*Fiquei conversando com meu pai ate a Denise chegar e eu subir e me trancar no meu quarto. Olhei pela janela e vi as luzes acesas na casa ao lado. Amanha seria um dia longo...

Continuação...

Hoje de manha papai me esperou e me deu carona ate a escola. Assim que cheguei vi Pedro e Vicky conversando. Pedro é o filho do namorado da minha mãe. Pedro tem olhos castanhos que nem os de Peter e o cabelo ruivo tambem. Vicky tem uma "queda" por ele. E ele parece que gosta dela mais nunca rolou nada entre eles.

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—Hey Pedro como anda la em casa? -Eu perguntei me aproximando.

—Eu me mudei pra sua casa Emely, quando você voltar pra casa da sua mãe nos seremos irmãozinhos, maninha! -Ele sorriu divertido e eu revirei meus olhos.

—Me chama de maninha e eu arranco seus dentes! -Eu falei irritada.

—Tudo bem, não chamo mais! -Ele levantou as mãos em sinal de rendição.

—Ei, aquele não é o Gabriel? -Vicky disse e eu me virei pra ver Gabriel vindo na nossa direção.

—Ah sim! O Gabriel! Ontem eu fiz amizade com ele na aula de Química! Ele é bem legal. -Pedro disse animado.

—Òtimo! Não acredito que fez amizade com ele! -eu disse irritada.

—Você já o conhece? -Pedro perguntou surpreso.

—Sim, já nos conhecemos. -Gabriel respondeu por mim.

—Infelizmente sim! -Eu respondi irritada.

—Eu sou Gabriel Johnson -Ele estendeu a mão para Vicky.

—Vicky Gills. -Vicky apertou a mão dele e soltou.

—O quê eu falei sobre não fazer amizade com meus amigos e o idiota do meu "irmãozinho"? -Eu me virei pra Gabriel irritada e ele sorriu divertido.

—Você não falou nada. E eu nem sabia que o Pedro era seu "irmãozinho". -Ele respondeu.

—Bom, mas agora você sabe! Da um fora! -Eu respondi grosseiramente.

—E por quê eu daria um fora? -Ele arqueou as sobrancelhas.

—Porque eu quero, dããã! -Eu respondi.

—Ah, e agora eu tenho que fazer tudo que a nanica ai quer? -Ele perguntou.

—Eu vou te mostrar a nanica! -Eu disse indo pra cima dele mas Pedro me segurou.

—Em, relaxa o Gabriel é legal você vai ver. -Pedro disse me soltando.

—Eu não quero ver nada! -Eu respondi cruzando os braços.

—Bom dona Rose vai gostar de saber o quanto a filha dela é educada! -Pedro respondeu.

—Ah vá a merda todos vocês! -Eu respondi e fui pro banheiro onde Melaine estava.

Argh! Eu odeio a Melaine! Ela se acha melhor que todo mundo! Argh! Ela tem cabelos pretos e ondulados e meio quilo de rímel nos olhos azuis! Pra quê tanto rímel? Ela poderia passar moderadamente que nem eu! Ela é líder de torcida.

—Emely eu vi você conversando com o menino novo. -Ela disse se aproximando.

—I dai? -Eu respondi dando de ombros.

—I dai que eu quero você longe dele. -Ela respondeu olhando no espelho atrás de mim.

—Bom eu não dou a mínima pro que você quer! -Eu respondi.

Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é irritar as pessoas. Especialmente a Melaine.

—Olha aqui Watson, ninguém fala desse jeito com Melaine Fourgan! -Uma de suas seguidoras fieis me respondeu e eu revirei os olhos. Idiotas.

—Exatamente. Só estou avisando Watson! -Melaine disse e saiu do banheiro acompanha de suas seguidoras. Ridiculas.

A aula passou normalmente porém na hora do almoço Gabriel e Pedro se sentaram na nossa mesa. Argh! Eu não convidei eles aqui! O Pedro eu acho que só queria ficar perto da Vicky e o Gabriel eu ainda não sei bem o porquê... Talvez queria só acompanhar o amigo. Tanto faz! Ele não é bem-vindo na minha mesa e ponto.

—Vocês vão sempre se sentar aqui!? -Eu resmunguei e Gabriel sorriu.

—Por quê, loirinha? Algum problema? -Ele me encarou e eu revirei os olhos.

—Eu não me importo, a presença de vocês é insignificante para mim! -Eu menti.

A verdade é que eu estava incomodada com Gabriel ali na minha frente sempre sorrindo ou me encarando. Qual o problema desse garoto? Ele não podia sumir? Vi Melaine me fuzilando com o olhar na outra mesa. Bom pelo menos eu a estava irritando! Sorri.

