As Engrenagens do Tempo
Cap.13 - Beco
Cap. 13 - Beco
Clary respirou fundo e prendeu seu olhar ao de Jace. Ele parecia, assim como ela, nervoso. E com bons motivos.
– O que vocês têm para dizer? – Perguntou Jocelyn, seus olhos denunciando preocupação e curiosidade.
– Bom... – Clary respirou fundo, não sabia como dar as noticias para sua mãe e pai, mas tinha que o fazer, então escolheu cuidadosamente suas palavras – Quando vínhamos para cá, eu e Jace passamos por um beco de um canto da rua...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– E entramos – Jace cortou-a, ele aparentava estar cansado, mas percebeu a tensão de Clary, que no fundo agradeceu – O local cheirava a enxofre, lixo e ferrugem. Então acreditei que houvessem demônios... – A voz dele falhou.
– Mas, ao contrario do que pensávamos, não tinham demônios, apenas o rastro deles... – Continuei, embora não sabia como contar tal noticia a Luke e Jocelyn, mesmo que todos já tivessem experiências ruins, nada se comparava com aquela.
Luke encarava Clary e Jace.
– Eu sei que vocês querem nos contar alguma coisa – Ele disse, calmo, mas preocupado – Falem.
– Foi horrível – Clary praticamente balbuciou as palavras, e Jace a abraçou.
– Sim – Ele confirmou, apoiando seu rosto nos cabelos vermelhos de Clary – Não sei como explicar... Foi muito, muito horrível.
– Falem – Pediu Luke.
– O beco não tinha demônios – Clary suspirou pesadamente – Tinha coisas muito piores.
Luke levantou uma sobrancelha.
– E o que tinha lá? – Perguntou Jocelyn preocupada. – Minha filha...
– Tinham restos... – Clary sussurrou as palavras, as imagens não paravam de rodar em sua mente.
– Restos? – Exclamou um Luke atônito.
– De que? – Perguntou Jocelyn preocupada.
Clary e Jace estremeceram. E Luke pareceu notar.
– De que? – Luke repetiu a pergunta de sua mulher.
– De humanos e... – Clary respondia, lágrimas caiam involuntariamente de seus olhos – Seres do Submundo. Em pedaços.
Luke sobressaltou-se e Jocelyn arregalou os olhos.
– O que... Mas... – Balbuciou Jocelyn, seus olhos verdes passavam de desentendimento para raiva. – Os caçadores não poderiam... Não mais com os acordos...
– E muito sangue – Completou Jace. Sua face escondida nos cabelo de Clary. – E não foram os caçadores, foram demônios. Tinha cheiro e aparência de trabalho demoníaco.
– Isso não faz sentido – Luke disse, os analisando preocupadamente – Pode ser que os fatores não estejam juntos. O que isso tem a ver com os rumores?
– Muito – Respondeu Clary, sem olhar nos olhos de Luke.
Jace levantou seu rosto e a beijou, lento e amorosamente. Clary sentiu-se mais protegida, ela nunca entendia o poder de Jace sobre ela, ou melhor, entendia. Assim como entendia o dela sobre ele.
– No meio do beco tinha pedaços mutilados de humanos e todo tipo de seres do submundo, coisas horríveis que não da para explicar em detalhes – Jace exclamou, olhando fixamente nos olhos de Luke – E havia uma mensagem escrita a sangue na parede. Uma mensagem que conecta tudo.
Todos ficaram tensos.
– E qual foi essa mensagem? – Luke pergunta, preocupado, tenso. Era obvio que uma guerra estava próxima.
Jace estremeceu.
– AS ENGRENAGENS DO TEMPO NÃO PARAM DE GIRAR... – Clary começou, falando baixo. Luke e Jocelyn arregalaram os olhos.
– E COM O TEMPO – Jace continuou, falando baixo, assim como Clary – A VINGANÇA VIRA.
Luke e Jocalyn se entreolhavam aturdidos e em entendimento mutuo.
– É APENAS O INICIO – Clary grunhiu, finalizando e observando a tensão presente na sala.
– De fato – Concordou Luke, ele parecia tentar conter-se – Esta ligado.
– Mais ligado do que queríamos que estivesse – Jocelyn assentiu, ela parecia de alguma forma... Determinada – Precisamos nos contatar com os outros.
– Eu sei – Clary suspirou, não sabia de onde sua mãe tirava tanta determinação.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Clary... – Jace sussurrou em seu ouvido, beijando seus lábios delicadamente – Parece que temos mais uma aventura.
Clary riu com as palavras de Jace.
– Aventura? – Ela perguntou sarcástica, observando amorosamente Jace... Seus olhos dourados...
Jace assentiu e a apertou em um abraço apaixonado.
Jocelyn suspirou.
– Precisamos saber ainda o que vão achar com a líder dos vampiros de Nova York – Explicou ela, suas mãos apoiando seu rosto, ela parecia formular uma estratégia. – Para unirmos as informações sobre os rumores.
– Sim – Clary confirmou, sabia que sua mãe era uma boa guerreira, mas, se seus sentidos não mentem, descobriria melhor nessa ‘aventura’.
– Isso tudo é muito estranho – Luke murmurou, ele parecia pensativo – Tem muita coisa por trás disso.
– Concordo – Exclamou Clary, isso era meio óbvio.
– Jace, Clary – Jocelyn chamou, olhando para eles – Reúnam-se com Magnus, Alec, Isabelle e Simon, e falem a eles virem para cá as cinco horas da tarde.
Clary levantou as sobrancelhas interrogativamente.
– Iremos reunir as informações – Jocelyn respondeu a pergunta não falada de Clary – É muito importante.
Eles assentiram.
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