Ao voltar para meus aposentos, observando todas as portas fechadas lembrei-me quantas garotas eu tinha hospedadas aqui e aquela velha sensação de terror tomou conta de mim. Uma delas seria a minha princesa. Por mais que eu tentasse pensar nisso era impossível, fui criado para amar uma plebeia e nunca tive ou terei outra chance de encontrar a minha cara metade.

Quando cheguei as escadas para o andar do meu quarto, observei o corredor em silêncio. Eu tinha que conhece-las imediatamente. Meu tempo estava se esgotando, meu pai já tinha me dito isso, e eu teria de elimina-las em breve e se continuasse a postergar os encontros eu só perderia tempo e a chance de achar a minha princesa.

Mas verdade é que eu estava apavorado, eu fora ensinado a tratar bem qualquer dama, não tinha dúvidas de que eu conseguia ser um cavalheiro mas... e um namorado? Não sabia quais eram as deixas, o que deveria dizer, fazer. Mas eu teria de aprender e rápido.

Fui o primeiro a chegar ao café da manhã a fim de decidir qual seria a primeira selecionada que teria um encontro. Se bem que eu já havia tido meu primeiro encontro. Não foi um encontro muito romântico mas ainda era meu primeiro encontro e meu primeiro encontro com América, eu não o trocaria por nenhum outro, não tinha dúvidas. Mas eu precisava de um encontro com alguém que tivesse algum interesse romântico em mim.

Vi Marlee e América entrarem grudadas em meio as outras garotas, e fiz uma nota mental de encontrar Marlee ainda hoje já que ela era a candidata preferida da minha melhor amiga e do povo.

Ao longo do café observei as garotas atentamente tentando decidir com qual começar. Só consegui ficar mais nervoso.

– Procurando alguma coisa, querido? – disse minha mãe ao observar meu olhar a mesa das garotas.

– Sim, mãe, minha futura esposa. – Eu disse e ambos rimos. – Estou tentando começar a seleção e ter um encontro. – disse constrangido.

Minha mãe sorriu e pois sua mão sobre a minha apertando de leve.

– Boa sorte.

....

Decidi começar pelo que parecia mais fácil. Repassei mentalmente o que fazer, agir como sempre agi ao lado de Daphne. Tinha dado certo, por que ela gostava de mim não é?

Ajeitei a roupa, arrumei o cabelo, respirei fundo e bati na porta de vagar.