"Se der um sorriso não vou resistir, sua boca dizendo Te quero pra mim. "

Coração Apertado - Thaeme e Thiago

Depois que tirei aquele treco do pé, me empenhei completamente em ajudar o Pedro. Quem diria né? Eu ajudando aquele moleque.

Mais ajudei, e me empenhei bastante, tanto que tudo deu certo, o meu único problema era a minha própria fantasia. Eu simplesmente não tinha ideia do que ir, minha irmã na hora disse que iria de Julieta, que surpresa! O pessoal da academia também já sabiam de que iriam, pelo o que Bianca falava o pessoal da Ribalta também, e o Pedro cismou que iria fantasiado daquele cara do Piratas do Caribe, que ele diz ser o melhor filme da vida dele.

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Já eu não fazia ideia, então pedi ajuda para minha nova e melhor amiga, a Tomtom. Ela é tão fofa e prestativa, que me ajudou na hora, eu disse a ela que queria surpreender o sem noção do irmão dela, pois nesses dias que passamos, ele meio que se tornou importante pra mim. Ela na hora disse que eu deveria ser a Mulher Gata, o que eu discordei, jamais ficaria bem com aquela roupa colada. Tomtom na hora afirmou que eu ficaria mais linda e que faria a fantasia ter mais meu estilo e que Pedro babaria por mim

Quando resolvi aceitar ela prometeu me ajudar em tudo, nem Bianca, Pedro ou qualquer um sabia de que eu iria, foi um segredo meu e da Tomtom.

No dia da festa, ela foi pra minha casa e me ajudou em tudo, eu já estava totalmente pronta quando Pedro me ligou pra saber se eu ia, eu adorei fingir que não iria, queria ver a cara dele quando chegasse, mas a surpresa foi minha quando cheguei á festa e encontrei ele dançando com a Pri, e então um ciúme me consumiu que eu empurrei a garota no chão. É logico que o imbecil veio atrás de mim, assim que sai de perto deles, e eu desabafei e contei pra ele que toda essa minha produção foi pra ele, e então já era, ele veio com suas palavras pois uma coisa que esse idiota é bom, é falar bonito, quer dizer, só ás vezes.

E agora ele solta essa bomba pra mim, e me pede em namoro só que na hora que vou dizer que talvez não seria uma boa ideia, pois ele ainda me irrita como o inferno. Sol o chama para o palco, quer dizer do palco, e ainda diz que ele está me agarrando.

– Boa noite. Nós a Galera da Ribalta queremos agradecer a presença de todos aqui. - Pedro diz, e todos gritam juntos. - Mas preciso agradecer um monte de coisas primeiro, agradecer a nossa atriz talentosa, que foi uma ótima organizadora: Bianca Duarte. Agradecer aos seguranças que são os melhores lutadores de Muay Thai, Cobra e Duca. Agradecer meus pais pela ajudinha, agradecer também ao nosso padrinho amado Nando, que deixou a festa rolar aqui, agradecer a todos que ajudou a divulgar a festa.

Todos batem palmas, Cobra chega ao meu lado, e me cutuca.

– Serio que o guitarrista não vai te agradecer? Pensei que você o ajudou nessa festa.

– Eu até prefiro que ele não faça. Ele adora atenção, já eu não suporto. - eu falo, eu morro de vergonha quando a atenção está em mim.

– Hoje nós vamos começar com uma do Capital Inicial, A Sua Maneira. E eu gostaria de dedicar essa música para uma certa Esquentadinha que a sua maneira me conquistou. E muito obrigado por me ajudar a fazer essa festa, e agradeço muito por me ajudar aos poucos realizar meu sonho. - Pedro fala, aponta pra mim o que faz todos me olhar, e eu fico completamente vermelha. - Essa é pra você, Karina !

– Não é que o guitarrista tem estilo. - Cobra fala quando Sol começa a cantar.

– Cala a boca. - eu digo, ficando mais vermelha.

Pedro toca sua guitarra e fica me olhando enquanto canta a música, longe do microfone é logico. Estou totalmente encantada, me pego cantando junto com a música. Ele me manda beijos, e faz caretas que eu particularmente acho super fofas.

– Você está gamada né? - Cobra pergunta, resolvo ignorar. - Maluquinha, responde. Sou seu amigo esqueceu?

– Acho que sim. - respondo baixinho. - Não sei.

– Será que é o mesmo que você sentia pelo idiota do Duca?

