Oh, garota você fica ao meu lado
Serei sempre seu
Fielmente.

Faithfully - Journey

Não sabia qual seria a reação da Karina ao contar pra ela sobre a turnê, mais é claro que ela tinha que me surpreender, pois achou que eu a estava traindo e teve um surto, se fosse outra ocasião eu até riria mais estava tenso. Quando contei ela ficou quieta e apenas encarava a parede em sua frente, e então ela vira as costas e me deixa sozinho no quarto. Eu sei que ela precisa de um espaço e vou respeitar isso. Passou os dias, e tudo já estava arrumado para turnê. No colégio, como eu já tinha passado de série e já está acabando o ano me liberaram, minha mãe ficou um pouco apreensiva mais logo desencanou e disse que eu estava certo, deveria correr atrás dos meus sonhos. Foi difícil mesmo convencer a mãe da Sol, mais Nando e Dandara fizeram uma intervenção, e ela autorizou. Tudo estava certo, a única coisa errada, era que Karina ainda não estava falando comigo. Todos tentaram me ajudar, até o Cobra.
– Eu até gosto de você Guitarrista, e sei que você é louco pela loirinha. - ele me disse quando pedi sua ajuda e ele tentou enganar a Esquentadinha para falar comigo, mas Karina me ignorou de novo. Jade, João, Camila e Dandara também tentaram e minha Esquentadinha continuou dando gelo em mim.
Foi com ajuda da sua irmã, que consegui ao menos ter a chance de falar com ela, na sexta de tarde esperei o Gael sair de casa, e fui ao seu encontro, Bianca me deixou entrar e eu fui direto para seu quarto. Karina estava em sua cama deitada de barriga pra baixo com fones de ouvido, e cantando baixinho. Fico na porta um tempo só a admirando, eu sei o que sinto e sei que não importa pra onde for eu quero a Karina muito.
Me a próximo da cama, e encosto em seu ombro, ela se vira e me vê.
– Hey linda, senti sua falta. - digo me sentando na cama. Ela só me olha e então pula em meu colo me abraçando.
– Desculpa, eu só .... - ela tenta dizer entre soluços.
Ficamos uns tempos abraçados e quando ela se acalmou.
– A gente precisa conversar e tentar ver o que iremos fazer. - ela diz apreensiva. E eu sei o que ela está imaginando.
– Nós não vamos terminar. Escutou Karina? - falo convicto.
– Mas, como iremos fazer? Eu não gosto dessa ideia de namoro à distância.
– Minha linda, estamos juntos. Estou nessa turnê por que é uma oportunidade enorme pra mim e pra banda. Mais não quero e nem vou terminar com você.

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– E se eu quisesse terminar? – ela diz, e eu começo a ficar apreensivo.

– Eu realmente iria respeitar, mais você seria minha namorada. E eu iria ficar te ligando, e falando para João e o Cobra ameaçar qualquer cara que chegasse perto de você.

– Os caras nem ligam para mim, você nem tem concorrentes. – ela fala.

– Você que acha, tenho sim, Eles são é discretos e tem medo, pois você sabe que sou um grande samurai. - falo fazendo movimentos com a mão, ela sorri e eu lhe dou um selinho. – Não quero ir solteiro para essa turnê, quero que nada mude.
– Tem certeza? - ela pergunta.
– Absoluta. Nesses meses você vai tirar umas férias de mim, e ainda pode focar naquele seu plano para se tornar lutadora.
– Não queria ter férias de você. - ela diz, e eu a beijo, ela me aperta forte. - Mas vamos fazer dá certo.

– Eu sei que vamos. E você vai namorar um rock star. – digo sorrindo.

– Você vai querer todas as experiências de um rock star? – ela pergunta.

– Sim, tudo. Menos essas paradas de drogas, e mulheres. – falo deixando claro.

