O Terno de Piltover Contra: Jinx

O Terno de Piltover está de Volta!


Três dias depois a escola voltou a ser estável sem o Ekko, não havia mais brincadeiras, pegadinhas, só estudos. Alguns alunos sentiam falta de como a escola era com Ekko, algumas alunas sentiam falta do Ekko, particularmente, era tudo tão chato sem ele. Em compensação, na delegacia, Vi e Jayce não aguentavam mais a presença dele, ele era barulhento de mais, agitado de mais, adolescente de mais.

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— Está confortável, Ekko? – pergunta Vi com os braços cruzados e um leve sorriso para o menino amarrado em uma cadeira com uma mordaça na boca fazendo alguns murmúrios.

— Não precisava ser assim, mas você fala de mais, garoto – disse Jayce com uma xícara de café na mão.

Os policiais escutam o sininho que há encima da porta principal de delegacia e logo de voltam para a porta deixando Ekko sozinho na cela. Vi e Jayce não acreditam no que seus olhos viam, a imagem era familiar, mas eles não esperavam ver aquela cartola tão cedo quanto estavam vendo. Os sentimentos se mixaram, estava felizes por vê-la, mas sentiam que Caitlyn não sentia o mesmo por estar ali.

— É, eu voltei – disse Caitlyn colocando sua cartola no cabideiro seguido de um suspiro demorado.

— Tá tudo bem, xerife? – pergunta Jayce ainda com a xícara de café na mão.

— Bom, eu não sei exatamente se está tudo bem. Eu fui dispensada de cuidar da Jinx – nesse momento Ekko deixou de tentar se soltar para presta atenção no que Caitlyn dizia.

— Isso é bom, ué, agora você pode nos ajudar a cuidar da cidade – retrucou Vi, e Jayce logo disse um abafado “e da delegacia que tá uma bagunça”.

— E é o que eu vou fazer. Porque liberaram a Jinx também – Caitlyn disse encarando os dois policiais com uma cara preocupada.

— O que?! – Vi e Jayce não acreditavam, assim como Ekko que murmurou junto com o coral seguido de um cuspe de café expelido pela boca de Jayce molhando todo o chão e boa parte da bota de Caitlyn que antes de retomar a fala reprovou o ato com o olhar seco para o colega.

— É isso mesmo, ela está sã agora. Ela era a queridinha do hospital esse mês que passou, não deu nenhum trabalho, não criava confusão. Na verdade só fazia confusão quando vocês ainda iam lá, depois que pararam de visitá-la ela começou ficar “normal”. Os médicos disseram que teria sido as doses fortes do remédio, poderia ter a matado, mas ela ainda continuou viva. Então liberaram ela, sem nenhuma observação, e me acusaram de louca por ainda estar segurando Jinx lá sem nenhum propósito. Tive que ceder ou eu estaria no lugar dela – explicou Caitlyn.

— Então estamos em duplo perigo, porque acabamos de prender um amiguinho de Zaum – disse Jayce apontando para Ekko que estava imóvel na cela – achamos que ele trabalha junto com Jinx.

— Que ótimo – sarcatiza Caitlyn.

— Mas se ela está sã ela não faria mal algum, certo? – indaga Vi.

— Certo? Certo!? Você acha certo uma garota que fugiu do hospital primeiramente e fez a cidade virar de cabeça para baixo segundamente estar livre para fazer o que bem entender só porque está “conciente” dos seus atos, sub xerife? – Ao decorrer do discurso Caitlyn segurava o colarinho de Vi a chacoalhando a cada ênfase das frases – onde fica a ficha policial nessa hora? Na gaveta, sub xerife?

— Espera. Porque você ta me chamando de sub xerife? – retruca Vi.

