Contos de Fadas

Capítulo 05 - Conhecendo Novas Pessoas - Parte 1


Mia olha a sua volta e começa a andar sem rumo. Por que Roberta a fez se separarem?

– Sinto em dizer isso, mais eu te odeio Roberta! – disse ela, sozinha.

A cada passo que ela dava, sempre olhava para o lado á procura de alguém conhecido, algo praticamente impossível de acontecer.

– Me passe tudo que tens ou morrerá! – uma pequena criatura com um capuz no rosto e uma arma em mãos disse para Mia.

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Ela gritou, assustada.

– Socorro! Estou sendo assaltada! Irei morrer e sou muito jovem para isso! – gritou ela.

– A deixe em paz, Marcelino – disse um rapaz. – Vai brincar em outro lugar!

– Você viu a cara dela? – o garoto riu, tirando o capuz. – Foi hilário!

– Não achei graça alguma – diz a princesa. – Isso é muito feio, garoto!

– Uma pena essas pessoas que não sabem o que é uma brincadeira – resmungou o garoto enquanto saia dali.

Depois que o garoto saiu, o rapaz vira-se para Mia e começa a dizer:

– Desculpe-me o Marcelino. Ele é um garoto de rua muito elevado.

– Ele mora na rua? – Mia arregalou nos olhos.

– Sim. O irmão dele está preso mais ele é um garoto inteligente, sabe se virar sozinho – disse o rapaz. – Claro, às vezes ele apronta as dele mais não é um ladrão de verdade.

– E você, como se chama? – pergunta ela, sorrindo.

– Miguel Arango, mudei-me pra cá há pouco tempo.

Ambos ficam em silêncio, até que Miguel pergunta:

– E qual é o seu nome?

– Prin... Mia!

– Tem certeza? – ele riu.

– Tenho.

– Acho que agora devo voltar ao trabalho – disse Miguel. – Foi um prazer conhecê-la.

Mia sorriu.

– Também já irei – disse ela.

Ambos seguem por caminhos diferentes, no entanto, eles não resistem e olham para trás, onde seus olhares se encontram. Rapidamente, ambos voltam a seguir seu caminho sem esconder o sorriso do rosto.

Alguns minutos depois

Boba. Era essa a palavra que definiria a princesa alguns minutos depois de ter encontrado com Miguel Arango, o seu herói. Ela nem prestara a atenção no caminho que estava seguindo, pois estava ocupada demais pensando nele. Ele é lindo, a maneira com que a tratou a encantou.

Mia parou de andar, ao lembrar-se de algo:

“Ele não sabe que sou uma princesa” – pensou.

Afinal, ele é novo em Genóvia e para tratá-la como uma garota comum é óbvio que ele ainda desconhece a família da realeza. E isso fez com que o sorriso de Mia se desmanchasse. Ele parecia ser tão... Perfeito! Ninguém é perfeito, mais ele parecia ser diferente dos demais rapazes de que Mia conhecia. No momento em que seus olhares se cruzaram, Mia sentiu o coração acelerar, mais ao lembrar-se que ele não sabe que ela é a princesa de Genóvia ela já pensara que ele poderia ser interesseiro, querer apenas o poder e não porque gosta dela de verdade.

– O que você está pensando Mia Colucci? – questionou. – Você mal o conhece e já estás pensando tal coisa? Obviamente, vocês nunca mais irão se encontrar e por mais que algo mais aconteça isso é impossível afinal, estou prometida a outro homem.

Novamente ela volta a andar, deixando Miguel bem longe de seus pensamentos. Assim, tentando pensar em outras coisas Mia acaba esbarrando em uma garota que estava com uma cesta de frutas.

– Desculpe-me – pediu ela. – Não queria ter feito isso.

– Tudo bem, tudo bem! – disse a garota, pegando as frutas que caíram no chão.

Mia ajuda a garota que parecia ter mais ou menos a idade dela.

– Como se chama? – Mia pergunta.

– Lupita – responde a garota, finalmente olhando nos olhos de Mia. – Princesa Mia Colucci? – gritou.

– Sim, sou eu. Desculpe-me pelo transtorno.

– Não foi nada. Mais o que a senhorita faz no povoado?

– Nem eu mesma sei – resmungou.

– O que disse?

– Eu resolvi fazer um passeio e bem, acho que acabei perdida.

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– Ah claro. – Lupita colocava as frutas da cesta em um canto. – Se quiser, pedirei para meu irmão levá-la até o castelo.

– Faria isso por mim? – pergunta Mia.

Logo Mia lembrara que não veio sozinha para o povoado.

– Tem a Roberta... – sussurrou.

– Espere um minutinho, alteza. Irei chamar o Miguel e ele a levará de volta pra casa.

“Miguel?” – pensa ela, ao lembrar-se do cara que a salvou do garoto pestinha.