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—Então, por que nos deu o desprazer de se mudar para cá? -Eu perguntei para Gabriel.

—Meu pai é empresário e nos mudamos por causa do trabalho dele. -Ele respondeu dando de ombros. -Meu irmão não gostou muito de ter que se mudar.

—Você tem um irmão? -Eu perguntei surpresa.

—Luccas. Ele tem 12 anos. -Ele respondeu e sorriu.

—E a sua mãe? Ela faz o quê? -Perguntei curiosa.

—Ela é psicológa. -Ele respondeu e eu vi Daniel sorrir ao meu lado.

—Olha só! Vocês conseguem ter uma conversa sem brigar! -Ele comentou e eu revirei os olhos.

—Menos Daniel, menos! Eu só estava sendo legal porque isso irrita a Miss Melaine! -Eu menti. Na verdade estava curiosa sobre a família dele mesmo.

—Ah, por isso ela está te encarando da outra mesa. -Daniel comentou e eu sorri.

—Eu sei disso! Ei casal, -eu digo me virando pra Vicky e Pedro que conversavam animadamente e esqueceram do resto -menos aí! Eu estou correndo perigo de vida aqui. -Debochei.

—Como? -Vicky perguntou se virando pra mim.

—Melaine Fourgan quer me matar! -Eu fiz drama e comecei a rir depois! Como se eu tivesse medo dela. -E a culpa é sua! -Eu disse me virando pro Gabriel.

—Minha? A garota quer te matar e a culpa é minha? -Ele disse confuso e eu revirei os olhos.

—Esquece, Sr. Gigante. -Eu dei de ombros e voltei a comer.

—Eu não sou Gigante! -Ele respondeu.

—È sim!

—Não sou não!

—È sim!

—Não sou não!

—È si... -Fui interrompida.

—Já chega, crianças! -Daniel revirou os olhos.

—A culpa não é minha se a Emely me ama! -Gabriel sorriu convencido. Argh!

—Ah, é! Amo sim! Sou louca de amores por você! -Eu ironizei.

—Eu sei disso. Eu sou irresistível. -Ele ignorou a minha ironia.

—Argh! Ridículo. -Eu xinguei.

—Estressadinha! -Ele xingou de volta.

—Idiota.

—Mimadinha.

—Argh! Besta.

—Maluca.

—Gigante.

—Nanica.

Ele disse e eu não aguentei e fui pra cima dele.

—Saí de cima de mim! Maluca! -Ele tentava segurar meus braços.

—A culpa não é minha se você tem 2 metros de altura! -Eu reclamei batendo nele.

—Emely! Para! -Pedro me puxou de cima dele.

—Eu ainda não acabei com esse idiota! -Eu resmunguei.

—Louca! -Ele xingou se levantando.

—Vocês dois parecem crianças! -Vicky reclamou e eu revirei os olhos.

—Podem parar de brigar pelo menos na escola? Lá fora vocês podem se matar mas aqui dentro não! Vocês querem ser expulsos? Vamos torcer pra que essa briguinha rídicula não chegue no ouvido do diretor! -Pedro falou e ele me lembro Peter! Sempre responsável e chato. Eca. -Anda, peçam desculpas! -Ele mandou.

—Nem pensar! -Eu protestei -Eu não vou pedir desculpas pra ninguém! -Eu sai pisando o pé.

Argh! Gabriel ainda me paga. Cretino! Eu sei que pareci uma mimada saindo batendo pé mas ele me irrita. Desde o sorriso até aos olhos azuis acinzentados! Argh! Eu esbarei em alguém e quase cai pra trás! Òtimo quem é o infeliz que não olha por onde anda?

—Merda! Olha por onde anda! -Eu disse brava.

—Emely, desculpe! Eu vi sua briga com o garoto novo! -Ethan diz e eu o encaro.

Ethan é o capitão do time de futebol. Tem cabelos loiros e olhos pretos. Ele é um idiota completo. Popular e bonitinho mas um idiota. Eu não gosto dele.

—E dai? O que você quer, Ethan Ross? -Eu perguntei sem paciência.

—Nada! Só que eu também não gostei do garoto novo, então... -Ele sorri tentado jogar seu charme em mim e eu reviro os olhos. Patético. Provavelmente seu ego gigante estava preocupado com a concorrência que Gabriel representava entre os queridinhos das meninas.

—Problema seu se você não gosta dele. Agora me deixa em paz! -Eu disse saindo de perto dele.