– Não, na verdade não sei. - eu falo. - O que eu sentia pelo Duca, não é o que sinto quando Pedro apenas me olha, e muito menos quando ele me beija.

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– Olha eu sei que não sou a melhor pessoa, mais estou aqui pra o que der e vier. Pode contar comigo. - ele fala, quando a banda acaba a música, e passam para próxima. Cobra sai de perto de mim quando Jade chama ele pra dançar.

E eu fico ali sentada escutando a música, e pensando no que sinto pelo moleque, pois é diferente de tudo que já senti. Então me viro e vou pro “bar” e pego um suco, e me sento ali, aonde dá pra ver perfeitamente Pedro arrebentando na guitarra, o que ele sabe fazer muito bem. Eles tocam várias musicas, e eu curto o show, eles são realmente muito bons. Aproveito e tiro algumas fotos, umas está só o Pedro, e outras Sol com ele.

– E aí K !? - Zé chega me abraçando de surpresa.

– Hey Zé ! - eu digo, me afastando um pouco.

– Curtindo a festa ?

– Sim, eu praticamente que bolei tudo. - eu falo, sorrindo orgulhosa.

– Isso tudo foi pra você agradar o moleque que se diz músico? - ele pergunta com desdém, e eu não gosto, pois apesar de chamar o Pedro de moleque o tempo todo, o jeito que o Zé fala não é legal.

– Exatamente, eu fiz isso pois é o sonho dele.

– O que você viu naquele garoto?

– Zé não faz o carinha apaixonado pra cima de mim, assim você me estressa.

– Okay não irei mais te incomodar. - ele fala.

– Acho bom mesmo. - Pedro diz, vindo ao meu lado e me abraçando. E eu olho surpresa, nem tinha percebido que o show acabou e agora a DJ estava tomando seu lugar.

– Nossa que medo de você, pentelho. - Zé responde, então se vira pra mim. - Tchuzinho K. - ele pisca e me dá um beijo na bochecha.

– Eu vou acabar com esse cachorrinho de luta. - Pedro diz e se prepara pra ir atrás de Zé.

– Para com isso. - eu digo rindo, e o puxo.

– Eu odeio esse cara, desde o dia que você o beijou. - ele diz fazendo beicinho.

– Para de graça, moleque. - eu falo, ele me puxa para seu corpo, e eu envolvo meus braços no seu pescoço. - Acho que lhe devo uma resposta.

– Na verdade, eu quero dançar com você, e aproveitar se caso essa resposta não seja o que quero ouvir. - ele fala me puxando pra pista.

Dançamos bastante até que estamos tão cansados, então ele diz para que a gente descesse para ficarmos sozinhos. Eu sei o que ele quer fazer, mais eu até prefiro já que odeio plateia. A academia está um pouco escura e eu vou acender a luz do escritório, eu e Pedro nos sentamos no tatame, ele puxa minhas pernas pra cima da dele.

– Sério, eu adorei essas botas. Quer dizer eu adorei essa fantasia toda. - ele fala beijando meu pescoço. - Nem sabia que você sabia andar de salto.

– O que quer dizer com isso? - eu falo me fingindo de brava. - Quer dizer que só porque eu sou uma lutadora, não saberia andar de salto?

– Nem foi isso que eu disse, Esquentadinha. - ele diz, então eu sorrio. - Você está tirando uma com minha cara?

– Eu sempre tiro. - eu falo, e ele me puxa e me beija.

– Você é tão bobinha. - ele fala. - Mais falando serio, não sei como te agradecer, o que você fez por mim essas semanas. Muito obrigado.

– De nada. O que eu fiz é o que eu queria que alguém fizesse por mim. Que me ajudasse a realizar meu sonho.

– Será por que seu pai não quer que você seja lutadora, já que é tão boa fazendo isso? - ele pergunta.

– Como você sabe que eu sou boa? Nunca me viu lutar.

– Nunca te vi lutar. Mais já apanhei de você, bastante, já esqueceu? - ele rir.

– Sei lá, meu pai quer que eu vá para uma faculdade, mais aceita que a Bianca seja uma atriz.

– É diferente, a Bianca quer uma coisa normal, e ...

– Quer dizer que eu querer lutar é anormal? - eu o interrompo na hora.

– Não foi o que eu disse.

– Pedro é nisso que sou boa. - eu me levanto e desço do tatame. E vou pra perto de um saco de boxe. - É isso que eu quero na vida. Igual seu sonho de ser um guitarrista, ou músico famoso. O meu sonho é ser uma lutadora profissional, e assim como você sabe que é bom no que faz, eu sou uma ótima lutadora.