Depois de alguns minutos, Lupita voltou com o seu irmão.

– Você? – disseram ambos, ao se verem.

– Miguel, essa é a princesa. Você deve levá-la para o reinado.

– Aquele que você me mostrou outro dia?

– Exatamente.

– A princesa se perdeu no meio dos pobres? – zombou ele.

– Não precisa me levar até lá, eu acharei um jeito. – Mia diz, com raiva.

– A donzela não quer minha ajuda? Tudo bem, depois quando encontrar-se com Marcelino não irei defendê-la!

– Do que vocês estão falando? – questiona Lupita.

– Não é nada – disse Mia. - Obrigada por querer ajudar, Lupita. Eu vou tentar chegar em casa sozinha mesmo.

A princesa volta a andar, tentando “adivinhar” o caminho de volta.

– Espera! – gritou Miguel, á alcançando. – Desculpe-me se fui grosseiro com vossa alteza. Acontece que não tinhas falado que era da realeza e quando descobri fiquei surpreso.

– Está tudo bem – disse ela.

– Por que mesmo você veio pra cá? – pergunta ele.

– Ideia da Roberta.

– Quem?

– Filha da minha madrasta. Ela quis se separar, e no fim acabei perdida e sendo levada pra casa por alguém que mal conheço.

Miguel a olha de canto de olho, em seguida diz:

– O que acha de recomeçarmos? – sugeriu. – Chamo-me Miguel Arango, tenho 19 anos e vim para Genóvia á pouco tempo. Antes morava com meu pai mais como ele falecera tive que vim pra cá com minha mãe e minha irmã, Lupita a qual você já conhece.

Mia não disse nada. Então, Miguel pergunta:

– E o que a princesa pode me contar sobre a sua vida?

– Não sei. Acho que não tem nada na minha vida de bom para contar.

– Uma princesa está falando isso? – questionou.

– Tenho absoluta certeza que você não quer saber sobre roupas, sapatos ou joias que tenho no palácio.

Miguel fez uma careta de reprovação e Mia riu.

– Essa parte não me interessa muito – disse ele.

– Bom, você foi sincero quando falou sobre você – diz ela, parando de frente a ele. – Também devo ser, principalmente quem me defendeu daquele garoto.

Miguel riu.

– O Marcelino não é perigoso, não precisa preocupar-se.

– No entanto, você me defendeu mesmo sem saber quem sou eu.

– Faria isso por qualquer pessoa. – Miguel disse, voltando a andar.

– Minha mãe morreu quando eu era muito pequena – ela disse, tentando acompanhar os passos de Miguel.

Ele para de andar, tentando entender porque a princesa falara aquilo. Só um tempo depois entendeu que ela estava contando a sua história.

– Meu pai, o rei Franco nunca se interessara por mulher alguma desde quando a rainha falecera. Mas, desde ontem nossas vidas mudou.

– Ele conheceu outra pessoa?

Ela assentiu.

– Alma Rey, cantora e modelo mexicana, mãe da Roberta a garota que me deixou sozinha no povoado.

– Para uma princesa como você não deve estar sendo fácil tudo isso – diz ele, parando em frente ao castelo. – Mais você vai se acostumar.

– Duvido que seja por muito tempo, pois a Roberta teve um plano pra nossos pais não se casarem, assim nós voltamos com as novas respectivas vidas.

– Ah mais é bom ter irmãos sabia? Vocês deviam tentar, até porque deve ser legal morar num lugar desses – Miguel aponta para o castelo.

Ambos ficam em silêncio.

– Vou voltar pra casa, afinal o que tinha que fazer aqui, já fiz – Miguel fala, se distanciando da princesa.

– Obrigada por me acompanhar.

– Não foi nada, princesa – e ele saiu dali.

Dentro do castelo

– Onde essas garotas foram parar? – questiona o rei, andando de um lado para outro.

– Elas só fugiram do castelo, devem estar bem – fala Alma Rey.

O rei a encara.

– Minha filha nunca saiu do castelo, desacompanhada.

– Se a Roberta também sumiu, é porque as duas saíram juntas.

– Tenho até medo disso – resmungou o rei.

– Pai! – ele ouve uma voz familiar dizer. – Cheguei!

– Mia, que susto você nos deu! – disse ele, lhe abraçando.

– Apenas fui conhecer, o que ainda não conhecia.

– E o que seria?

– O Povoado – respondeu.

– Sozinha? – dessa vez, foi Alma que perguntou.

– Com a Roberta.

– E onde está ela? – a cantora pergunta.

Mia arregalou os olhos e tenta explicar:

– Nós nos separamos e, não sei onde Roberta pode estar nesse momento.

– Eu não acredito! A minha filha está perdida no povoado da Genóvia? – gritou Alma Rey, impacientemente.