Ah, eu sei bem o que ele queria! Queria fazer uma parceria pra acabar com a vida do Gabriel. Mas como eu disse antes, Gabriel é insignificante. Não merece tanta atenção assim. È como uma mosca pequena que só incomoda se ficar muito perto, pousando em você.

O resto do dia eu tentei ignorar a todos. Inclusive Vicky e Daniel que ficaram do lado do Gabriel. Traidores! Argh! Quando eu estava saindo da sala Gabriel me chamou mais eu ignorei e sai rapidamente da escola.

Cheguei em casa e me tranquei no meu quarto como sempre. Falta só alguns dias pra eu voltar pra casa da minha mãe. Alguns dias! Aguenta, Emely! Alguém bateu na porta do quarto.

—Srta Watson, você tem visitas. -Era Soraia e eu abri a porta.

—Só Emely, Soraia... -Eu pedi e ela assentiu. -Quem é?

—Vicky, Daniel e um garoto que eu não conheço.

—Ele tem cabelos castanhos que tampam um pouco os olhos azuis?

—Esse mesmo!

—Òtimo! Diga pra Vicky, Daniel e Gabriel que eu morri. -Eu me virei pra entrar no quarto. -Morri de tristeza por ter amigos traidores! -Eu acrescentei e me tranquei no quarto.

Alguns segundos depois estavam batendo na porta.

—Emely Watson! Você vai morrer mesmo se não abrir essa droga de porta! -Vicky gritou.

Argh! Vicky era íntima demais pra Soraia impedir ela de subir. Merda!

—Emely só queremos conversar... -Gabriel disse calmamente.

—Se você não abrir eu vou arrombar! -Vicky gritou esmurrando a porta.

Eu tenho que dar um jeito de sair daqui. Afinal, eu ainda estou ignorando eles... Eu olhei pra Janela e sorri. A altura era média.

—Se vocês entrarem eu pulo pela janela! -Ameacei.

—Você não faria isso... -Gabriel disse incerto.

—Ah, eu faria sim! -Eu disse sentando na janela.

—È ela faria sim! -Daniel concordou preocupado.

—Emely não faça isso! -Vicky começou preocupada.

—Oh, por que eu não faria? Eu não dou a mínima pro Gabriel ou Pedro. Mas vocês, Vicky e Daniel... Meus melhores amigos me traindo... Oh, a vida não tem mais sentido! -Eu fiz voz de choro e tive vontade de rir.

—Menina, pela mor de Deus, não pula! -Soraia disse desesperada.

—Emely, você pirou? Abre a porta e iremos conversar. -Gabriel soou preocupado.

—Eu não quero conversar. Eu vou pular e adeus mundo! -Eu coloquei uma perna pra fora da janela.

Eu tinha que ser rápida , em questão de minutos Soraia poderia achar a minha chave reserva que fica num vaso de flores no corredor.

—Por favor, Emely! -Vicky se debateu contra a minha porta desesperada.

—Não! E eu voltarei pra assombrar vocês e puxar seus pés de baixo da cama!-Eu ameacei.

—Emely, sua maluca! Abra a merda dessa porta agora! -Daniel esmurrou a porta.

—Adeus e eu deixo todos os meus bens pra Soraia... Pera ai! A Soraia deixou vocês subirem, então também é uma traidora! Vou deixar meus bens para... um orfanato qualquer! -Eu disse e coloquei o outro pé para fora da janela.

Eu não sou retardada e não vou pular! Eu vou escalar... Começo a descer e colocar os pés nas partes falhas da parede me apoiando para não cair. Quando coloco o pé na janela da sala pra me apoiar eu caio.

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—Ooh! Deus! Me desculpe pelos meus pecados! -Eu gritei e pude ouvir os gritos desesperados de Soraia e Vicky no andar de cima, ri baixinho.

Meu joelho estava ralado e o cotovelo também! Me levantei e sai correndo pelo jardim até a rua onde vi um menino saindo da casa do Gabriel. Corri ate ele.

—Luccas? -Eu chamei.

—Como sabe meu nome? -O garoto parecido com Gabriel me perguntou, ele tinha olhos castanhos em vez de azuis mas era bem parecido com Gabriel numa versão mais jovem.

—Uma longa historia! Me deixa ficar na sua casa, por favor? -Eu pedi e ele me olhou desconfiado. -Eu tô machucada! Me ajuda garoto! -Eu insisti e ele deixou.

Òtimo! Me esconder na casa do Gabriel onde ninguém me acharia. Comecei a rir lembrando do desespero deles! Eles mereceram! Luccas me encarava desconfiado.