A Garota Da Confusão

Diversão no estilo Emely Watson


Emely...

Tudo está desmoronando. O melhor, tudo já desmoronou. Melaine está chorando no meu quarto, Pedro caminha pra lá e pra cá com o celular na mão ligando pra Vicky e Daniel está com ressaca e ainda fica me mandando indiretas! Pois é! Ele não esqueceu de ontem quando me pegou no flagra com Gabriel.

—Eu não acredito que tudo acabou... -Melaine soluçava sem parar.

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—Mas porque ela não atende essa merda do celular? -Pedro continuava nervoso.

—Puta merda! Dor de cabeças do inferno! Acho que alguém aqui beijou muito ontem hein... -Daniel mandou uma indireta e eu revirei os olhos.

Tudo culpa da Alice! Se ela não tivesse se feito de vítima, Melaine estaria com o Ethan, Vicky não teria declarado seu amor por Pedro que está nervoso agora, e Daniel não teria pegado eu e Gabriel no flagra!

Bom, quanto a mim e Gabriel... Eu não me arrependo de nada. Foi realmente bom ele ter me agarrado ontem. E ele beija realmente bem... Mas eu não posso ficar me agarrando com ele por aí! Eu sou uma moça decente e...

Você ficou imaginando o corpinho dele nu sua pervertida! (Jurema me interrompeu.)

Bom dia pra você também, Jurema! Dormiu bem? Eu dormi perfeitamente! Obrigada.

Claro que você dormiu perfeitamente! Voce sonho com o Gabriel te beijando! (Jurema falou sarcástica.)

Shiu! Quieta, Jurema! Sua sem educação! Não entre mais nos meus sonhos! E sim gente, eu sonhei com o Gabriel e aqueles lábios divinos... Mas foi só isso! Não pensem mal de mim!

—Emely? -Melaine balançou a mão na minha frente.

—Oi?

—Temos que ir até a casa da Vicky ver como ela está. -Melaine avisou. E devolver o carro dela, eu pensei.

—Eu quero ir! Eu tenho que conversar com ela! -Pedro voltou com a atenção em mim.

—Não, você não vai! Não acho uma boa ideia. Mas eu falo pra ela que você está preocupado com ela e etc... -Eu me levantei da cama.

—Tudo bem. -Pedro assentiu saindo do meu quarto.

Quando cheguei na casa de Vicky com Melaine e Daniel, o pai dela não estava. Ela disse que ele tinha ido trabalhar. E Vicky bom, ela estava horrível.

—Eu não acredito que eu falei que o amava! Eu acabei com a amizade! Eu... estraguei tudo! Nunca mais vou beber na minha vida. -Ela lamentou-se chorando e Melaine a abraçou e logo estavam as duas chorando.

Eu me senti culpada por estar feliz. Eu estava feliz e a culpa era do Gabriel. Eu só conseguia pensar nas palavras dele :"Eu te acho bem atraente e quente." Um pequeno sorriso surgiu nos meus lábios mas eu logo o apaguei.

Eu não estava gostando de ver todo mundo mal ali. Daniel se encostou num canto deprimido. Acho que ele também odiou ver a cena que se passou ali.

—Argh! Eu já disse que odeio gente chorando! Então, por favor, vamos acabar logo com essa choradeira e expressar os sentimentos no sentido Emely Watson. -Eu sorri para seus rostos confusos.

—O que? -Daniel perguntou.

—Vamos fazer algo que vai curar a sua ressaca Dan, e talvez cure a choradeira das meninas. -Eu sorri. Sabia que tinha que distrai-los antes que eles entrassem em depressão.

—Tipo o que? -Melaine perguntou.

—O que vocês quiserem. -Eu dou de ombros. -Podemos pichar, roubar, matar... -Eu sorri malignamente.

—Eu quero matar! Matar a Alice! -Melaine sorriu vingativa.

—Eu também! Se não fosse por ela, Melaine não teria nos arrastado praquela boate idiota e eu não teria falado nada com o Pedro! -Vicky declarou.

Então, agora Vicky não era mais amiguinha da Alice. Isso é bom! Muito bom!

—Òtimo! Vocês querem pintar o cabelo dela de verde? -Eu perguntei divertida.

—Nãão! Não se mexe com o cabelo de uma mulher, Emely! Isso é horrível! Sua desumana! Vamos tortura-la, vamos sequestrar o cachorro dela, vamos matar os tios dela, mas não mexam com o cabelo! O cabelo é sagrado! -Melaine me olhou como se eu tivesse sugerido pra cometer o pior crime da face da terra. Essas patricinhas de hoje em dia! Daí me paciência!

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—Ta. Então, o que vocês querem, crianças? -Eu perguntei.

—Vingança! -Vicky, Melaine e até Daniel gritaram. Acho que ele se empolgou.

—Contra quem?

—Aquela vadia folgada! -Eles gritaram de novo.

—Òtimo! -Eu sorri. -Em sentido!

—Sim, Sargenta Emely. -Eles fizeram posição de soldado.

—Agora, marchando. -Eu sai marchando com eles atrás.

~~~

A casa da srta. perfeitinha era igual ela: perfeita. Passamos pelo jardim bem cuidado. E batemos na porta dela. Deixamos uma caixa na frente da casa e nos escondemos no jardim.

Alice abriu a porta. Olhou ao redor e pegou a caixa na mão.

Assim que ela abriu a caixa gritou ao ver o gambá ali. O gambá soltou o seu famoso "fedo" e nós saímos correndo enquanto Alice gritava. Quando estavámos algumas quadras longe paramos.

—Foi divertido. -Melaine falou rindo.

Onde já se viu o dono da casa de ração ter um gambá? Ele disse que o gambá chegou a pouco dias e que ele ia soltar o gambá na natureza em segurança. Então, nós garantimos que soltaríamos o gambá em segurança na natureza. E fizemos isso. Soltamos ele em frente a casa da Alice. De certa forma foi em segurança. Ele estava dentro da caixa.

—Precisamos nos divertir mais no estilo Emely Watson. -Daniel falou gargalhando.

—Claro!

—Não podemos mas nós divertir no estilo Emely Watson! Temos que desmascarar ela! Temos que provar que ela não é a santa que é! -Eu incentivei.

—È! Isso mesmo! Só precisamos pensar em como fazer isso... -Mel exclamou pensadora.

Continua...