– Disso eu não tenho duvidas. - ele fala e vem pra perto de mim. - O que eu estava dizendo, que você não deixou eu continuar é que seu pai deve ficar preocupado de ver sua menininha levando socos e golpes, por que eu que nunca te vi lutar não gosto da ideia que você se machuque.

– Um dia ele vai ter que perceber que não sou mais uma menininha.

– Ah! Isso ele vai perceber. - Pedro fala, e se afasta um pouquinho e melho dos pés a cabeça. - Assim como eu percebo.

– Queria que meu pai fosse igual aos seus que aceitam que você quer seguir seu sonho. - eu ignoro seu olhar.

– Não foi tão fácil assim. Minha mãe é mais tranquila, mais meu pai ele vive dizendo que a música é um hobbie pra mim. - ele fala, e começa a mexer no celular.

– Seria tão complicados eles entenderem isso? - eu pergunto, e então escuto um “click”. - Não acredito que está tirando foto minha.

– Desculpa, mais eu tinha que ter uma foto sua assim. - ele fala rindo. - Já que você tem fotos minhas tocando.

– Não tenho nada. - eu digo, mais fico vermelha.

– Eu vi você tirando fotos enquanto eu tocava, nem adianta mentir. - ele fala e eu sorrio sem graça. - Agora você podia fazer uma posse pra mim. Para que eu possa ver essa beleza para sempre.

Eu fico quieta pois eu não sei o que fazer, não estou acostumada a alguem querer fotos minhas, ele fica me olhando e encarando, então decido fazer o que faço de melhor, a minha pose de luta.

– Ganhei meu dia. - ele fala depois de tirar a foto.

– Agora pare de graça e vamos voltar pra festa, o pessoal já está começando a ir embora.

Eu falo pois no tempo que estamos aqui, já vimos pessoas saindo, e dando pequenos acenos em nossa direção. Meu celular toca, e eu o pego no bolso.

Seu Gael ligando ....

– Oi pai. - eu digo.

– Essa festa não acaba nunca?

– Está quase acabando. Depois das 2h todos já vão ter ido.

– Cadê sua irmã? Eu ligo pro celular dela, e só dá caixa postal. - ele fala nervoso.

– Deve ter descarregado o celular. - eu falo, mais do jeito que é a Bianca, ela deve está se agarrando com o Duca.

– Me liga quando acabar, que eu busco você e a Bianca.

– Pai não precisa, a gente mora quase que do lado da academia. E eu, Bianca, João, Pedro e Duca vamos ficar pra ajudar a limpar, e arrumar as coisas. Já que amanhã é domingo.

– Nem pensar que você e sua irmã vão passar a noite com esses meninos.

– Para de palhaçada seu Gael. Eu prometi que ajudaria ao Nando a arrumar a bagunça, pois ele foi muito legal de liberar a Ribalta.

– Está okay, mais quando acabarem aí, direto pra casa. Decorou?

– Sim. - eu digo e então desligo. Olho pros lado e Pedro sumiu, rodo os olhos pelo o lugar e nada do imbecil.

– BUH ! - levo um tremendo susto, quando o Pedro sai de trás do tatame.

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– Seu idiota !

– Calma, estava brincando. - ele diz, mais não o deixo pensar, vou até ele e então parto pra cima dele. Nós dois caímos no chão, eu lhe dou uma chave de braço.

– Penico! Penico! - ele pede assim que percebe que não irei solta.

– Você é um frangote. - eu digo rindo, e então me levanto, mais ele não deixa e me puxa pra cima dele.

– Sabe o que mais adorei nessa fantasia. - ele diz, acariciando minhas costas.

– Além de ficar olhando e tentando tocar minha bunda? - falo mais na hora fico com vergonha.

– Sim além disso. - ele rir com um sorriso safado. - As suas costas estão peladas, e eu posso tocá-la, é disso também que eu gosto dessa roupa.

Então ele me beija, e suas mãos acariciam minhas costas, e eu sinto um arrepio percorrer meu corpo, pois é tudo tão novo pra mim. Me sentir como me sinto com ele, é diferente, intenso e totalmente maravilhoso. Ele nos ajeita, enquanto ele fica encostado no tatame, eu estou montada em seu colo, ele continua as caricias na minha costa com uma mão, a outra ele coloca em minha coxa e a aperta. Engoli em seco e, em seguida, gemi quando ele mordiscou meu lábio inferior. O que está acontecendo comigo? Seu braço esquerdo estava embrulhado em volta da minha cintura, enquanto o braço direito estava mais para cima da minha coxa, e eu descobri por que estava mais para cima quando sua mão deslizou ao redor da minha nádega direita.

