Beauty and the beast
Capítulo 4
No dia seguinte, quando estava prestes a sair de casa, meu pai foi para a frente da porta, bloqueando o caminho e avisou:
– Bela, não quero que vá à aldeia hoje.
– Por que? - perguntei, tentando ultrapassá-lo, sem entender o motivo daquele alerta. Ele sempre me deixava passear pela aldeia, fosse para comprar livros ou para sair com Anna, em quem ele sempre confiou.
– Porque estamos em guerra.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Parei de repente e o encarei, mais confusa ainda. Em um dia, tudo estava bem e no outro, estávamos no meio de uma guerra? Percebendo meu choque, ele tentou explicar:
– Soube hoje de manhã. Um rei que estava visitando nosso país, se apaixonou por uma linda moça que conheceu na aldeia. Ele a pediu em casamento, e quando ela não aceitou, ele ficou irado. Por isso ele foi queixar-se ao nosso rei, que disse que não podia fazer uma jovem se apaixonar e depois se casar com ele. Provavelmente ele não estava muito lúcido quando cortou todas as relações conosco, declarou guerra e disse que iria prender todas as jovens do reino até ele encontrar a tal moça. E por isso, você deve ficar em casa.
Apenas confirmei com a cabeça obedientemente e voltei para o quarto , atordoada com todas aquelas informações. De repente comecei a chorar. De tristeza por saber que aquela jovem era EU, de raiva por saber até que ponto as pessoas chegam para conseguir o que querem e por eu achar tudo isso ridículo e de tristeza de novo, por saber que eu tinha sido o motivo de uma guerra. Como acabar com aquilo? Me entregando e me casando com um homem completamente louco e assim estragando todas as minhas chances de encontrar um amor verdadeiro? Não. Eu não tinha aquela coragem. E foi por sem saber o que fazer para resolver tudo, que eu fiquei em casa por uma semana e não contei nada para meu pai, para não preocupa-lo sem motivo, já que eu sabia que ele não poderia me ajudar.
Porém no final dessa semana, precisei sair de casa, afinal, era o aniversário de uma das irmãs de Anna. Teríamos apenas ido para sua casa e lhe desejado parabéns, mas como Anna me revelou que elas não tinham conseguido comprar um presente, resolvemos sair e procurar um. Eu sabia que como estávamos em guerra, a aldeia estaria bem deserta, mas a irmã de Anna merecia pelo menos algumas flores. Acabamos conseguindo convencer nossos pais e dissemos que voltaríamos antes do anoitecer. Andamos por toda a aldeia, a procura de flores, mas não encontramos nada. Como tudo estava muito silencioso, perguntei à Anna quais eram suas flores favoritas, ao que ela respondeu:
– Margaridas.
– Eu gosto de rosas vermelhas. - Falei sorrindo. Então ela parou de andar e disse, também sorrindo:
– As de minha irmã também.
De repente, tive uma ideia:
– Então vamos a floresta procurá-las.
Anna ficou pálida. Estava mais do que claro que ela tinha medo e que só iria porque queria me agradar e porque amava muito a irmã. Cheguei a perguntar se ela queria desistir e voltar para casa, mas ela me disse para continuar andando.
Assim, fomos caminhando pela bela e assustadora floresta, observando cada detalhe a nossa volta. As árvores, com de verde escuro, davam a floresta um aspecto um pouco sombrio e ao mesmo tempo fascinante. Havia algumas rosas aqui e ali, mas nenhuma era vermelha. Procuramos por um bom tempo, até que finalmente desistimos da busca e Anna se abaixou para pegar uma rosa branca, enquanto eu continuei caminhando, sem vontade de ir embora. algo naquela floresta me atraía, não sabia exatamente o que. De repente, tropecei em alguma coisa e quando me levantei, me vi em frente a um imponente portão, que era a entrada para o jardim de um assustador castelo, mas a curiosidade falou mais alto e resolvi entrar. Então, ouvi a voz de Anna, que devia ter ouvido o barulho do portão se abrindo, me chamando e me mandando sair dali. Eu a ignorei completamente. Estava encantada com a beleza daquele jardim. Observei tudo com atenção, até que meus olhos pararam em uma rosa. Não uma rosa qualquer. Uma rosa vermelha. Aquilo me encheu de alegria e como o lugar devia estar abandonado e não parecia pertencer a ninguém, estiquei a mão. Mas quando estava prestes a pegá-la, uma voz gritou:
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