– Tem certeza? Não vai querer viver uma vida cheia de groupies ao redor? - ela diz e sei que está brincando.
– Quero não, a grupie número um é minha namorada linda. - falo e ela sorri.
Ficamos a tarde toda assim, conversando e nos beijando o resto da tarde. O pessoal combinou uma despedida já que estaríamos indo amanha de manhã, vamos tocar no Perfeitão, para fechar esse ciclo. Sol me ligou e avisou que o pessoal já estava lá no restaurante.
– Vou indo lá, você vai também? - pergunto.
– Lógico, como groupie número um devo está presente. - ela fala rindo. - Só vou tomar um banho e me arrumar.
Saio da sua casa e vou direto pra minha, chego lá meu pai está no sofá com a Tomtom, ela está rindo e ele com ela no colo. Tento passar despercebido mais Tomtom me vê.

– Pê, o papai veio conversar com você. – ela diz, e eu faço uma careta.

– Não quero conversar. – eu digo e vou andando para o quarto. Mais minha mãe sai do dela, e coloca a mão no meu peito.

– Você vai conversar com seu pai sim, senhor Pedro. – ela diz, e eu sei que ainda está machucada. – Tomtom vai pro seu quarto, e vamos deixar os moços conversarem.

Tomtom assente e dá um beijo no nosso pai, e vem até mim e me abraça e cochicha no meu ouvido.

– Escuta ele, por favor.

Ele está sentado no sofá, e eu reviro os olhos, já que se sente tão a vontade aqui, o roxo do seu olho está saindo agora, todos ficaram imaginando quem tinha batido nele, mais além de nós dois ninguém sabe que foi eu.

– Tem como ser rápido, tenho que ir para o restaurante. – digo me sentando no sofá.

– Eu sei que você está com raiva e com razão, mais vim primeiro conversar sobre sua viagem. – ele tem a coragem de dizer.

– Como se você tivesse algum direito. – falo com raiva.

– Pedro, eu sei que errei mais errei com a sua mãe. Continuo sendo seu pai, e quero respeito. Já estou te avisando, eu autorizei você ir nessa turnê, por que você ainda é menor. – ele diz com arrogância, e quando eu vou falar algo ele me corta. – Não vou discutir com você, filho. Outra coisa, estou voltando para o restaurante.

– E a mamãe? – pergunto.

– Ela continuará trabalhando lá, ela é a dona junto comigo Pedro. Ficarei com o final de semana, e trabalharei de noite. – ele diz, e eu concordo. Minha mãe vai ter mais tempo para ela.

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– Okay, agora posso me arrumar para me despedir dos meus amigos. – eu digo.

– Pode sim. – ele diz, e eu me levanto, mas ele me chama. – Pedro, eu torço muito pelo seu sucesso. E estarei aqui torcendo para que tudo dê certo.

– Valeu. – digo seco, eu sei que um dia eu vou perdoar ele, mas não estou pronto. A imagem que eu tinha dele se desfez, assim que descobrir o que aconteceu.

Entro no quarto, e Tomtom volta pra sala, eu sei que ela morre de saudades dele, minha mãe está na minha cama, arrumando minha mala.

– Conversou com seu pai? – ela pergunta.

– Sim, ele disse que voltou para o restaurante. – digo pegando uma camisa limpa.

– Sim, o restaurante é nosso. Mais foi bom, conversamos e decidimos as coisas. Já falamos com o advogado. – ela diz tristemente. – Mais nem penso muito nisso, meu filhinho está indo realizar seus sonhos.

– Eu queria que fosse tudo rápido e fácil, mais sei que não vai ser. Mais já é um começo.

Nos abraçamos e depois eu fui para restaurante, tiramos um som, o restaurante estava começando a encher, dia de sexta a noite sempre dá bastante movimentação.

