O negror havia sumido, e apenas uma fina chuva caia, lavando os corpos estendidos na grama. A névoa havia se dissipado junto com quem a trouxe. O corpo flácido de Aberforth ainda era segurado por Dumbledore, mas nenhuma lagrima fora derramada. Muitas vidas foram salvas nos últimos dias, e não havia espaço para tristeza em seu coração. Severo caminhou até o velho amigo a quem sempre confiou sua vida. Deu leves batidas em seu ombro e ganhou em troca um sorriso maroto.

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— Vamos entrar Alvo, ninguém quer ver sua túnica molhada! – Disse Snape zombando do amigo.

— Não brinque comigo Severo, - Disse Alvo levantando-se, — Todos sabem que seria uma visão privilegiada!

Juntos caminharam até o castelo, onde todos se abraçavam e se cumprimentavam. Havia uma sensação de tranqüilidade e paz no ar. Ao longe Draco sorria. Um sorriso que nunca fora visto em seu rosto. Conversava com Luna sobre coisas banais.

— Malfoy está realmente diferente, não acha Alvo? – Comentou Minerva.

— Só depois de perder tudo é que ficamos livres para fazer qualquer coisa! – Respondeu Dumbledore sorridente, — Muitos aqui como Draco, nunca souberam o que era realmente ter paz. A morte de entes queridos, apesar de ser dolorosa, muitas vezes é libertadora. Todos nós travamos uma batalha Professora Mcgonagall, mas a verdadeira batalha que lutamos foi dentro de nós.

Um minuto depois Dumbledore estava à frente de todos para lhes dizer algumas palavras:

— Hoje, todos nós perdemos algo ou alguém. Vi crianças que conheci no 5º ano, serem forçadas a crescer no calor das batalhas. Vi antigos amigos fiéis a nossa casa lutarem com suas vidas por ela. Vi rostos emaciados de fome, homens bons se tornarem maus, e garotos maus, - Disse olhando para Draco, — Se tornarem bons. Não há mal que se acabe por completo. Mas enquanto tivermos uns aos outros, estaremos sempre prontos, para defender o que amamos! Quero que se sintam orgulhosos, todos vocês! Olhem para as marcas que ganharam, e lembrem-se, nossas cicatrizes têm o poder de nos lembrar que o passado foi real!

— Agora, - Continuou Alvo, — Sem mais delongas, quero que todos vocês se arrumem, porque hoje, será dia de festa! Um banquete será devidamente preparado para essa noite! Teremos musica, dança, e haverá um barman disponível hoje!

— É agora que o mundo se acaba! – Disse Rony entre risos, — Dumbledore enlouqueceu!

— Ele não enlouqueceu! – Disse Sirius, — Isso ele já é! Ele apenas está feliz!

— E quem não está? – Disse Harry abraçando o padrinho e indo em direção ao salão comunal da Grifinória.

Enquanto os alunos se arrumavam, todo o grande salão era devidamente decorado, com as cores de todas as casas! Havia um enorme banquete, com tudo que se possa imaginar, desde as mais suculentas frutas, aos mais saborosos petiscos. Pomona estava animadíssima arrumando uma enorme torre feita de taças. Mais tarde uma cascata de champanhe cairia sobre ela. O professor Flitwick, arrumava os últimos preparativos da musica. Tudo se encontrava em plena harmonia. Ao longe uma capa preta esvoaçante seguia rumo aos corredores. Não passou despercebido nem por um minuto por dois grandes olhos azuis, escondidos atrás dos velhos óculos de meia lua.

— Aonde você vai Severo? – Perguntou Dumbledore.

— Vou para os meus aposentos Alvo.

— Vá, mas somente para tirar essas roupas negras e volte para a festa.

— Mas o que? Ficou louco seu velho?

— Não há motivos para luto severo. A loucura é apenas uma tentativa vã de sanidade meu caro. Não se martirize mais. Hoje é dia de festa.

Um terrível estrondo pôde ser ouvido do lado de fora do castelo, um clarão de repente avisou com antecedência o próximo trovão. Enquanto a tempestade fora de época batia forte nas paredes de Hogwarts, os passos de Severo estavam mais pesados do que o habitual. Sua capa preta esvoaçava atrás dele dando-lhe um mero charme e um ar de elegância, enquanto ele se dirigia para os seus aposentos, para depois seguir rumo ao Salão Principal para o jantar. Seu humor parecia se igualar à tempestade lá fora.

