O dia amanheceu nublado.

Nuvens pesadas pairavam no horizonte anunciando a chuva para breve.

Oliver acordou e sentiu o peso de um corpo agarrado ao seu. Por um momento ficou desnorteado para logo depois sentir seu cheiro e sorrir. Como ela havia parado ali? Não que ele estivesse reclamando. Provavelmente fora por isso que ele teve uma noite tranqüila e sem pesadelos.

Ele continuou ali, ouvindo a respiração calma dela e imaginando como seria acordar assim pelo resto de sua vida...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Seus pensamentos foram interrompidos por uma Felicity sonolenta que se aconchegava mais no corpo dele provocando reações nada inocentes.

Ele aproveitou que ela se mexia e se virou ficando de frente para ela. Como uma pessoa podia se transformar na vida de outra assim, tão completamente?

Como um simples olhar e uma lágrima solitária podiam virar seu mundo absolutamente inútil num com objetivo e metas.

Por ela, só por ela, ele se tornara alguém melhor....para merecê-la.

Felicity abriu os olhos lentamente e o encontrou olhando pra ela. Mesmo ainda atordoada pelo sono sorriu e recebeu um sorriso lindo de volta.

Oliver beijou a ponta de seu nariz:

– Bom dia, dorminhoca! Posso saber como você veio parar aqui???

Rindo e fazendo biquinho ela respondeu:

– Ninguém te contou que eu sou sonâmbula e sempre que saio da minha cama é em busca do que me faz feliz??

– Ah! Verdade? Então em fez de ir até a cozinha roubar um pedaço de bolo de chocolate você veio dormir comigo???

Os dois caíram na gargalhada e o beijo foi inevitável.

Depois de um tempo os beijos levaram ao desejo e eles se amaram enquanto o som da chuva que caia e batia na janela era algo distante e ignorado.

Felicity se esgueirou para seu quarto para não encontrar ninguém. Seu coração estava repleto de felicidade, se sentia leve e realizada. Depois de tantos anos sonhando em ser amada por ele a realidade era surpreendente. Ele era o homem que ela sempre quis.

Seus planos de voltar ao seu quarto despercebida foram por água a baixo quando entrou nele e deu de cara com a prima que tinha um sorriso irônico e ao mesmo tempo feliz.

– Posso saber por onde a senhorita esteve? Achei que tinha sido seqüestrada durante a noite!!

– Desculpa prima! Não pensei nisso....

– Por Deus, prima! Você precisa para de acreditar nas minhas palhaçadas!!! – rindo muito Sarah sentou-se na cama ao lado de Felicity – Na verdade por um momento eu fiquei preocupada, mas lembrei que o quarto de certo lorde bonitão não é muito longe do seu....

Felicity corou de uma forma violenta....

Rindo Sarah completou:

– Prima, você não tem que dar satisfação para ninguém! Vocês se amam e o que o mundo pensa não importa. Claro que uma hora ou outra vocês vão ter que resolver isso oficialmente...mas de resto só interessa a vocês.

– Obrigada, Sarah! – ela esconde o rosto com as mãos e se joga para trás caindo em sua cama estrondosamente – Eu estou tão feliz! Ele é....perfeito....

– È sim, eu o conheço há bastante tempo e sempre acreditei que um dia ele faria alguém muito feliz. Nunca me passou pela cabeça que seria você....o que na verdade me deixou mais feliz...por ele e por ti.

As duas sorriram uma para a outra e depois de Felicity se vestir foram tomar café.

A partida para Londres foi adiada, se a chuva não desse uma trégua seria difícil percorrer todo o caminho até a cidade sem atolar a carruagem.

A chuva amenizou pelas onze horas da manhã. Eles partiram logo depois num comboio formado por uma carruagem para as mulheres e os homens em cavalos. Além deles, para segurança de todos, além do cocheiro e um ajudante, foram escolhidos entre os serviçais de Felicity dois rapazes fortes e que haviam servido na guerra para o caso de algum encontro desagradável.

O caminho era tedioso e cansativo. Chegaram a Londres ao anoitecer sem nenhum imprevisto.

Oliver foi para casa e Diggle partiu na direção da casa de sua noiva.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Felicity ficou na casa de Ray e Sarah. Era mais seguro ficar lá, além do mais ela não podia ficar na casa de Oliver. Apesar de achar que seria muito melhor! Seria o escândalo dos escândalos!!

Não quis comer e foi direto para o seu quarto.

Quando partiu não quis levar nada que pudesse fazê-la lembrar-se dele. Estava decidida a esquecê-lo. Mas não tinha conseguido se desfazer da carta e do lenço, ambos amarelados pelo tempo e pela quantidade de vezes que ela os tinha nas mãos.

Ela os pegou da caixinha de madeira onde os tinha guardado e com carinho acariciou o lenço e o papel com as poucas palavras...fazia tanto tempo e aqueles dois objetos eram tão importantes quanto um gesto de carinho da parte dele. Suspirando ela pensou nele e sorriu....seu Oliver...pois no seu coração ele era dela...

Ela só esperava do fundo de sua alma, que tudo o que estava acontecendo se resolvesse logo.

Do outro lado da cidade outra pessoa pensava a mesma coisa, mas não com a mesma finalidade que ela.

Slade estava se sentido humilhado mais uma vez por Oliver Queen, aquele desgraçado que havia arruinado sua vida uma vez e que se tudo desse certo nunca mais se meteria onde não era chamado.

O plano corria bem. Ele sabia que a mãe e a irmã dele viriam a Londres para o Baile de Máscaras Anual de Londres.

Era um evento perfeito para destruir a vida dele, mataria de uma só vez a mãe, a irmã e a mulher que ele amava.

Ele sabia também que eles haviam voltado a Londres.

Tudo seria perfeito! Ele o veria sofrer por não poder impedir a morte de quem mais amava. Pensando nisso soltou uma gargalhada sinistra.

Blood estava escondido e sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando ouviu aquela gargalhada. Já fazia um tempo que estava achando seu “sócio” meio fora de controle e um tanto quanto louco! Achava que tudo estava indo longe demais e precisava se proteger, porque quando tudo viesse à tona ele precisaria ficar de fora.

Ele achava demais matar a mãe e a irmã do Queen e a doce Srta. Smoack, afinal elas nunca haviam feito nada nem para ele nem para Slade. Se ele quisesse matar o Queen que matasse, que se enfrentassem num duelo ou que ele simplesmente armasse uma emboscada e desse um fim nisso de uma vez. Mas elas eram inocentes...

Pensou que sua solução seria tentar um acordo com Oliver, dizer que entregava o plano de Slade em troca de...sei lá...deportação. Pelo menos poderia começar a vida em outro lugar e esquecer tudo isso.

E assim como tinha entrado, sorrateiramente, ele saiu do galpão onde Slade estava e foi para casa pensar em como sair dessa enrascada em que havia se metido.