— Eu acabei de te dar uma sucinta bronca e tudo o que você tem a me perguntar é o motivo de eu te chamar de sub xerife? – os olhos de ambas não se largavam um segundo, com um palmo de distância que os rostos estavam a respiração pesada de Caitlyn movimentava algumas mechas de cabelo de Vi que estavam fora do lugar. Estava nitidamente percebível que Caitlyn não estava em seus melhores dias, e apesar da breve bronca que levara Vi não estava com medo, com receio ou com qualquer outra sensação ruim, na verdade, ela sentia falta da Caitlyn pegar no seu pé e odiava tomar conta de tudo aquilo, ser responsável. Vi havia distraído-se com as outras coisas que Caitlyn continuava a falar e repetir e não parava de chacoalhá-la – ei! Vi, você está me ouvindo? Por que você está sorrindo?

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Vi faz Caitlyn soltar suas mãos do colarinho e sem dar alguma deixa para que Caitlyn fizesse outra ação, como apontar o dedo para ela e retomar os xingamentos, ela abraça a xerife.

— Eu senti sua falta – disse Vi com um sorriso estampado no rosto deixando Caitlyn surpresa e sem palavras.

— Awn! Eu também sentia falta desse clima tenso de inimizade amigável – disse Jayce abraçando as duas enquanto Ekko revirava os olhos.

Caitlyn fez com que os dois colegas a soltasse e pigarreou como se estivesse tentando se livrar da cena constrangedora que haviam vivido alí, para disfarçar começou recolher as folhas que estavam espalhadas pela delegacia e se segurando para não começar outra discussão, era preciso cuidar daquela delegacia antes de cuidar do resto da cidade. Tudo tinha voltado ao normal, o Trio de Piltover estava de volta.

~~

— Finalmente! Consegui! – disse Ekko passando a mão em seus pulsos doloridos e levantando-se da cadeira.

— Mas como você...

— Achou mesmo que um pedaço de corda ia me segurar, sua vendida.

— De novo com essa história de vendida?

— Claro, porque é verdade. E digo mais, assim como essa corda não me segurou nem por meia hora, e eu sei disso porque eu contei, eu vou sair dessa cela antes mesmo que vocês digam “cuidado, abaixem!”.

— Por que alguém aqui diria isso?

— Por que você ainda da trela pra ele? – pergunta Jayce.

Vi não soube o que responder, Jayce estava certo e Vi odiava isso, tanto a parte de não saber o que responder tanto a parte do colega estar certo, não restou muita coisa do que sair dali e arrumar outra coisa para fazer.

Enquanto isso Caitlyn ainda estava arrumando as coisas da Delegacia, aquilo estava um caos, documentos arquivados de forma errada, teclado engordurado e cheio de farelos de comida, sorte da xerife que só faltava aquela área para tudo ali ficar limpo.

Ao anoitecer tudo estava em ordem, papeis devidamente arquivados, moveis posto onde deveriam estar, delegacia limpa, e aquele horário era o horário de menor movimento na cidade, sempre foi assim, era a hora mais adorada por Caitlyn, ela sentava no sofá que ficava perto da janela e ficava olhando o lado de fora, e esquecia o tempo.

— Psiu! Xerife – uma voz a acorda do transe.

— O que foi Jayce?

— Er... não é nada de mais, mas eu e Vi vamos comprar nossa janta, a janta do Ekko e a sua.

— E por que você veio falar isso pra mim?

— Sei lá né, hoje você chegou meio pra baixo e agora você ta ai parecendo que ta num clipe meleca de musica, você quer alguma coisa diferente pra comer?

— Não, só traz qualquer coisa que dê pra engolir.

Jayce levanta os ombros no sentido de não saber o que fazer, Caitlyn não para de olhar pro lado de fora da janela, nem mesmo para falar com o colega, tinha certeza que Jinx estava lá, em algum lugar, aprontando alguma coisa, e isso a deixava impaciente. Vi e Jayce saem para comprar tais comidas. E Caitlyn acaba cochilando.

O sininho da porta da frente soa mas logo para como se algo o segurasse para não fazer mais nenhum barulho, Caitlyn se mexe mas não acorda, a pessoa fecha a porta lentamente e vai em direção à cela, o desconhecido usava uma roupa preta e o rosto era coberto com um capacete de moto igualmente preto.

— Não me machuque, a linha do tempo já tava quebrada quando eu achei, eu juro!