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Era 9 horas, e o grande salão estava cheio. O teto fora enfeitiçado para parecer uma noite estrelada e tranqüila. A entrada estava coberta de luzes enfeitiçadas, que mais pareciam fadinhas, que esvoaçavam por sobre as cabeças de todos que entravam. Um longo tapete vermelho fora estendido para que todos pudessem passar por ele. Hoje todos ali, eram os heróis de guerra. As paredes do salão estavam cobertas de visgo e azevinho. Harry entrou junto com Rony, Hermione, Sirius e Draco. Dumbledore sorriu quando viu todo o salão cheio. Todos se sentaram nas pequenas mesas que haviam ali. Ao certo caberiam certa de 5 ou mais pessoas em casa mesa. As tigelas de ouro estavam cobertas de comida, e todos comiam e conversavam ao mesmo tempo. Na mesa dos professores, Harry percebeu que Dumbledore tomava vinho em uma taça diferente. A taça reluzia a cada gole que o diretor tomava. Ele pareceu também muito mais revigorado após cada gole, como se não tivesse participado de uma guerra há poucas horas atrás. Então se lembrou da taça de Helga Hufflepuff.

— Somente o senhor da morte poderia beber algo nela. Mas como ele a conseguiu? – Pensou. Dumbledore realmente era um homem imprevisível.

Nunca se vira um banquete tão farto e uma comida tão boa. Quando Dumbledore percebeu que todos haviam acabado de comer, ele se levantou e em um aceno de varinha, toda a comida desapareceu. Logo depois ele conjurou um palanque, onde uma famosa banda tocaria ali. Instrumentos musicais logo apareceram também, e no canto esquerdo do palanque, Dumbledore, conjurou um bar, onde todos teriam livre acesso às bebidas. Jorge e Fred jogavam pequenas bombas que se transformavam em uma cascata de fogos ao entrar em contato com o ar. Naquela noite nenhum Elfo trabalhou nas cozinhas, ou para servir alguém. Todos estavam participando da festa também. A musica começou a tocar e alguns casais se formaram para dançar. Dumbledore aproximou-se de Harry, Rony, Hermione e Draco, com os olhos cintilantes.

— Estão apreciando a festa crianças?

— Está muito boa senhor! – Respondeu Hermione sorridente.

— O que pretendem fazer depois de toda essa festa? Digo, o ano letivo acabou, o que vocês farão?

— Estou pensando em trabalhar na “Dedos de mel”! – Disse Rony, meio encabulado.

— Bom, - Disse Hermione, — Talvez eu olhe alguma vaga no ministério, ainda não tenho certeza!

— Sirius e eu, iremos comprar uma casa no campo! – Disse Harry, Ainda não decidi o que realmente quero, na verdade tenho pensado apenas nessa casa!

— Boas decisões! Se querem saber sempre quis trabalhar na Dedos de Mel! – Disse Dumbledore, arrancando facilmente o riso de todos. Mas tenho uma proposta melhor para vocês. Eu gostaria que vocês lecionassem aqui, em Hogwarts. Já conversei com o Sr. Longbottom e a Senhorita Lovegood. Eles aceitaram de bom grado, mas eu entenderei caso vocês...

— Nós aceitamos! – Disse Hermione, extremamente excitada pela proposta.

— Acho que Hermione, falou por todos nós! – Disse Draco ainda rindo da ligeira resposta da amiga.

— Seria uma honra senhor! – Disse Harry, apertando a Mao do diretor.

— Ah! Mas que felicidade! – Disse Alvo, — Minerva não vai se agüentar quando souber! Agora vamos todos aproveitar a festa!

A noite se seguiu com muita musica. A proposta de Dumbledore havia pegado todos de surpresa, e o assunto do resto da noite foi em como lidariam com os novos alunos. Serem vistos agora como professores, era algo novo e inusitado para todos. E não havia forma para expressar tamanha felicidade. Já era tarde quando a festa finalmente havia chegado ao fim. O quarteto seguia feliz e cambaleante rumo aos corredores. Pararam somente quando Harry trombou em algo que no inicio não identificou quem era. Os corredores estavam um pouco escuros e o homem parecia banhado em todo aquele negror.

E lá estavam frente a frente o quarteto de ouro e Snape. Severo Snape.

— Acho que terá que nos agüentar por mais alguns anos professor - Disse Harry

Um sorriso que já não era visto há anos, formou- se nos finos lábios de Severo.

—Talvez afinal, não seja tão ruim assim, Potter.

E virou-se rumo à escuridão daquele corredor, levando junto sua enorme capa preta que se arrastava pelo chão.

—Snape? Disse Harry.

— O que foi Potter? Disse Snape virando-se lentamente

— Boa noite!

Snape poderia chamá-lo como sempre o chamou; desdenhoso e arrogante. Mas como todas as almas se tornam mais afáveis à noite, ele então disse, o que o menino da cicatriz sempre quis ouvir e o tratou finalmente como um colega, um igual.

— Boa noite, Harry.

E os dois sumiram na escuridão do castelo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.