – Harry soltou tudo e ao terminar gargalhou alto
— muito bem, Harry, e o que dirá a Lilian? – Rony zombou
— eu nada, mas a mãe dela sim – Harry se sentou numa cadeira ainda rindo.
— está certo – Rony se levantou em um pulo – Rose precisa de uma mãe!
— e o que vai fazer? – Harry passou a mão pelo cabelo
— vou arranjar uma mãe pra Rose – Rony falou como se fosse óbvio
— como? “olá moça você quer ser mãe da minha filha?” – Harry debochou – se eu fosse uma mulher eu aceitaria mais só porque você é bonito – Harry gargalhou novamente.
— eu sei que eu sou lindo! Vai ser fácil! – Rony falou em um tom divertido entre sarcástico
— vá em frente! Aproveite e chame sua prima para sair – Harry balançou a cabeça debochando
— ah claro! Se eu quiser perder a perna pra o marido dela! – Rony zombou e voltou a se sentar
— pensando bem... Não é fácil! – Harry falou, um silêncio se sobrepôs sobre o local, cada um perdido em seus pensamentos.
— ela tem o cheiro de Hermione – Rony quebrou o silêncio sentindo seu café da manhã voltar a garganta.
— quem sabe é você, eu nunca dormi com Hermione – Harry falou dando de ombros.
— engraçado, de onde ela é? – Rony suspirou
— ela é da França – Harry murmurou curioso pelo que se passava na cabeça do ruivo
— é muito estranho ela ter vindo da França, vindo justamente até essa loja, com tantas em Londres, e ter justamente o cheiro de Hermione – Rony desabafou o que pensava
— você acha que o destino a colocou na sua vida? – Harry perguntou receoso
— parei de acreditar em destino, desde que ele não trouxe Hermione de volta – Rony o encarou sério.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— se acha que foi coincidência, vá em frente! Não importa o que acha, deixe o tempo resolver – Harry se levantou.
— quer que eu confie no santo tempo de novo – soou mais como uma pergunta
— quero sim, confie nele – Harry pediu e caminhou até a porta.
— certo... – Rony suspirou um pouco nervoso
— quer almoçar comigo? Aproveitamos e já vamos pegar os minis-seres-humanos no colégio – Harry convidou ao abrir a porta
— claro, Harry – Rony o seguiu e antes de fechar a porta olhou para o porta-retratos em cima da mesa.
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Depois de sair correndo atrás da ruiva, o loiro parou para respirar e ouviu um choro baixinho, o garoto paralisou para tentar definir de onde vinha esse som, os soluços se tornavam mais alto, ele seguiu o som até encontrar uma ruiva encolhida no lugar, ela chorava escondendo o rosto por trás dos joelhos.
— Rose... – ele sussurrou tentando chamar atenção, ela nem se moveu, o loiro andou até a garota e se ajoelhou em sua frente, afastou um fio de cabelo do rosto dela, ela levantou o olhar assustada e furiosa ao mesmo tempo.
— me deixa em paz – ela murmurou ofegando.
— Rose, desculpa – ele se sentou do lado dela
— desculpar o que? Você não fez nada demais – ela se ajeitou no lugar também sentando
— então não foi por mim que você correu – ele afirmou em tom irônico
— bom... Mesmo que fosse não é da sua conta
— Rose você é hilária, estava chorando agora pouco e já está me dando um fora – Scorp fez uma careta e a ruiva riu.
— desculpa – a ruiva murmurou e tampou a boca logo depois de falar.
— só pode ser um milagre! A ruiva rebelde virou a mocinha! – o loiro riu e ela lhe deu um murro no braço
— não enche, Malfoy! – ela fez cara feia
— me diz, Rose... Porque saiu correndo? – ele suspirou
— já disse que não é da sua conta! – ela rebateu com raiva
— ruiva... – ele pediu calmo
— é a Dominique... – ela murmurou levando as mãos ao rosto
— o que tem sua prima?
— ela tem... eu não
— Rose, eu não estou entendendo – ele negou com a cabeça
— ela tem tudo que eu não tenho – os olhos da ruiva marejaram
— Rose, não é verdade! – o loiro franziu a sobrancelhas
— é sim! Ela tem uma mãe! – a ruiva gritou e desabou em choro
— Rose, você tem uma mãe!
— ah claro... E onde ela está? Talvez pode... Ter me abandonado não acha? – ela falava entre soluços
— Rose, para com isso, você sabe que não! – o loiro arregalou os olhos
— para, Scorpius! Eu sei que ela tem tudo! Tem uma mãe... Uma família que a ama... Ela é linda... Ela tem até quem goste dela – ela chorava e era como se as palavras saíssem por conta própria
— Rose! Pelo amor de Deus! Você é mil vezes melhor que ela, você tem uma família que te ama! Você é sim linda! Ao menos eu gosto de você! – o loiro falou tudo em um fôlego só, se assustou ao sentir os braços da garota envolver seu pescoço em um abraço terno.
— Scorp... Obrigada – ela sussurrou e ficou ali por um tempo chorando.
Lily ainda olhava para onde os dois haviam sumido, Alvo bufava pela demora, James acabara de chegar ali e estava tentando entender alguma coisa, de repente todos os olhares caíram sobre a ruiva e o loiro que voltavam de mãos dadas rindo, Alvo lançou um olhar atravessado para as mãos juntas, James olhou a cena ainda mais confuso, Lily cruzou os braços com uma expressão de dúvida, os dois chegaram até eles e os encararam como se nada tivesse acontecido.
— vocês se beijaram? – Lily perguntou na hora
Lily era desse jeito, todos diziam que ela era assim pela educação que Gina lhe deu, Gina era alguém determinada e sincera, não duvidavam nada que a ruivinha fosse igual à mãe.
— não! – os dois responderam em uníssono ficando vermelhos
— certo – Alvo murmurou com ódio no olhar
— o que foi Alvo? – o loiro perguntou
— nada... – Alvo murmurou simplesmente dando de ombros e puxando Rose pra longe do garoto
— o que pensa que está fazendo? – a ruiva reclamou
— te levando pra casa – o moreno pegou a sua bolsa do chão e a entregou, Rose olhou para trás acenou para o loiro e saiu andando ao lado de Alvo, Lily e James foram as suas direções entraram nos carros dos pais e se foram.
— como foi a aula hoje, Rose? – Rony abriu um sorriso para a filha
— como sempre... – a garota respondeu e olhou pela janela, estava confusa, não sua mente, nem seu corpo, mas seu coração.
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