Minhas pernas tremiam um pouco, sim eu ainda tinha certo medo de Victor por tudo o que ele havia feito, por outro lado também precisava obter respostas e garantir que meu relacionamento com Dimitri continuasse sendo segredo.

Por conta disso respirei fundo ao seguir com Dimitri dois níveis para baixo que era onde ficava uma das centrais de segurança da Corte e depois atravessamos um corredor enorme até chegar à central onde erram mantidos os prisioneiros que aguardariam julgamento.

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E lá estava ele; Victor Dashkov.

– Não acredito no que meus olhos estão vendo, eu devo estar no paraíso. Rosemarie Hathaway veio me visitar. –Disse Victor com um largo sorriso quando entrei em seu campo de visão.

– Ora se nojento de uma figa. –Me descontrolei e comecei a avançar para cima da cela, mas Dimitri me segurou pelo ombro, censurando-me.

– Vejo que ainda não conseguiu domá-la caro Belikov, talvez nem queira isso de verdade. –Provocou Victor olhando para Dimitri rígido atrás de mim.

– Chega de gracinhas Ivashkov, viemos unicamente porque queremos explicações pelo bilhete estúpido que enviou para Rose, então comece a falar ou iremos embora. –Disse Dimitri com a voz carregada de ódio.

– Tão cheio de si Belikov, você acha mesmo que eu não irei contar a todos sobre suas indiscrições românticas. –Disse Victor sorrindo.

– Isso não o livrara da prisão, e se destruir Rose vai levar junto qualquer chance de se reerguer ou ate mesmo chegar perto de qualquer coisa que envolva a Princesa Vasilisa. –Disse ele dando de ombros, sabendo que sua teoria tinha lógica e razão. O sorriso de Victor diminuiu um pouco.

– Numa coisa eu tenho que concordar vocês dois foram feitos um para pertencer ao outro e isso. Unicamente isso será a porta para a destruição de ambos. –Disse Victor novamente voltando a sorrir de forma doentia. –E quando a Vasilisa, ela me ajudara querendo ou não, com a ajuda de seus poderes de compulsão e cura ira liderar as mudanças que eu anseio. Já está acontecendo e não a nada que fosse possa fazer para impedir. Se tentar estará morta, Rose.

– Lissa jamais fará isso, nunca ira lutar por qualquer causa como essa que planeja Victor. –Afirmei entre os dentes, sentindo a fúria me consumir cada vez mais. –Ela não abusara dos poderes que possui. Principalmente para ajudar você.

– E Victor não dirá nada a nosso respeito. Ele conseguiu o que queria de nós, por isso mandou o bilhete. Atraiu você para cá porque queria informações sobre a Princesa. –Concluiu Dimitri me puxando para longe da cela.

– O erro de vocês é pensar que podem me intimidar com essa atitude durona de Guardiões invencíveis. Prestem atenção numa coisa, especialmente você caro Belikov, eu já machuquei Rose uma vez e posso fazer isso de novo. –Disse Victor dando uma gargalhada.

Tão rápido que não percebi como aconteceu Dimitri estava de frente para a cela de Victor, suas mãos grudadas nas barras de ferro e quando falou sua voz saiu num tom tão ameaçador que me fez estremecer.

– Certo valentão, agora o problema é entre mim e você. Experimenta tocar um só dedo em Rose e isso será a última coisa que fará na vida. Porque eu vou atrás de você nem que seja no inferno e quando eu te pegar nada nem ninguém vai poder me segurar e então você vai implorar para ser morto Ivashkov. Agora nos dê licença, nos vemos no julgamento.

Dimitri e eu saímos. No caminho ele falou algumas palavras em Russo para seu amigo Guardião que assentiu com um aceno breve com a cabeça. Imaginei que estivesse agradecendo por nos deixar entrar.

Logo estávamos do lado de fora, perto da entrada do salão principal que levava aos quartos e para o restante das dependências do lugar que eu ainda não havia conseguido decorar do memorando que havíamos recebido com uma planta detalhada de toda a propriedade Real e de tudo que havia nos arredores dela.

– Você está bem? –Perguntei preocupada com o silencio dele.

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– Sim. –Respondeu ele, mas sua voz saiu pesada demais para me tranqüilizar.

– Tem certeza? –Insisti segurando o braço dele, o fazendo parar e me encarar.

– Na medida do possível. –Confessou ele respirando fundo, duas vezes.

– O que acha? Ele contará a todos sobre nós? –Perguntei recomeçando a andar.

– Não. Ele não vai. –Afirmou Dimitri ainda parecendo muito nervoso.

Nós andamos em silencio por mais algum tempo. Até que finalmente perguntei o que eu queria tanto saber.

– Você estava mesmo falando sério? –Perguntei com certo cuidado. –Sobre... Se o Victor contasse... Você realmente iria...

– Eu não tenho muita influencia nos altos círculos reais dos Moroi por aqui, por outro lado conheço muitos Guardiões que cuidam dos trabalhos sujos em nosso mundo que poderiam se inclinar a essa tarefa sem rodeios. –Respondeu ele agora com a voz mais controlada, porem isso não me ajudou muito.

– Você não respondeu a minha pergunta Dimka. Quero saber se você realmente ia fazer aquilo. –Insisti controlando-me para não entrar em pânico, porem soltando acidentalmente o apelido dele e com isso entregando meu desespero.

– Eu faria uma infinidade de coisas para proteger você, Roza. –Respondeu ele apertando minha mão na dele por um momento antes de me soltar e ir para o próprio dormitório.

Decidi que iria descansar também já que pelo horário eu havia perdido o jantar, no caminho encontrei Lissa.

– Onde diabos você se meteu Rose? –Perguntou ela assim que me viu.

– Desculpe... Eu tinha alguns assuntos de Guardiã para resolver e me distrai. –Menti na esperança de convencê-la.

Ela havia trocado de roupa para o jantar, estava usando um vestido dourado de mangas compridas que lhe caia muito bem. Seus cabelos estavam presos no alto, ela estava linda, como uma verdadeira realiza deveria ser. Quase estremeci ao perceber que talvez Victor tivesse razão, qualquer um cederia se Lissa entrasse numa brigas por conquistas no nosso mundo, como a líder de uma evolução ou coisas desse gênero.

– Por que está me olhando assim? –Perguntou ela com um sorriso.

– Gostei do seu vestido. –Menti aumentando o sorriso.

Como eu disse, tinha que agir como uma verdadeira Guardiã em algum momento bem próximo. Bem, aquele era o momento que fazer meus treinamentos valerem a pena, eu iria correr inúmeros riscos, fazer centenas de coisas escondido dos olhos dela, enfrentaria grandes pesadelos, poderia até mesmo quase perder o pescoço se fosse necessário por agir às escondidas nas sombras, mas no final das contas só uma coisa importava de verdade. Lissa. “Os Moroi vêm primeiro”... Na verdade estava mais para “Minha Moroi vinha primeiro”