– Pedro ! - fiquei chocada comigo mesma em como isso soou; era para ser um som de indignação, soou como um gemido suave. Desde quando eu gemo? Era a primeira vez que ele me beija assim com tanta vontade, eu até me sinto um pouco tonta.

Ele para de me beijar, e ataca meu pescoço enquanto respiramos pesadamente, eu puxo seu cabelo, e ele geme.

– Achei o casal sumido! - eu e Pedro nos separamos abruptamente. - Agora entendi por que sua irmã não achava vocês.

Nando estava olhando pra gente com um sorriso no rosto, o Pedro estava vermelho e eu estava um pimentão.

– Vocês sabiam que a festa já acabou? - ele pergunta. Como assim a festa acabou, ficamos tanto tempo nos beijando assim?, eu penso. - É logico que nem perceberam, estavam ocupados. Sinto atrapalhar mais precisamos de ajuda pra limpar lá em cima.

– É claro, já vamos subir. - Pedro diz se levantando e eu também.

– Vai subindo com ele, moleque. - eu digo, minha voz está estranha. - Eu vou ir no banheiro e já subo.

Nem espero resposta e vou direto para o banheiro, assim que entro paro em frente a pia. Eu estou uma bagunça, meu cabelo está todo bagunçado, meu arquinho com as orelhas estão tortos, meu rosto está super vermelho, minha boca está inchada, e posso ver uma pequena vermelhidão no meu pescoço. Droga, o imbecil me deu um chupão?

Lavo meu rosto, arrumo meu cabelo, e o chupão não tem jeito, mais tento jogar algo pra sair a vermelhidão, e já que não tenho nem uma maquiagem não dá pra tampar. Enquanto subo as escadas da Ribalta eu não consigo parar de pensar no que acabou de rolar, porque ainda o calor não passou, porque ainda posso sentir o toque e o beijo do Pedro?

– Nossa maninha, aonde você estava? - Bianca diz, com uma sacola na mão.

– Estava no banheiro. - eu falo. - Então o que quer eu faça?

– Duca e os meninos da banda estão varrendo, Nando e Sol foram contar o dinheiro. Pedro e Duca estão limpando os outros lugares. Eu e você vamos pegar o lixo.

Passamos a madrugada toda limpando a sala que fizemos a festa, fomos acabar umas seis horas da manhã, todos estavam cansadíssimos. Eu e Pedro não ficamos sozinhos de novo, mais eu sempre via ele me olhando e dando um sorriso. Quando eu e Bianca estávamos pegando nossas coisas pra ir pra casa, Pedro veio até mim.

– Sua ideia foi uma maravilha, conseguimos a metade do dinheiro pra demo. O que já é um ótimo começo. - ele fala, então enlaça seus braços em mim. - Muito obrigado, minha Esquentadinha.

– De nada, moleque. - eu respondo, e o beijo rapidamente.

Eu e Bianca vamos pra casa, meu pai está dormindo e nem percebe que chegamos, então Bianca tem a ideia de deixar um bilhete na cozinha, dizendo que estamos em casa, e que ele não nos acorde, pois estamos muito cansadas.

Bianca é a primeira ir tomar banho, e depois eu vou, coloco um shortinho e uma regata, e me arrumo pra deitar.

– K você está acordada? - Bianca sussurra.

– O que foi? - eu respondo.

– Você estava linda hoje. - ela fala.

– Para Bianca, você que estava. Sempre tão linda quanto a mamãe.

– Hey não fala assim. - ela resmunga. - Você estava linda, não tinha um cara que não percebesse. Mas o que mais percebeu foi o Pedro, ele realmente gosta de você.

– Eu agradeço, mais está muito cedo ou tarde no nosso caso, pra conversar. Estou morrendo de sono, boa noite.

– Ta bom, só quero ver o que você vai fazer para que o papai não veja esse chupão em seu pescoço. - ela diz.

– Você viu?

– Claro, isso está enorme e ficando roxo. Mais como eu sou uma boa e ótima irmã, te ajudarei a esconder isso. Boa noite maninha.

Então ela se vira, e fica quieta, pego meu celular e mando uma mensagem para o Pedro.

Para: Moleque

Você me deixou com um chupão, amanha você é um homem morto.

Beijos, e boa noite.