Cartas para os Mortos

Tadashi Hamada, de Operação Big Hero


Caro Tadashi Hamada,

Olá, super nerd criador do melhor robô do mundo.

Primeiramente, gostaria de lhe dizer que sua morte não foi pouco abaladora, foi terrivelmente, de todos os modos de dizer, abaladora. Quando comecei a assistir o filme, não imaginei que teria mortes, afinal, era um filme mais... infantil, digamos. Mas nada é como pensamos, certo? Errado, ou certo, nunca se sabe.

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E sendo assim, esqueci de perguntar a você se estava bem ou não, mas agora que já estamos aqui, ignoremos esta parte.

Realmente, quase chorei com sua morte, na realidade, quase chorei por causa da carinha de Hiro, fiquei com tanta pena. Lembrei-me então que Hiro era um prodígio que provavelmente freqüentaria uma faculdade e assim, tentei despachar o sentimento para o lado – até que deu certo, não? -.

Ah, e Hiro realmente precisou do Baymax, aliás, o Baymax é um fofo. Eu preciso, urgentemente, de um Baymax, então se tiver no aliexpress... Avise-me! Eu ando precisando de um pra curar tanto ferimentos físicos, quanto emocionais! Emocionais porque ainda não aceitei que tirei um C na prova de geografia e de matemática – Justo em matemática! A matéria que sou ótima, minha matéria favorita! Ah, geografia tanto faz, não gosto mesmo... -.

Hiro ficou muito abalado, e sim, ele se inscreveu na faculdade, o que foi ótimo.

Eu não sei explicar o que aconteceu, mas foi tipo: Hiro ficou triste demais depois que você faleceu, e ele ficou com um dos microrobôs, e aí o Baymax começou a seguir o lugar onde estava sendo indicado pelo microrobô, e Hiro o seguiu, os dois descobriram que o lugar que estava sendo indicado pelo micros era um armazém, assim que conseguiram entrar, descobriram que alguém havia roubado esses microsrobôs, e assim Hiro tentou tudo, e quando eu digo tudo não estou brincando, para conseguir descobrir quem era o homem que o roubou.

E então, os seus amigos “nerds” do curso, encontraram Hiro e Baymax, logo Hiro contou a eles seu plano, e todos concordaram. Assim criaram um grupo de super heróis, e sim, super heróis, com todas as letras, cada um com um super poder. Tudo isso aconteceu na mansão de Fred, digo, na mansão da casa de Fred. E uma delas até disse:

–Nossa, achei que você morava em baixo da ponte.

E ela não era a única que concordava com isso. E eu ri tanto com aquele mordomo, ele era tão engraçado, você deveria ter visto, enquanto as meninas tocavam coisas nele ele fazia chá, eu morri de rir.

Acho que a carta está grande demais, talvez eu a continue qualquer dia desses.

Abraços,

Rafa Cahill.