Vi Karina assim que chegou, ela estava com Cobra, Jade, Camila, João, Bianca e BB. Eles se sentaram numa mesa, e ela me deu um tchauzinho. Todos amigos estavam aqui, Jeff, Mari, Wallace, Bete, e o pessoal da Ribalta, então Sol fez um discurso antes de começarmos a cantar, agradeceu principalmente o Nando por dá essa oportunidade pra gente. E então começamos a cantar, primeiro os covers, algumas nacionais, e outras internacionais. Eu tinha ensaiado uma surpresa para Karina mais seria mais para o final da noite. Eu vejo ela olhando-nos cantar mais vejo a tristeza em seus olhos, nunca imaginei que ela ficaria insegura com essa viagem, eu juro que se pudesse e se Gael permitisse eu levaria ela junto, mais sei que não é isso que ela quer e Gael me mataria. De uma coisa eu tenho certeza, eu não quero terminar, acho que Karina é a melhor coisa que já me aconteceu quem diria que eu iria morrer de amores pela menina que já me bateu mais do que posso contar.

– Gente, o Pedro aqui nosso guitarrista, separou algumas coisinhas para dizer. – Sol fala quando outra musica acaba, eu puxo o microfone e vejo a Karina balançando a cabeça, eu sorrio já que ela me conhece tão bem.

– Sabe quando contei a certa gatinha que estava indo para uma turnê, ela me deu o gelo, você acreditam? Fiquei uma semana sem fala com minha namorada, ela é bastante difícil, sabe. – eu digo e sei que ela já está ficando vermelha. – Eu nunca namorei sabem, eu achava ridículo, claro, até que eu percebi que eu não parava de pensar numa Esquentadinha que sempre me batia, e eu até gostava, não que ela seja minha senhora Grey, não curto samadoquismo, galera. – assim que digo, todos começam a rir, e a vejo sorrindo e Jade balançando a cabeça, João gargalhando, e minha mãe e Tomtom rindo.

– Então gostaria de dedicar as músicas a seguir, para minha musa inspiradora, a Karina. Ela está ali ó. – eu digo apontando pra ela, e o restaurante todo grita. – Ela é tímida, mais ela é minha e eu adoro deixá-la assim toda vermelhinha, né meu amor?

Puxo o um banquinho e pego o violão e Sol se senta ao meu lado, e todos percebem que tem dois microfones, João é o primeiro a perceber.

– Meu Deus, não me diga que vai cantar? – ele começa a rir. E Karina arregala os olhos, todos estão surpresos o que não sabem é que desde a demo, eu venho tenho umas aulinha com a Sol, ainda não canto super bem, mais tem algumas músicas que ficam realmente boas na minha voz.

– Sim, João vou cantar, e espero que minha Esquentadinha goste. – eu digo, e começo a dedilhar as notas, a primeira música que tocamos é “Por Você” de Barão Vermelho, ela não tira o sorriso do rosto, e eu não tiro do meu, adoro ser o motivo do sorriso da Karina. Então comecei sozinho cantar, “Aonde quer que eu vá” do Paralamas do Sucesso, é quando vejo Karina com os olhos cheios de lágrimas. Cantamos outras músicas românticas, só no violão e eu e Sol cantando, então cantamos a música que fiz para ela, e eu deixo a última surpresa da noite para a última música.

– Essa é a última gente, e deixei por último por que tem uma história, eu escrevi essa música, nessa semana que fiquei distante da minha Karina, fiz o que aprendi depois que estive com ela. Escrevi essa música, Karina essa é para você, vem aqui.

Ela levanta morta de vergonha, e vem mais para perto, se senta de frente a para mim, e eu pisco pra ela.

– Essa é para você, minha esquentadinha. Ela se chama, A todo momento. – Começo os acordes, e me aproximo do microfone:

Vi o seu olhar nas estrelas, constelações.

Vi o seu olhar também, na luz da lua.

Vi só você pode mudar meu mundo, e mesmo no escuro você pode me ver.

Não vou te deixar nem por um segundo, nem que o tempo passe e vai passar,

mesmo sem as asas eu vou voar ao teu encontro, só pra falar:

que te amo.

Deixo meu violão e para no frente, e ela passa os braços no meu pescoço e me beija. E nos beijamos, eu posso escutar palmas, eu sinto suas lagrimas nos molhando, e elas se misturam com as minhas.

– Eu te amo, também. – ela diz, quando nos separamos. E eu a abraço, eu sei que vou está viajando, mais meu coração ficará aqui.